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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

No final seremos ajuizados pelo amor-Helena Serpa

27 de Fevereiro de 2015 - Evangelho - Mt 5,20-26



Ezequiel 18, 21-28 – “recuperar o tempo perdido” 

Todos nós temos chance e oportunidade para mudar de vida em qualquer idade que estejamos ou em qualquer situação e estágio de vida que atravessamos. O profeta é bem claro quando manifesta o oráculo do Senhor: “ o pecador que se arrepender de seus pecados, e começar a praticar o direito e a justiça, viverá; porém o justo que se desviar da justiça e praticar o mal, morrerá”. A justiça de Deus é o Amor e o Seu poder é o poder do Amor. Ele é Pai e quer a salvação dos Seus filhos. Tudo o que já vivemos, já passou e faz parte do nosso passado, tanto a justiça que praticamos quanto o pecado que cometemos. Nós achamos que o mal ou o bem que deixamos para trás vai valer por toda a vida. Não, o Senhor nos ensina a vivermos a justiça, agora, hoje. Viver a justiça e o direito no agora da nossa vida é a garantia de que a viveremos sempre. Deus é presente: Ele olha o nosso hoje. O que fizemos errado no passado e pelo qual já pedimos perdão, já está perdoado. O arrependimento dos males do passado é garantia para uma nova vida agradável a Deus. Aquela pessoa que de coração se arrepende dos males cometidos recebe de Deus o perdão e poderá perfeitamente viver uma nova vida. Mas, em compensação, aquela pessoa que acha que já foi muito boazinha antes e que resolve mudar de atitude, desviando-se do caminho da justiça, tem como resultado, o esquecimento de todo bem feito anteriormente, pois o bem que fizemos antes também já foi acolhido no coração de Deus para aquele momento da nossa vida. Não podemos voltar atrás no tempo, mas no dia de hoje podemos recuperar o tempo perdido para fazer o que é bom e agradável aos olhos do Senhor. Hoje é outro dia, o que vale é o AGORA. Vale o agora da nossa vida. Vale o Hoje em que vivemos. O Senhor nos chama continuamente à conversão e à mudança de mentalidade e, mesmo que outrora tenhamos sido os piores pecadores, HOJE somos chamados (as) à santidade e à justiça de Deus. Por isso, estejamos atentos (as) às ações que praticamos, HOJE. Que possamos sempre perseguir o melhor e a justiça de Deus nos levará para frente. - Como você considera o bem que você já fez no passado? - E as coisas ruins que você fez influenciam no seu presente? - Vale a pena começar tudo agora – O que você ainda não conseguiu esquecer mesmo que já tenha se arrependido? – Deus é justo e conhece o seu coração, portanto não perca tempo e caminhe pra diante, olhe pro céu!

Salmo 129 – “Se levardes em conta nossas faltas, quem haverá de subsistir?”

Esta é uma grande verdade! Se Deus levasse em conta as nossas faltas e se elas marcassem a nossa alma para sempre, com certeza, não haveria salvação para nós. Porém, diz o salmista: “mas em vós se encontra o perdão”. É no Senhor que está a nossa esperança e é por Ele que a nossa alma e espera mais que o vigia pelo amanhecer do dia. Por isso, também, neste tempo de misericórdia que o nosso clamor se faça ser ouvido pelo Senhor que está atento às preces dos nossos lábios. Clame ao Senhor pelo perdão, faça a sua renúncia ao pecado e experimente a graça da conversão, HOJE.

Evangelho – Mateus 5, 20-26 – “no final seremos ajuizados pelo amor ”

Os mestres da lei e dos fariseus vivam na rigidez da lei: não matar! Jesus, porém nos adverte de que a nossa justiça deve ser maior do que a deles e expandiu a nossa responsabilidade: “todo aquele que se encoleriza com o seu irmão será réu de juízo”. A justiça de Deus é o amor e este também é o termômetro para o nosso julgamento. Seremos julgados pela justiça que praticamos, portanto, no final seremos ajuizados pelo amor que vivenciarmos segundo os critérios de Deus e conforme os Seus ensinamentos. E agora? Como é a nossa justiça? A justiça de Deus é o Amor, é o perdão, é a reconciliação. E a nossa? O amor implica em acolhimento, ternura, compaixão, compreensão, tudo o que Jesus viveu e nos revelou como ensinamento. No final da nossa vida, diante do tribunal nós mesmos (as) relembraremos as nossas ações e à Luz de Deus enxergaremos o que fizemos de bom e o que fizemos de mal. Ai então, os nossos atos revestidos de ira, cólera, impaciência com os nossos irmãos serão medidas que nós mesmos (as) usaremos contra nós na hora em que formos nos avaliar. Jesus nos dá o entendimento a fim de que possamos agir enquanto é tempo: “procura reconciliar-te com o teu adversário enquanto caminha contigo para o tribunal” ... “deixa a tua oferta ali diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão”. Hoje, sem nenhum critério, nós fazemos as nossas ofertas no Altar do Senhor. Não paramos para averiguar e refletir como está o nosso coração e se a nossa oferenda é justa diante de Deus. Estamos aqui a caminho do tribunal. Todos nós passaremos pelo crivo do amor e aqui, caminham conosco, os nossos aliados, mas também os nossos adversários, isto é, aqueles (as) a quem nós amamos e também aqueles a quem abominamos. Quem nos entregará ao juiz será o adversário, pois o pecado que cometemos contra ele estará gravado dentro do livro da nossa vida e desde que não seja apagado virá à luz, um dia. Ainda temos a chance de desfazer toda a cadeia de intriga que possa ter sido armada na nossa vida. Jesus nos chama à reconciliação, portanto, comecemos dentro da nossa casa. – Existe alguém que tem alguma queixa contra você? - Você já procurou conversar com essa pessoa? - Você já pensou que enquanto você faz a oferta do seu coração na hora da Missa, ele pode estar sujo com a injustiça da falta de perdão, da ofensa feita, do ódio por alguém?

Helena Serpa

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