23 - Fevereiro - Segunda - Evangelho
- Mt 25,31-46
Jesus
assentar-se-á em seu trono glorioso, e separará uns dos outros.
Hoje,
é com alegria que celebramos a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do
Universo. Com esta festa, encerramos o ano litúrgico; o próximo domingo já será
o primeiro domingo do advento. O Evangelho mostra Jesus exercendo a sua
realeza, no Juízo Final.
A
palavra rei vem de reunir. O rei justo é o centro de unidade do povo do seu
reino. Como um bom pastor, ele reúne as ovelhas dispersas e cuida das que estão
doentes (primeira leitura).
Às
vezes, dá impressão que Jesus é um rei fraco. Mas é justamente o contrário. Ele
é tão poderoso que não precisa ficar mostrando a sua força a cada momento;
mostra-a na hora certa. Ele deixa o joio crescer no meio do trigo, porque sabe
o que fazer mais tarde, sem que os bons se percam e a justiça seja feita.
Jesus
é o Rei do Universo. Não existe nada e ninguém mais forte nem mais inteligente
do que ele. Nada é capaz de barrar o avanço do Reino de Deus no mundo.
Como
nosso rei, Jesus prestou-nos o melhor serviço do mundo: tirou-nos do poder das
trevas e nos deu a vida eterna. É o que diz a segunda leitura da Missa de hoje
(1Cor 15,20-26).
E
o Evangelho de hoje é a descrição do juízo final. Jesus, o Rei, vai dizer aos
que cuidaram dos necessitados: “Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como
herança o Reino...” Depois dirá aos egoístas, que foram insensíveis diante do
sofrimento do próximo: “Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo
eterno...”
Os
condenados tentarão se defender, mas o Rei será inflexível: o que fizeram ao
próximo, fizeram ao próprio Jesus.
Na
quinta-feira santa, ao lavar os pés dos discípulos, Jesus nos mostrou como Deus
quer que exerçamos a autoridade: é cuidando dos súditos e servindo a eles. Ser
chefe é cuidar das pessoas a ele confiadas, fazendo justiça com as que são
injustiçadas. É para isso que a autoridade tem poder.
E
deixar alguém, ao nosso lado, passar fome, ou andar nu ou doente, e não fazer
nada por ele, é uma injustiça. Jesus vai cobrar de quem podia ajudar e não o
fez.
“Se
alguém quiser ser o primeiro, seja o último de todos, aquele que serve a
todos!”(Mc 9,35).
Jesus
é nosso Rei, total único. Para a administração política, ou para qualquer cargo
de poder e autoridade, escolhemos apenas representantes de Jesus.
Certa
vez, o grupo de jovens de uma Comunidade resolveu, num domingo à tarde, visitar
o hospital. Eram jovens novinhos, alguns ainda adolescentes.
Visitando
as enfermarias, viram um senhor coberto com um lençol, com apenas a cabeça de
fora. Ficaram em volta da cama e começaram a rezar, pedindo a saúde para ele.
Os jovens diziam: “Senhor, cure este doente! Que ele possa levantar-se desta
cama e andar!”
Estava
também na enfermaria um senhor visitando outro doente. Ele falou para os
jovens: “Não adianta, ele não vai se levantar nem andar!”
Os
jovens não deram ouvidos e continuaram rezando. No fim, ao se despedirem,
disseram ao doente: “Deus vai ajudar e o senhor vai se levantar desta cama e andar!”
Novamente
o homem disse: “Ele não vai andar!!!” Aproximou-se, puxou o lençol e mostrou
para os jovens que o doente não tinha as duas pernas. E disse mais uma vez: “Eu
não estou falando? Ele não vai andar. Olhem aí!”
Mas
o mais interessante aconteceu depois: os jovens contaram para seus pais o
acontecido. Um senhor rico da cidade ficou sabendo, foi ao hospital, pegou
aquele doente, que era pobre e o levou para um hospital ortopédico
especializado em próteses. Colocaram próteses nas duas pernas do homem e ele
realmente se levantou e andou!
Jesus
é o Rei do universo. Quando ele disse: “Pedi e recebereis”, empenhou nessa
frase o seu nome e o seu poder divino. E Deus, como sabemos, pode tudo. Para
ele nada é impossível. Inclusive fazer uma pessoa sem pernas andar.
Todo
reino tem sua rainha; é a esposa do rei ou, se ele é solteiro, a sua mãe. Maria
Santíssima é a nossa Rainha. Que ela interceda por nós junto ao Rei, seu Filho,
a fim de que sejamos bons cidadãos do seu Reino.
Jesus
assentar-se-á em seu trono glorioso, e separará uns dos outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário