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de Julho – Ano B
Estamos diante de duas realidades: de um lado o nosso
coração e do outro o Coração de Jesus. O meu e o teu coração são comparáveis
aos quatro terrenos da história: “o terreno do caminho”, “o solo cheio de
pedras”, “a terra cheia de espinheiros” e “o terreno lavrado e bom”. Jesus é o
Divino Semeador. A semente é a Sua Palavra de bondade e de sabedoria. E os
diversos terrenos são os nossos corações, os nossos espíritos, onde Ele semeia
Seus ensinamentos, cheio de bondade para conosco.
Permita que te
faça esta pergunta: Como procedes para com Jesus? Como respondes à Sua bondade?
O modo como damos resposta ao amor cuidadoso do Divino Mestre é que nos
classifica espiritualmente, isto é, mostra que espécie de terreno existe em
nossa alma. Cada coração humano é uma espécie de terra, um dos quatro solos da
parábola.
Quando alguém ouve
a palavra do Evangelho e não procura compreendê-la, nem lhe dá valor, aparecem
as forças do mal e arrebatam o que foi semeado no seu coração, tais como os
passarinhos comeram as sementes. E sabe de que modo? Fazendo com que a alma
esqueça o que ouviu, dando outros pensamentos à pessoa, fazendo com que ela se
desinteresse das coisas espirituais. E a alma fica indiferente aos ensinamentos
divinos. O coração dessa pessoa é semelhante ao “terreno do caminho”, aonde a
semente não chegou a penetrar.
E o que é dito do
pedregoso? Ele é a imagem da pessoa que recebe os ensinamentos de Jesus com
muita alegria. São exemplos as pessoas entusiasmadas com o serviço cristão, mas
cuja animação dura pouco. Quando surgem as zombarias, as perseguições ou os
sofrimentos, a alma, que é inconstante, abandona o caminho do Evangelho e logo
definham e páram de rezar deixando cair tudo para o chão ou jogando na água as
graças que haviam recebido de Deus.
O solo é a “terra
cheia de espinheiros”. É o caso das pessoas que recebem a palavra do Evangelho,
mas, depois abandonam o caminho cristão por causa das grandezas falsas do mundo
e da sedução das riquezas. Ouviram o Evangelho, mas se interessaram mais pelos
negócios, pelos lucros, pelas vaidades da vida, pelo cuidado exclusivo das
coisas da terra. Só pensam em automóveis de luxo, sonham com caminhões,
imaginam-se ricos. A princípio, sabiam repartir com os pobres o seu
dinheirinho, porém, agora só pensam em juntá-lo: a caridade morreu nos seus
corações. O mundo, com suas riquezas falsas, seduziu suas almas e sufocou a
plantinha de Deus em seus espíritos. Trocaram Jesus pelos sonhos e ambições de
carros de luxo, de figurinos, de roupas elegantes, de campos de esporte, de
concursos de beleza, de grandezas sociais. A plantinha de Deus foi sufocada
pelos espinhos do egoísmo e das ilusões da vida material. E parece que morreu
em seus corações. Você é um destes? E senão for com certeza na tua família
existem pessoas assim.
O quarto terreno,
“a terra lavrada e boa”, é o símbolo do coração que escuta o Evangelho,
procurando compreendê-lo e praticá-lo na vida. É a alma que estuda a palavra do
Senhor, percebendo que está neste mundo para aprender a Verdade e o Bem. E,
assim, dá frutos de bondade e eleva-se para Deus. Abandona seus vícios e maus
hábitos, dedicando-se à prática das virtudes, guardando a fé no coração,
socorrendo carinhosamente os necessitados e sofredores e buscando os conselhos
de Deus no Evangelho de Cristo.
O coração de uma criança verdadeiramente cristã é o
bom terreno da parábola: cada semente de Jesus se transforma em trinta,
sessenta ou cem bênçãos de bondade, de fé e de auxílio ao próximo. O coração
dessa criança deseja conhecer sempre mais e melhor os ensinos cristãos. E se
esforça sinceramente para fazer a Vontade Divina: amar e perdoar, crer e
ajudar, aprender e servir. Que tu guardando a humildade de coração te esforces
para seres, se ainda não o és, o bom terreno, que recebe os grãos de luz do
Divino Semeador e dá muitos frutos de sabedoria e bondade.
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