20 de Julho
Na Lei dada por Moisés, que não era mais que uma
sombra, Deus ordenou a todos que repousassem e não fizessem nenhum trabalho no
dia de sábado. Mas isso não era senão uma imagem e uma sombra do verdadeiro
sábado, o qual é concedido à alma pelo Senhor. Com efeito, a alma que foi
julgada digna do verdadeiro sábado cessa de se abandonar às suas preocupações
vergonhosas e humilhantes e repousa; celebra o verdadeiro sábado e goza do
verdadeiro repouso, estando liberta de todas as obras das trevas. Ela prova o
repouso eterno e a alegria do Senhor.
Antes,
estava prescrito que mesmo os animais desprovidos de razão deviam repousar no
dia de sábado: o boi não devia ser submetido à canga, nem o burro carregar o
fardo, porque os próprios animais repousavam dos trabalhos penosos. Ao vir para
o meio de nós, o Senhor trouxe o repouso à alma que estava carregada e oprimida
pelo fardo do pecado, e que morria sob o constrangimento das obras de
injustiça, subjugada como estava, por mestres cruéis. Ele aliviou-a do peso
intolerável das idéias vãs e ignóbeis, libertou-a do jugo doloroso das obras de
injustiça, deu-lhe o repouso. É este repouso pelo qual todos nós lutamos e
esperamos um dia alcançar em Cristo Jesus.
Senhor Deus,
Tu que nos cumulaste de tudo, dá-nos a paz (Is 26, 12), a paz do repouso, a paz
do sábado, do sábado que não tem ocaso. Porque esta tão bela ordem das coisas
que criaste, e que são “muito boas” (Gn 1, 31), passará quando tiver chegado ao
termo do seu destino. Sim, elas tiveram a sua manhã e terão a sua tarde. Mas o
sétimo dia não tem tarde, não tem ocaso, porque Tu o santificaste a fim de que
ele dure para sempre. No termo das Tuas obras “muito boas”, que, contudo,
fizeste em repouso, Tu repousaste ao sétimo dia, a fim de nos fazeres
compreender que, no termo das nossas obras, que são muito boas porque foste Tu
que no-las deste (Is 26, 12), também nós repousaremos em Ti, no sábado da vida
eterna. Então repousarás em nós como agora ages em nós; assim, o repouso que
experimentaremos será o Teu, tal como as obras que fazemos são as Tuas.
Tu, Senhor,
trabalhas constantemente e estás constantemente em repouso. Quanto a nós, chega
um momento em que somos levados a fazer o bem, depois do nosso coração o ter
concebido pelo Teu Espírito, enquanto anteriormente éramos levados a fazer o
mal, quando Te abandonávamos. Tu, único Deus bom, nunca deixaste de fazer o
bem. Algumas das nossas obras são boas – pela Tua graça, é certo –, mas não são
eternas; depois de as fazermos, esperamos repousar na Tua inefável
santificação. Mas Tu, Bem que não precisa de nenhum outro bem, Tu estás
constantemente em repouso, porque Tu próprio és o Teu repouso.
Quem, dentre os homens, poderá dar a conhecer tudo
isto ao homem? Que anjo o dará a conhecer aos anjos? Que anjo ao homem? É a Ti
que devemos pedir esse conhecimento, em Ti que devemos procurá-lo, à Tua porta
que devemos bater. E dessa maneira sim, dessa maneira receberemos, dessa
maneira encontraremos, dessa maneira abrir-se-á a Tua porta, para nos conceder
a verdadeira Paz, que só o vosso coração sabe dar aos que lhe pedem com fé,
esperança e confiança. Portanto, Senhor conceda-nos o verdadeiro Sábado, no
qual teremos a verdadeira paz e convosco haveremos de descansar eternamente!
Eu, Jair Ferreira da cidade de Cruz das Almas - Ba todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo.
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