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segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Eis o Cordeiro de Deus-Dehonianos

3 Janeiro 2018
Lectio
Primeira leitura: 1 João 2, 29-3,6
. Caríssimos, 29*se sabeis que Ele é justo, sabei também que todo aquele que pratica a justiça nasceu dele. 1*Vede que amor tão grande o Pai nos concedeu, ao ponto de nos podermos chamar filhos de Deus; e, realmente, o somos! É por isso que o mundo não nos conhece, uma vez que O não conheceu a Ele. 2*Caríssimos, agora já somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. O que sabemos é que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque o veremos tal como Ele é. 3*Todo o que tem esta esperança em Deus, torna-se puro, para ser como Ele, que é puro. 4Todo o que comete o pecado comete a iniquidade, pois o pecado é, de facto, a iniquidade. 5*E bem sabeis que Ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não há pecado. 6*Todo aquele que permanece em Deus não se entrega ao pecado; e todo aquele que se entrega ao pecado não o viu nem o conheceu.
Jesus é modelo para todo o cristão. Ele é o justo, Aquele que não tem pecado, o obediente por excelência ao Pai. O cristão, que vive na justiça, também é filho de Deus e não comete pecado. O fiel é um homem novo, chamado a uma vida nova: é filho de Deus (cf. vv. 1- 2), nasceu de Deus (v. 29). É chamado a, imitando a Cristo, identificar-se cada vez mais com o Pai e a viver em comunhão com Ele.
O mundo que recusa Deus, aliando-se ao anticristo, despreza e não compreende Jesus, não ama os seus discípulos e actua contra a lei de Deus; pertence à esfera do Maligno e opõe-se ao reino messiânico. Quem, pelo contrário, adere ao Senhor, que se fez pecado por nós, é imune ao pecado e obtém de Cristo a força para ultrapassar o mal e vencer (v. 6). Mas só pode fazer experiência do amor de Deus aquele que não comete pecado, pratica a justiça e se mantém puro, percorrendo o caminho percorrido por Cristo: o caminho da cruz.
Evangelho: João 1, 29-34
29*No dia seguinte, ao ver Jesus, que se dirigia para ele, exclamou: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! 30*É aquele de quem eu disse: ‘Depois de mim vem um homem que me passou à frente, porque existia antes de mim.’ 31*Eu não o conhecia; mas foi para Ele se manifestar a Israel que eu vim baptizar com água.» 32E João testemunhou: «Vi o Espírito que descia do céu como uma pomba e permanecia sobre Ele. 33E eu não o conhecia, mas quem me enviou a baptizar com água é que me disse: ‘Aquele sobre quem virdes descer o Espírito e poisar sobre Ele, é o que baptiza com o Espírito Santo’. 34Pois bem: eu vi e dou testemunho de que este é o Filho de Deus.»
João Baptista encontra-se com Jesus e dá o seu testemunho solene, num contexto de revelação messiânica: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!» (v. 20). É o homem de Deus que reconhece, por primeiro, a identidade de Jesus: «vê» Jesus. O símbolo do cordeiro lembra vários textos: o cordeiro pascal (cf. Ex 12, 1-28; 29, 38-46), o Servo Sofredor (cf. Is 42, 1-4; 52, 13-53, 12). Jesus é o Cordeiro-Servo obediente ao Pai. É Ele que, pela sua Paixão, Morte e Ressurreição tira o pecado do mundo e lhe dá a vida. O próprio Baptista vê o Espírito descer sobre o Messias (v. 32).
A imagem da pomba, no ambiente judaico antigo, indicava Israel: o Espírito que desce em forma de pomba anuncia o novo Israel de Deus, que começa com Jesus e é o fruto maduro da vinda do Espírito. Chegou a época da purificação e do verdadeiro conhecimento de Deus, por meio do Espírito. O Espírito desce sobre Jesus, permanecendo n´Ele e transformando-O no novo templo, fonte perene do Espírito no meio dos homens. É na teofania do baptismo que João reconhece o Messias, podendo agora dar testemunho de Jesus como Filho de Deus (v. 34), aquele que baptiza no Espírito (v. 33) e nos enche desse dom de salvação.
Meditatio
O testemunho de João Baptista tem por objectivo suscitar a fé dos discípulos na pessoa de Jesus. João viu o Espírito «permanecer» sobre Jesus. Esta certeza leva-o a anunciar que Jesus é verdadeiramente o Messias, o eleito de Deus (cf. Is 42, 1). O testemunho de Jesus “Filho de Deus” torna-se eco das palavras do Pai no baptismo: «Este é o meu Filho muito amado».
Se procurarmos uma ligação entre o evangelho de hoje e a primeira leitura, podemos encontrá-la: «Ele se manifestou para tirar os pecados» (v. 5), diz a primeira leitura; «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!», diz o evangelho (v. 20).
