25 - Fevereiro - Quarta - Evangelho
- Lc 11,29-32
Bom
dia!
Antes
de tudo preciso voltar a reflexão de ontem para fazer um gancho com a de hoje.
Dizíamos ontem: “(…) A oração é uma busca por Deus. É não se contentar de vê-lo
passar sem o tocá-LO. Portanto O FOCO DA ORAÇÃO NÃO É O PEDIDO OU NO QUE É
VISÍVEL E SIM A CONVERSA”.
Ave!
Pedimos demais, mas ouvimos de menos.
É
preciso reparar no exemplo dado por Jesus no evangelho de hoje – o de Jonas,
narrado na primeira leitura.!
“(…)
Jonas entrou na cidade, percorrendo o caminho de um dia; pregava ao povo,
dizendo: ‘Ainda quarenta dias, e Nínive será destruída’. OS NINIVITAS
ACREDITARAM EM DEUS; aceitaram fazer jejum, e vestiram sacos, desde o superior
ao inferior”. (Jonas 3, 4-5)
Deus
ansiava em arrebanhar novamente o povo afastado de Nínive. É preciso deixar
claro que mesmo Ele, não pode interferir no livre arbítrio que temos de
concordar ou não com seu amor, então pede a Jonas que se faça intercessor.
Jonas, usando uma das facetas mais comuns do ser humano – o julgamento prévio e
precipitado – não aceita ir. E que ser humano aceitaria ir à capital do império
que estava prestes a invadir seu território e tomar seu povo por escravo?
Creio
que Deus pôs Jonas a se defrontar com seu e nosso maior obstáculo – o orgulho
em reconhecer que nossa fé e empenho são muito pequenos. Jesus tenta abrir os
olhos dos seus mostrando que era mais importante que Jonas, no entanto, o
coração orgulhoso e contrito das pessoas, inclusive dos seus discípulos,
impediam e ainda impedem Deus de entrar. Será que ainda somos tão presos ao
“ver pra crer”?
Precisamos
na quaresma, e também no tempo comum, fazer um exercício diário que nos proteja
da frieza espiritual que nosso mundo vive hoje. Deus conhece nossas lutas,
aflições e sofrimento; Ele não é um Deus perverso, distante, tirano ou sádico.
Talvez essa falta de compreensão que tenha nos afastado Dele e então somente
quando assolados por problemas ou situações que fogem do nosso controle,
resolvemos nos “vestir de sacos” e humilhados, vencidos, sem esperança,
resolvemos então ouvir.
Deus
não quer nos ver sofrer para ter que mudar! Quantas vezes já nos pegamos
dizendo: Por que é que não ouvi? Deus não esta aqui pra dizer “eu não disse?
Porque não me ouviu?”.
Outro
ponto interessante… Quando sentamos e rezamos o que pedimos? Coisas visíveis ou
Invisíveis? Notem o que diz a reflexão principal da CNBB:
“(…)
Para muitas pessoas, Deus deve manifestar-se constantemente para todos, pois
somente assim o mundo poderá crer. Na verdade, essas pessoas querem uma
demonstração evidente da existência de Deus e da sua presença no nosso dia a
dia, porém o Evangelho de hoje nos mostra que assim como Jonas foi um sinal
para os ninivitas, Jesus é um sinal para nós”,
É
preciso notar que como Jonas tentamos “tirar o corpo fora” do milagre. “Deus
tudo pode. Fica por conta dele”! Claro que pode, mas e você vai a Nínive ou
não? Queremos que o milagre aconteça na nossa frente e de preferência, sem que
tenhamos que ir até ele. Quer que sua famíla mude, lute! Quer um emprego
melhor, capacite-se!
Que
fique bem claro que NUNCA devemos deixar de interceder pelos nossos problemas e
aflições. A contínua intercessão acaba nos tornando mais íntimos de Deus e
próximos a Ele a oração se torna uma gostosa e respeitosa conversa.
Portanto!
Faça a sua parte do milagre!
Um
imenso abraço fraterno!
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