24 - Fevereiro - Terça - Evangelho
- Mt 6,7-15
Bom
dia!
Esses
dias ficou enfatizado a importância do Jejum, hoje falaremos da oração.
Comecemos
pela primeira leitura de hoje :
“(…)
Isto diz o Senhor: assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não
voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar
semente, para o plantio e para a alimentação, assim a palavra que sair de minha
boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha
vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la. (Isaias 55, 10-11)
Como
rezar? Como saber se nossa prece chegou ao Senhor? Como saber? Saibam que esse
é um dos maiores dilemas dos cristãos. Sabemos que Ele nos ouve e que suas
palavras não voltam sem cumprir seu destino, mas não sabemos se o tocamos. Como
suprimir essa angustia?
Nossa
humanidade requer respostas. Viramos o volante, esperamos que o carro mude de
direção; pisamos no freio, esperamos que pare; compramos um bilhete de rifa,
esperamos pelo menos saber o número sorteado. Precisamos dessa alimentação, que
chamam de feedback para saber se a atitude que tomamos correspondeu ao
desejado. Importante salientar: tudo isso faz parte de um conjunto de atos instintivos,
primitivos e bem normais.
Um
bebê chora esperando assim chamar atenção para algo; uma criança rola no chão
esperando a mesma coisa; rezamos esperando ser ouvidos… Será que somos ouvidos?
É
claro que sim! Mas essa angústia é tão remota que os mais antigos queimavam
suas ofertas, imaginando assim, ao ver a fumaça subir ao céu, levava consigo as
suas preces. A fumaça era um sinal visível da oração. Ela reforçava a sua fé.
Ela é muito usada ainda hoje só que na forma de incenso, mas em nossas
orações diárias não vemos fumaça (graças a Deus! risos), mas então o que nos
faz ter a certeza que elas chegaram a Deus? Uma resposta simples – A fé!!
Jesus
nos deu a matiz de todas as orações – O Pai Nosso – partindo dela saem e
originam as outras orações. Decoradas ou espontâneas o que as diferencia é a fé
de quem as proclama. Celina Borges sintetizou numa canção como devemos evocar a
Deus em nossa oração:
“(…)
Vou te buscar com todo o meu coração. E além do véu te encontrar. Face a face
te ver, te tocar te sentir. E dizer tudo aquilo, que eu tenho em mim. Hoje eu
vou tocar no Senhor, COM MINHA FÉ, VOU RASGAR O CÉU COM A MINHA ORAÇÃO E te ver
face a face”. (Hoje eu vou tocar no Senhor – Celina Borges)
A
oração é uma busca por Deus. É não se contentar de vê-lo passar sem o tocá-LO.
Portanto O FOCO DA ORAÇÃO NÃO É O PEDIDO OU O QUE É VISÍVEL E SIM A CONVERSA.
O
Apostolo Paulo alertava que não sabemos pedir e em virtude disso o Espírito
Santo vem para pedir por nós (Romanos 8, 26). Esse mesmo Espírito faz-se agitar
pela fé, confiança esta que fez o cego saber que Jesus passava por ali mesmo
sem vê-lo ou quando moveu a mulher que sofria de Hemorragia a enfrentar as
cotoveladas e empurrões da multidão para pelo menos tocar a orla de seu manto.
Saiba
que a oração termina, mas a amizade não! Ele não é um Deus injusto ou
insensível (Romanos 6, 10); precisamos ter paciência, não precisamos ver a
fumaça, os sinais, os milagres… A confiança daqueles que crêem esta, como diz o
Dunga da Canção Nova, em se aproximar corajosamente do Trono de Graça.
“(…)
Nenhuma criatura lhe é invisível. Tudo é nu e descoberto aos olhos daquele a
quem havemos de prestar contas. Temos, portanto, um grande Sumo Sacerdote que
penetrou nos céus, Jesus, Filho de Deus. Conservemos firme a nossa fé. Porque
não temos nele um pontífice incapaz de compadecer-se das nossas fraquezas. Ao
contrário, passou pelas mesmas provações que nós, com exceção do pecado.
Aproximemo-nos, pois, confiadamente do trono da graça, a fim de alcançar
misericórdia e achar a graça de um auxílio oportuno”. (Hebreus 4, 13-16)
Como
já afirmei o PAI NOSSO é a matiz das orações, mas ele muda de acordo com a fé
de quem reza. Vamos tentar novamente?
Pai
Nosso que estais no céu…
Um
imenso abraço fraterno!
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