17 de agosto
Apocalípse 11, 19ª; 12,1.3-6ª.10ab.
Salmo 44 (45),10b “Posta-se á vossa
direita a Rainha ornada de ouro de ofir”
2ª Leitura 1Cor 15, 20-27ª
Evangelho Lucas 1, 39-56
"O CÉU DE MARIA!"
.
Maria
foi assunta ao céu, elevada para junto de Deus em corpo e alma. Se Jesus nos
abriu as portas do céu que estavam fechadas, Maria foi o primeiro ser vivente a
entrar por ela. Na verdade, em Maria os Filhos degredados de Eva puderam sentir
o “gostinho” da volta ao Paraíso e viver de novo na plenitude da comunhão com
Deus, como era antes do pecado original. Na vida de Maria, desde o seu
nascimento, até a sua “dormição” como preferem denominar o término da sua vida
terrena os católicos ortodoxos, a gente vai aprendendo que o céu, dom de Deus,
é também uma conquista do homem.
A
partir de Jesus nos tornamos todos combatentes “Pois é preciso que ele reine,
até que todos os seus inimigos estejam debaixo dos seus pés. O último inimigo a
ser derrotado é a morte” afirma o apóstolo Paulo na segunda leitura desse
domingo em 1Cor 15, 20-27, mostrando-nos que a conquista do céu vai acontecendo
na medida em que, em nossa caminhada vamos combatendo e destruindo as forças do
mal, que querem nos levar à morte, para longe de Deus e do seu Paraíso, que é o
nosso destino glorioso.
É
assim que a vitória de Cristo vai sendo confirmada, pois quando falamos que o
céu é dom que Deus nos concede, estaríamos sendo ingênuos se imaginarmos que
podemos conquistá-lo sem nenhum esforço. Mas o que mais nos surpreende nessa
liturgia Mariana é a bela visão apocalíptica de João na primeira leitura, que
vê no céu o sinal de uma mulher Guerreira, destemida e Vitoriosa, imagem que a
Igreja atribuiu a Maria, pois para chegar vitoriosa no céu, Maria foi também
vitoriosa na terra, aliás, a partir da obra que Deus realizou em Maria, o céu
desceu a terra. “Uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés, e sobre
a cabeça uma coroa de doze estrelas”.
A
visão do mal sempre é aterradora, mesmo em uma linguagem simbólica e figurativa
como a de João “Um Dragão de sete cabeças e dez chifres, e sobre a cabeça sete
coroas” Quem é que não se assusta diante de um bicho feio como este, com tanta
força e poder?! Quem é que não se assusta com o mal hoje presente no mundo,
marcado por tanta violência, medo, insegurança e o terror? Mas no espaço do
céu, que é o lugar de Deus, esse mal tem o poder limitado. “Sua cauda varria apenas
um terço das estrelas, atirando-as sobre a terra”, ou seja, a força do bem
presente em Maria, consegue neutralizar as forças avassaladoras do mal. Mas
quem é essa mulher ousada e vitoriosa, que chamamos de Mãe?
No
evangelho festivo da Festa da Assunção, na catequese de Lucas percebemos algo
encantador, que faz a diferença na vida de Maria, e que faz a diferença nossa
vida também: A Força do Espírito de Deus! Prestemos atenção nas expressões
verbais colocadas por Lucas, e que indicam uma ação imediata: Maria partiu –
dirigindo-se apressadamente – entrou na casa e cumprimentou Isabel. Maria, essa
mulher Guerreira e Vitoriosa, deixa-se mover no dinamismo do Espírito de Deus.
Sua vida pacata na pequena Nazaré passa por uma “sacudida”, a partir de então,
ela se moverá a partir do Espírito de Deus presente nela e que irá
impulsioná-la a sair de Nazaré e a sair de si mesma, abrindo-se cada vez mais
para Deus e os irmãos e Maria diante da revelação do anjo descobre a sua
vocação de servir “Eis aqui a serva do Senhor...”
Tudo
começou quando ela se fez pequena diante de Deus, é aí que o céu já começa a
acontecer em sua vida. Quando os homens descobrem nessa vida a vocação para o
amor, o céu já se faz presente. A entrada de Maria no céu, na Festa da
Assunção, é apenas uma referência de sua glória, esta glória do Senhor que a
envolveu totalmente, fazendo-a viver para Deus, sem deixar de viver para os
irmãos. E quais são as conseqüências, na vida de Maria e em nossa vida, quando
nos deixamos mover pelo Espírito Santo presente em nós? Isso é fácil de
perceber nessa catequese de Lucas, olhando para a reação de Isabel - “Logo que
a sua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria em meu
ventre”. Quem é de Deus e a ele pertence e se entrega, transmite a paz
verdadeira, o Shalon que traz alegria.
Quando
o evangelho narra que Maria saudou Isabel, não foi uma saudação costumeira de
Bom Dia ou Boa Tarde, mas sim a saudação desejando a Paz. Maria é anunciadora
da Paz e portadora da Salvação, pois ali, naquela região montanhosa em casa de
Israel, o Espírito de Deus transbordante em Maria, preenche também a Isabel e
lhe revela: Chegou o Salvador, Deus já está entre vós! João dá cambalhotas no
ventre de sua mãe e com ele a humanidade inteira pode pular e cantar, dançar e
extravasar sua alegria: Jesus já chegou! Chegou através dos pobres e pequenos
como Maria e Isabel.
Nossos
sonhos e esperança de chegar a esse céu das plenitudes como Maria, já começa a
se tornar feliz realidade quando descobrimos a nossa vocação para o amor e o
serviço, tornando-nos também portadores dessa Paz e alegria, que vem do
Espírito de Deus presente em nós. SALVE MARIA! ( Diácono José da Cruz - Paróquia Nossa Senhora
Consolata - Votorantiom SP - E-mail jotacruz3051@gmail.com)
Eu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
ResponderExcluir