Segunda-feira,
23 de Fevereiro de 2015
Policarpo, Bartolomeu
Levítico 19,1-2.11-18: Julga com justiça
a teu concidadão
Salmo 18: Tuas palavras, Senhor, são
espírito e vida
Mateus 25,31-46: Venham, benditos de meu
Pai, receber o Reino.
31 Quando o Filho do Homem voltar na sua
glória e todos os anjos com ele, sentar-se-á no seu trono glorioso. 32 Todas as
nações se reunirão diante dele e ele separará uns dos outros, como o pastor
separa as ovelhas dos cabritos. 33 Colocará as ovelhas à sua direita e os
cabritos à sua esquerda. 34 Então o Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde,
benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a
criação do mundo, 35 porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me
destes de beber; era peregrino e me acolhestes; 36 nu e me vestistes; enfermo e
me visitastes; estava na prisão e viestes a mim. 37 Perguntar-lhe-ão os justos:
- Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te
demos de beber? 38 Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te
vestimos? 39 Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?
40 Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes
isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.
41 Voltar-se-á em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: - Retirai-vos de
mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos. 42
Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber;
43 era peregrino e não me acolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e na
prisão e não me visitastes. 44 Também estes lhe perguntarão: - Senhor, quando
foi que te vimos com fome, com sede, peregrino, nu, enfermo, ou na prisão e não
te socorremos? 45 E ele responderá: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes
que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes
de fazer. 46 E estes irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida
eterna.
COMENTÁRIO
O evangelho apresenta Jesus em uma
tríplice condição: de Pastor, Rei e Juiz, três formas particulares de
compreendê-lo no marco do projeto do reino de Deus. O relato evangélico é rico
em uma simbologia projetada ao fim dos tempos. Manifesta-se uma corte real onde
o rei é ao mesmo tempo juiz, e julgados, neste caso as nações, que representam
a humanidade inteira. O juízo representa a vinda gloriosa do Filho de Deus para
dar plenitude à história.
O tempo da quaresma nos abre a uma
escuta atenta da Palavra de Deus, que o dia de hoje nos chama a uma revisão
profunda de nossos projetos de vida e concretamente de nossas atitudes e
comportamentos diante das necessidades humanas do homem, a sede, o desterro, a
nudez, a enfermidade e a perda da liberdade.
Nossa proximidade do projeto de Deus não
depende tanto e nossas práticas rituais ou cultuais, mas de nossa capacidade de
solidarizar-nos com quem padece a dor ou as necessidades graves e urgentes, por
serem vítimas da injustiça e da exclusão. É o próprio Deus exigindo
sensibilidade e ação cristã.
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