Sexta-feira,
27 de Fevereiro de 2015
Gabriel da Dolorosa
Ezequiel 18,21-28:
Pela justiça que praticou, viverá
Salmo 129: Se levas em
conta os nossos pecados, Senhor quem poderá subsistir?
Mateus 5,20-26: Vai
primeiro reconciliar-te com teu irmão.
20
Digo-vos, pois, se vossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus,
não entrareis no Reino dos céus. 21 Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não
matarás, mas quem matar será castigado pelo juízo do tribunal. 22 Mas eu vos
digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será castigado pelos juízes.
Aquele que disser a seu irmão: Raca, será castigado pelo Grande Conselho.
Aquele que lhe disser: Louco, será condenado ao fogo da geena. 23 Se estás,
portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu
irmão tem alguma coisa contra ti, 24 deixa lá a tua oferta diante do altar e
vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta. 25
Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com
ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu
ministro e sejas posto em prisão. 26 Em verdade te digo: dali não sairás antes
de teres pago o último centavo
COMENTÁRIO
O
texto começa chamando a atenção sobre o modo de agir da multidão que deve
superar as incoerências dos letrados e fariseus para quem o cumprimento dos
preceitos e ritos da lei estava acima da convivência justa e fraterna com os
irmãos.
A
proposta de Jesus centra sua atenção no ser humano e sua capacidade de amar,
esse dom de Deus ponto no centro do coração humano que não se pode atrofiar. Se
isto acontece, viciam-se todas as relações e projetos humanos, a ponto de
perder sua transcendência histórica e salvífica.
Hoje
estamos vendo e vivendo conflitos sociais, econômicos e culturais que, levados
aos extremos, desencadearam guerras e muitas mortes. Elas dão conta da pequenez
do coração humano que deixou arrebatar sua capacidade de amar por interesses
mesquinhos, que provocam distância cada vez maior entre vítimas e vitimadores
nos projetos de morte.
Falar
hoje de uma autêntica reconciliação implica em um longo processo no qual sejam
desmontadas as estruturas imorais e injustas que por séculos gestaram ódio e
rancor entre as pessoas e povos inteiros.
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