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terça-feira, 1 de abril de 2014

4ª SEMANA DA QUARESMA Diac. José da Cruz

TERÇA FEIRA DA 4ª SEMANA DA QUARESMA 01/04/2014

1ª Leitura Ezequiel 47,1-9.12

Salmo 45(46), 8 “Está conosco o Senhor dos Exércitos, nosso protetor é o Deus de

 " Mergulhando nas águas borbulhantes..."

Imaginem a cena nos pórticos em redor da piscina de Betesta, tomada de cegos, coxos

e paralíticos, quando é dada a largada começa a correria e o esforço dos coitados dos

deficientes em conseguir chegar e se jogar na piscina, e pelo que entendi, só um por

vez era curado. Havia aqueles que tinham sorte e traziam seus acompanhantes que os

guiavam ou o carregavam até a piscina, mesmo assim, era uma verdadeira disputa para

ver quem chegava primeiro. O problema não era a cura em si, mas superar os demais e

chegar á frente de todos...

Nosso pobre paralítico nem isso tem, fica em seu lugarzinho e quando é dada a largada

o coitado até tenta, mas inutilmente, sempre alguém, melhor das pernas passa á sua

frente. Há 38 anos ele sonha com uma cura física mas pelo jeito iria morrer paralítico

se Jesus não aparecesse por ali. A pergunta de Jesus parece bem óbvia "Queres ficar

curado?". Se o cara estivesse estressado, iria responder de maneira indelicada "Não, só

estou aqui me bronzeando um pouco". Mas prestemos atenção nessa pergunta, Jesus não

perguntou se ele queria chegar á piscina, mas se queria ser curado, o que é diferente...

Mas o paralítico entendeu dessa forma, isso é, a cura era o de menos, a dificuldade

era chegar na piscina, sua resposta assim o demonstra "Senhor, não tenho ninguém

que me ponha no tanque, quando a água é agitada, enquanto vou, já outro desceu

antes de mim"Trata-se de alguém que só enxerga na ótica do sistema, nada vê e nem

experimenta fora de sua religião, o que fazia dele um paralítico, não penso, Deus pensa

por mim, não preciso fazer nada, Deus fará por mim, nem tenho vontade própria.

Poderão argumentar que a resposta está correta e o paralítico expõe sua necessidade,

precisa de alguém que o carregue até o tanque. Talvez Jesus esteja ali, se oferecendo

para fazê-lo. Entretanto, Jesus supera tudo quanto a religião possa oferecer, ele não

precisa de nenhum método de cura, fórmula mágica ou rito misterioso, simplesmente

vai dizer ao paralítico "Levanta-te, toma o teu leito e anda".

A cura que as águas borbulhantes propiciavam, provém de Deus, ora, a presença de

Jesus dispensava portanto qualquer rito. A reflexão leva nossas comunidades cristãs

a pensar, que é muito grande o perigo de super valorizarmos o rito e o formalismo

religioso, tornando secundária a ação da Graça de Deus, que está em tudo e em todos

como algo essencial.

Qual o perigo desse modo de pensar? Nos atermos á cura física que é o caso desse

homem ex paralítico. Jesus o encontrou no templo e o exortou a uma conversão

profunda e sincera, que iria lhe trazer muito mais do que a simples cura. "Não tornes

a pecar". Mas qual pecado? Podemos nos perguntar....Exatamente o pecado de

deixar passar desapercebido em nossa relação com Deus, aquilo que é o essencial,

transformando a religião em uma barganha para atender aos nossos interesses,

menosprezando assim a verdadeira e única água borbulhante, a Fonte de água Viva que

é Jesus Cristo.

Diácono José da Cruz

Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP

E-mail cruzsm@uol.com.br


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