21 de Julho – Ano B
O Verbo de Deus, Aquele que existe desde toda a
eternidade, Aquele que é invisível, incompreensível, incorpóreo, o Princípio
que procede do Princípio, a Luz que nasce da Luz, a fonte da vida e da
imortalidade, Aquele que é a expressão fiel do arquétipo divino, o selo que não
se apaga, a perfeita imagem, a Palavra e o pensamento do Pai (Heb 1, 3), é o
mesmo que vem em ajuda da criatura feita à sua imagem (Gn 1, 27), e por amor do
homem se faz homem. Assume um corpo para salvar o corpo e une-se a uma alma
racional por amor da minha alma. Para purificar aqueles a quem Se tornou
semelhante, fez-Se homem em tudo, exceto no pecado. Aquele que enriquece os
outros faz-Se pobre. Aceita a pobreza da minha condição humana para que eu
possa receber as riquezas da sua divindade (2 Co 8, 9). Aquele que possui tudo
em plenitude, aniquila-Se a Si mesmo, priva-Se por algum tempo da sua glória
para que eu possa participar da sua plenitude.
Porque
tantas riquezas de bondade? Que significa para nós este mistério? Eu recebi a
imagem divina, mas não soube conservá-la; agora Ele assume a minha condição
humana, para restaurar a perfeição daquela imagem e dar imortalidade a esta
minha condição mortal. Deste modo, estabelece conosco uma segunda aliança, mais
admirável que a primeira. Convinha que o homem fosse santificado mediante a
natureza assumida por Deus. Convinha que Ele triunfasse deste modo sobre o
nosso tirano, que nos subjugava para nos restituir a liberdade e reconduzir-nos
a Si pela mediação de seu Filho. E Cristo realizou, de fato, esta obra
redentora para glória de seu Pai, que era o objetivo de todas as suas ações.
Quero abrir
a boca, irmãos, para vos falar do altíssimo assunto da humildade. E estou cheio
de temor, como quem sabe que deve falar de Deus com a língua dos seus próprios
pensamentos.
Porque a
humildade é a roupagem da Divindade. Fazendo-se homem, o Verbo revestiu-se de
humildade. Através dela, viveu conosco dentro de um corpo. E todo o que vive na
humildade torna-se verdadeiramente semelhante Àquele que desceu das alturas e
cobriu a sua grandeza e a sua glória com as vestes da humildade, para que, ao
vê-lo, a criação não fosse consumida.
Porque a
criação não teria podido contemplá-lo se Ele não tivesse tomado sobre si a
humildade e não tivesse, assim, vivido com ela. Não teria havido face a face
com Ele. A criação não teria ouvido as palavras da sua boca.
Por isso,
quando a criação vê um homem revestido da semelhança do seu Mestre, ela o
venera e honra, tal como o fez ao Mestre, que viu viver revestido de humildade.
Com efeito, que criatura não se deixa enternecer diante do humilde? Contudo,
enquanto a glória da humildade não se tinha revelado a todos em Cristo,
desdenhava-se desta visão tão cheia de santidade.
Mas agora a sua grandeza elevou-se aos olhos do
mundo. Foi concedido à criação receber, na mediação do homem humilde, a visão
do seu Criador. Por isso, o humilde não é desprezado por ninguém, nem sequer
pelos inimigos da verdade. Aquele que aprendeu a humildade é venerado por causa
dela, como se tivesse sobre si uma coroa e vestes de púrpura.
Eu, Jair Ferreira da cidade de Cruz das Almas - Ba todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo.
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