Terça-feira,
24 de Fevereiro de 2015
Sérgio
Isaías 55,10-11: Minha
palavra fará mina vontade
Salmo 33: O Senhor
liberta os justos de suas angústias
Mateus 6,7-15: Vós
deveis rezar assim…
7
Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos que
julgam que serão ouvidos à força de palavras. 8 Não os imiteis, porque vosso
Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós o peçais. 9 Eis como deveis
rezar: PAI NOSSO, que estais no céu, santificado seja o vosso nome; 10 venha a
nós o vosso Reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. 11 O
pão nosso de cada dia nos dai hoje; 12 perdoai-nos as nossas ofensas, assim
como nós perdoamos aos que nos ofenderam; 13 e não nos deixeis cair em
tentação, mas livrai-nos do mal. 14 Porque, se perdoardes aos homens as suas
ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. 15 Mas se não perdoardes aos
homens, tampouco vosso Pai vos perdoará.
COMENTÁRIO
Cada
uma das expressões que entram na composição do Pai nosso é uma síntese da forma
como Jesus compreende a Deus e do reconhecimento da finitude humana, que requer
a intervenção de Deus. “Pai nosso que estais no céu”; é uma forma próxima,
familiar de referir-se a Deus, que não é Pai de uns poucos, mas de todos.
Santificado seja o vosso nome: é reconhecer sua transcendência; a santidade do
homem está intimamente ligada à sensibilidade do ser. “Venha a nós o vosso
reino”: a vinda do reino de Deus Pai obedece a um processo de disposição que
implica a conversão integral do ser humano e a transformação definitiva das
estruturas sociais para tornar mais digna a conversão humana. Faça-se tua
vontade…”: solicitar que se realize a vontade do Pai da história e encher as
estruturas sociais de justiça e direito. “Perdoa nossas ofensas, como nós perdoamos:
o perdão está no centro do projeto de Deus. Porém, ele condiciona o condiciona
à forma como nós somos capazes de perdoar os demais. Não nos deixes cair em
tentação e livra-nos do mal: não é outra coisa senão reconhecer que muitas das
tentações-oferecidas, as estruturas e comportamentos humanos foram levantados
sobre a injustiça, a morte, a guerra, a fome, a exclusão. Desses males Deus
pode libertar-nos, porém convida a humanidade a que lute por construir outro
mundo possível que supere essas maldades e avance para a santidade, reflexo do
próprio Deus.
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