Domingo, 8 de julho de 2018
EVANGELHO DE Mc 6, 1-6
Naquela época, falava-se muito da chegada do Messias. Quando o
Messias viesse ninguém saberia de onde Ele viria. (Jo 7, 27) Esperavam um Messias
forte, político, lutador. Não esperavam um Messias humilde, simples, pobre e
muito menos um “servo sofredor”.
Jesus foi para Nazaré, sua terra, sua cidade onde viveu e cresceu e
morou até 30 anos. No sábado Jesus foi a Sinagoga e começou a ensinar com grande
sabedoria. Todos ficaram admirados com a sabedoria que Jesus demonstrava ter.
Os habitantes de Nazaré conheciam sua família, família simples,
humilde e pobre. Sabiam que ele não havia feito estudos especiais e durante o
tempo que viveu em Nazaré não tinha feito nada de extraordinário. Jesus,
durante 30 anos, levara uma vida humilde e simples de um homem comum como todos
os outros.
Os conterrâneos de Jesus sentem inveja ao verem a eloquência
e o poder dele. Sentem-se humilhados em reconhecer a superioridade dele. Seus
ouvintes admiravam seus ensinamentos, mas nem por isso acreditavam em Jesus porque
O conheciam.
Por onde Jesus andava
ensinando, fazendo milagres, era acolhido e querido pelo povo. Em Nazaré, sua
terra, ocorreu o contrário dos outros lugares. Perguntavam: “De onde ele recebeu tudo isto?” Como
conseguiu tanta sabedoria? “Não é ele carpinteiro, filho de Maria e irmão de
Tiago, de José, de Judas e de Simão? E suas irmãs não vivem aqui em nosso
meio?” Com essas indagações, rejeitavam a ideia de que Jesus seria o
Messias, pois o conheciam. Quando se queria desprezar alguém, bastava
substituir o nome do pai pelo da mãe. Por isso, a expressão “filho de Maria” (a
não ser que José já tivesse morrido), era altamente depreciativa.
Na linguagem usada
naquele tempo eram também chamados “irmãos” os primos e os parentes, tanto
próximos como afastados. Hoje em dia também usamos essa linguagem. Falamos que
somos todos irmãos. Não somos irmãos de sangue, mas somos filhos de um mesmo
Pai, Deus, professamos a mesma Fé, o mesmo Batismo, somos santificados pelo
mesmo Espírito, em Cristo Jesus.
Os nazarenos
desprezaram o poder e a sabedoria de Jesus porque viam Jesus como filho do
carpinteiro, de origem humilde e simples, do qual não poderia surgir tanto poder
e tantas luzes. Ao invés de aceitá-Lo, O desprezam e rejeitam.
Daí a resposta de
Jesus aos seus conterrâneos: “Um profeta
não é desprezado senão na sua terra, entre os seus parentes, na própria
família”. É sempre assim: somos mais reconhecidos fora da nossa família,
fora da nossa terra, do que na nossa própria família e terra. E como é difícil
evangelizar principalmente os da família, os mais próximos.
Jesus não quis fazer
curas e milagres em sua cidade porque se mostravam incrédulos. Em outros lugares,
os ensinamentos libertadores de Jesus despertavam a fé e o entusiasmo das
pessoas sinceras, já nos nazarenos, a indiferença.
Hoje, dá-se o mesmo: Não há milagre que convença aquele que não
quer acreditar! Deus não força os homens a aceitar suas graças e quer deles
ao menos uma cooperação, que é a vontade de recebê-las.
Dizem os estudiosos que Jesus levou seus discípulos a Nazaré para
ensiná-los a não desanimarem diante das contrariedades na pregação. Mostra com
o exemplo de seus conterrâneos que a Palavra de Deus pode encontrar resistência
e repulsa até naqueles que deveriam ser os mais prontos e dispostos a
acolhê-la.
Os discípulos
aprendem uma importante lição daqueles que esperamos encontrar apoio,
participação e solidariedade, pode acontecer que encontremos obstáculos, mas
apesar de tudo o anúncio do Reino deve acontecer!
Podemos concluir como
é difícil ser profeta, tanto no ontem, como no hoje. Se encontrarmos
resistência, não esqueçamos de que Jesus já fez essa experiência muito antes de
nós e não desanimou. Ao contrário, continuou firme, certo de que estava
cumprindo a missão que o Pai lhe confiou.
Irmãos, desempenharemos nossa missão de discípulos missionários ou
ficaremos paralisados como os conterrâneos de Jesus?
Senhor, fortalecei-nos no caminho da
evangelização, que os obstáculos que surgirem não nos impeçam de continuarmos
nossa missão. Amém!
Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes
Eu, Jair Ferreira da cidade de Cruz das Almas - Ba todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo.
ResponderExcluir