20 de Fevereiro
de 2015
“Vocês acham que os convidados de um casamento
podem estar tristes enquanto o noivo está com eles? Claro que não! Mas chegará
o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; então sim eles vão jejuar”!
Com estas palavras Jesus não aboliu nem o jejum e nem a oração.
Simplesmente Ele quis dizer aos discípulos de João Batista, e todos
aqueles que ainda estavam presos ao passado que, jejum é feito em casos
específicos, quando queremos servir melhor a Deus, quando estamos passando por
tribulações, perseguições, doenças e calamidades, nos arrependimentos de
pecados por nós e pelo povo, e conversões em massa.
Alías, Jejum, oração e boas obras são mencionados frequentemente
por ambos judeus e cristãos. Oração não fica a frente do jejum, e boas obras,
independente deles, mas como algo que os liga de dentro. O mais completo
entendimento da oração é particularmente oferecido em conexão com o jejum.
Quando nós olhamos o que é dito sobre a oração, e como ela é definida, nós
podemos ver que a ênfase é naturalmente mais no estado do coração e alma que no
corpo, como possível expressão da oração em geral.
Segundo São João Damasceno: “Oração é a subida da mente e do
coração de alguém a Deus ou o pedido das boas coisas de Deus”.
Primariamente, a conversa com Deus como atividade espiritual é
enfatizada. Todavia, há também a prática e a experiência de que não apenas
pensamentos, conversa e atos espirituais por si só estão inclusos na oração,
mas também é o corpo. A oração torna-se mais completa por meio do corpo e do
movimento, que acompanha as palavras da oração. O corpo e seu movimento tornam
a oração mais completa e expressiva para que ela possa mais facilmente envolver
a pessoa inteira.
A unificação do corpo e da alma na oração é particularmente
manifestada em jejuar e orar. O jejum físico torna a oração mais completa. Uma
pessoa que jejua reza melhor e uma pessoa que reza, jejua mais facilmente.
Desta forma, a oração não permanece somente uma expressão ou palavras, mas
cobre o ser humano inteiro. O jejum físico é uma admissão para Deus diante dos
homens que alguém não pode fazer sozinho e necessita de ajuda. Uma pessoa
experimenta sua impotência mais facilmente quando ela jejua, e por isso, por
meio do jejum físico, a alma está mais aberta a Deus. Sem jejum, nossas
palavras na oração permanecem sem uma fundação verdadeira. No Antigo
Testamento, os crentes jejuavam e rezavam individualmente, em grupos e em
várias situações da vida. Por causa disso, eles sempre experimentavam a ajuda
de Deus. Jesus confere uma força especial ao jejum e a oração, especialmente na
batalha contra os espíritos do mal.
O jejum é um tipo de penitência no qual abrimos mão de algo que nos
agrada, e oferecemos esse “sacrifício” por alguma boa intenção. E aqui entra um
detalhe: só Deus precisa saber desse jejum! Não precisa sair por aí se gabando
de jejuar, ou se mostrando abatido por causa do jejum! Pelo contrário, o
verdadeiro jejum é feito escondido, para que somente o nosso Deus, que vê o que
está escondido, tome conhecimento.
No evangelho de hoje, Jesus justificou que os seus discípulos não
estavam em jejum porque Ele próprio estava presente, e isso era motivo de
festa! E festa não combina com jejum! Chegaria o dia em que Jesus não estaria
mais com eles. E aí sim, eles jejuariam. Querendo, pois fazer uma caminhada de
penitência, sigámo-l’O. Hoje é o dia esta é a hora da prática do jejum. Abrindo
mão de certos prazeres, ou até oferecendo as nossas dores e sofrimentos a Deus,
a fim de que Ele amenize o sofrimento nosso ou de outras pessoas.
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