É esta a mensagem da liturgia, ao começar o novo ano. E dá-nos ricos ensinamentos sobre a luta contra o pecado. No evangelho vemos que o Cordeiro de Deus tira o pecado do mundo, baptizando no Espírito Santo. O baptismo na água, de João, manifestava o desejo de purificação, mas era impotente contra o pecado. Só o baptismo no Espírito nos pode purificar e libertar do mal. E Jesus deu-nos o baptismo no Espírito por meio da sua morte e ressurreição.
A diz-nos Primeira Carta de João que, tendo sido libertados do pecado, havemos de viver na pureza a realizar a justiça. Tendo sido purificados gratuitamente, havemos de viver como puros. A exigência é precedida pelo dom. Porque Deus nos amou e nos transformou, não podemos pactuar com o pecado.
Mais ainda: este maravilhoso dom de Deus há-de desenvolver-se: «agora já somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. O que sabemos é que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque o veremos tal como Ele é». O baptismo no Espírito inclui uma maravilhosa esperança que nos encoraja na difícil caminhada da
vida. É pela esperança que nos tornamos puros, como Cristo: «Todo o que tem esta esperança em Deus, torna-se puro, para ser como Ele, que é puro» (v.3).
Seguindo o Pe. Dehon, “por graça especial (carisma) de Deus, somos chamados na Igreja a procurar e realizar, como único necessário, uma vida de união à oblação de Cristo (cf. Cst n. 26).
Por causa da nossa participação, em Cristo e com Cristo, na oblação reparadora em favor dos homens, deveria poder dizer-se de cada um de nós o que João Baptista disse de Jesus: ”Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29). Deste modo, viveremos a nossa vocação oblativa-reparadora: por meio da santidade da nossa vida e por meio do nosso apostolado, realiza-se a nossa missão de Oblatos-Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus” (Cst 6) na “missão da Igreja”.
Oratio
Nós Te glorificamos, Senhor, nós Te bendizemos. Ao enviar-nos o teu Filho como Salvador, tornaste possível a nossa libertação do pecado e da morte e restabeleceste a nossa comunhão Contigo. Fizeste descer o teu Espírito sobre Jesus para que pudesse iniciar a sua missão no mundo e tirar todos os nossos pecados.
Dá-nos a graça de compreendermos cada vez mais o imenso dom do nosso baptismo, em que nos tornámos teus filhos. Dá-nos força para empreendermos um caminho espiritual que nos torne adultos na fé, generosos no amor e testemunhas do teu Evangelho no meio daqueles que ainda não acolheram o dom da salvação. Que todos, mesmo aqueles que se proclamam ateus ou indiferentes, sejam sacudidos na sua aparente tranquilidade, reconheçam em Jesus o verdadeiro sentido para a vida e experimentem a tua ternura de Pai. Amen.
Contemplatio
Há duas coisas a considerar no baptismo de Nosso Senhor: a purificação, e a descida do Espírito Santo sob a forma de uma pomba.
1º A purificação foi para Nosso Senhor um acto de humildade profunda à qual se submeteu para nos dar o exemplo, para nos merecer graças de pureza. Nosso Senhor não tinha necessidade de purificação, mas quanto a nós, é uma necessidade urgente. Aquele que trabalha pela salvação das almas deve: 1º não ter nenhum pecado mortal na consciência, 2º não ter o hábito de nenhum pecado venial, 3º ter uma grande pureza de intenção. Sem estas condições, o ministério não leva nenhum fruto sério às almas.
Ora qual será o Jordão onde nós podemos receber o baptismo do apostolado, senão o Sagrado Coração de Jesus? Pela contemplação habitual do Sagrado Coração, nós impedimos em nós o reino do pecado mortal, destruímos as raízes do pecado venial, e como nós vemos em toda a parte e sempre o Sagrado Coração, as nossas intenções serão necessariamente puras.
2º O Espírito Santo, depois do baptismo de Nosso Senhor, desce sobre Ele em forma de pomba, e o Pai eterno faz escutar estas palavras: «Eis o meu Filho bem amado no qual pus as minhas complacências». Se nós queremos santificar o nosso ministério, não basta que nós tenhamos a consciência pura, é preciso que o Espírito Santo desça a nós, é preciso que o Espírito do Coração de Jesus se torne o nosso. «Induimini Dominum Jesum-Christum (Ad Rom). «Revesti-vos de Jesus Cristo», isto é, reproduzi a sua vida, as suas intenções, o seu zelo.
O espírito apostólico é um espírito de zelo unido a uma grande doçura e a uma humildade profunda. A pomba é o símbolo destas virtudes. Se este espírito nos anima, havemos de reproduzir em nós a vida dos grandes apóstolos dos tempos passados, dos Paulos, dos Domingos, dos Franciscos Xavier, etc.. O verdadeiro apóstolo deve ser como S. Paulo: «Já não sou eu que vivo, é Jesus, é o Coração de Jesus quem vive em mim» (Leão Dehon, OSP 2, p. 252).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós (Liturgia).




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