QUARTA FEIRA DA II SEMANA DA
QUARESMA 04/03/2015
1ª Leitura Jeremias 18, 18-20
Salmo 30/31,17b “Salvai-me pela
vossa misericórdia”
Evangelho Mateus 20. 17-28
" Lugares importantes"
No evangelho estamos diante de dois
membros da comunidade, que queriam fazer carreira religiosa, com o total apoio
da Mamãe coruja que transforma o desejo de poder dos filhos, e uma oração
suplicante. Se em nossas comunidades conhecemos pessoas com esse perfil dos
Filhos de Zebedeu, isso é, que querem ter poder sobre as pessoas, ninguém
desanime, pois os dois Filhos de Zebedeu tornarem-se santos e deram suas vidas
por amor ao evangelho.
Mas eles também viveram essa
fantasia de ter poder na comunidade, como comentávamos na reflexão de ontem, sobre
a cadeira do padre. Jesus acaba de anunciar o seu triunfo sobre as Forças do
Mal, que irá culminar com a sua ressurreição, mas que irá passar pelo amargor
da paixão e da morte no calvário. A mãe, como qualquer mãe dos nossos tempos
queria ver os Filhos se darem bem na vida, que mãe já não tentou falar com
alguém influente para arranjar um emprego para o Filho, algum político de
prestígio, para dar ao Filho algum benefício? Não vamos condenar a mãe dos dois
jovens, pois há quem diga que foram eles mesmos que pediram a Jesus, mas
Matheus, amenizando a situação, joga a responsabilidade para a coitada da
mãe...
O evangelho não quer espinafrar a
Mãe e seus dois filhos, que como já disse, ao ser escrito esse evangelho
provavelmente já tinham alcançado a santidade com o martírio. Mas a mensagem
central é só uma : quem quiser percorrer o caminho do discipulado, tem que
renunciar aos sonhos de poder, prestígio e grandeza, para unir-se intimamente a
Cristo, sua paixão e morte. O cristão vive para servir aos irmãos e irmãs, dar
sempre o melhor de si para o bem do outro, desapegar totalmente de seus
interesses até mesmo essenciais, para uma entrega total e generosa a serviço do
outro, sem nunca esperar gratidão, reconhecimento e homenagens, mas a cruz
unicamente.
O caminho da Santidade em Cristo,
passa obrigatoriamente pelo calvário, antes de chegar na Ressurreição. É este o
único caminho do discipulado, e não há outro! (Diácono José da Cruz – Paróquia
Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)
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