4 de Março de
2015
A
Paixão de Jesus está presente nas paixões de tantas pessoas que vivem nas
comunidades, nas pastorais, nos movimentos sociais e testemunham, radicalmente,
o projeto libertador de Jesus de Nazaré. Assim, os anúncios da Paixão se tornam
o centro, o núcleo da fé cristã na perspectiva da Ressurreição. Esta é a força
motivadora para superarmos as contradições, as dificuldades e os desafios da
caminhada.
Estão
subindo para Jerusalém e, embora já saibam qual será o destino de Jesus,
acontece o anúncio: “…o Filho do Homem vai ser entregue aos chefes dos
sacerdotes e aos doutores da Lei. Eles O condenarão à morte e O entregarão aos
pagãos. Vão caçoar d’Ele, cuspir n’Ele, torturá-Lo e matá-Lo. Depois de três
dias, Ele ressuscitará”.
Esse
último anúncio mostrará, claramente, que o seguimento de Jesus não tem
privilégios como pensavam os discípulos, porque a caminhada não é marcada
apenas de glória, mas pela coragem de deixar tudo para suportar a opção de vida
que os levará ao longo do caminho. A estrada de Jesus será marcada de rejeição,
perseguição, luta e sofrimento. Essas são as condições para chegar à glória.
Para, definitivamente, segui-Lo é preciso estar curado da surdez e da cegueira
que estavam presente durante todo o percurso. Essa era a razão pela qual os apóstolos
tinham dificuldade de compreender a mensagem de Cristo sobre Sua Paixão
como condição para segui-Lo.
O
Senhor nos anuncia que o seguimento a Ele deverá passar pela cruz, pois
seguimento e cruz são inseparáveis. Porém, os apóstolos não compreenderam e,
entre si, discutiram quem era o maior (9,34).
Jesus
lhes mostrará que o maior é aquele que serve; o primeiro deve ser o último,
mudando assim, completamente, a lógica da caminhada.
Padre Bantu Mendonça
Nenhum comentário:
Postar um comentário