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terça-feira, 30 de junho de 2015

-UM PROFETA SÓ NÃO É ESTIMADO EM SUA PÁTRIA-José Salviano

14º DOMINGO TEMPO COMUM

5 de Julho de 2015
Ano  B

Evangelho - Mc 6,1-6


PRIMEIRA LEITURA
         Deus  nos repreende com energia quando, uma vez que atendendo o seu chamado vivemos em sua presença, e em seguida por algum motivo pessoal ou por influência de amigos ou do mundo nos afastamos d'Ele. Por que Deus é exigente para com aqueles que Ele escolheu. Se você é um escolhido(a) trate de andar na linha, trate de preservar a sua fé, e acima de tudo a prática dela.
SALMO
         Nos momentos de dores e de sofrimentos, nos  esqueçamos de   que precisamos recorrer à misericórdia do Pai, precisamos pedir piedade, erguendo as mãos e os olhos para o alto, como o fez o próprio Jesus em suas orações.

SEGUNDA LEITURA

"Basta-te a minha graça. Pois é na fraqueza que a força se manifesta”.
Caríssimos. O tamanho e a força da nossa fé é medida na hora do desespero, do sofrimento, da dor. Aquele(a) que tem uma fé pequena, e fraca, facilmente se desespera nesses momentos. Mas o cristão autêntico, aquele que depositou sua confiança na misericórdia de Deus, não se desespera na hora que a casa cai.
"Eis porque eu me comprazo nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições".  Ser perseguido é uma constante, uma característica da vida do cristão. Seja por aqueles a quem denunciamos a suas injustiças, seja por outros que nos invejam, e procuram embaçar o nosso brilho, para que o seu pouco brilho seja visto. Na verdade, não temos nenhum brilho, pois somos como um espelho.  Refletimos o brilho daquele que é a Luz do mundo. E pobre de nós, se vivemos neste mundo preocupados em brilhar, em impressionar, em ser o melhor, o mais santo. Pobre de nós.
Um dia os apóstolos vinham pelo caminho discutindo qual deles era o mais importante. Jesus os repreendeu, dizendo: " Se não vos tornar puros, ou inocentes como uma criança, não entrareis no Reino dos Céus..."   
         É uma coisa muito feia a inveja entre os próprios catequistas. Isso não pode estar acontecendo em nossas comunidades. Precisamos acolher o catequista competente, aquele que estuda, que lê bastante, aquele que pratica a palavra e a explica com alegria, boa vontade, e com muita fluência. Pois é disso que a Igreja e o mundo está precisando. Porque a nossa catequese anda muito fraca. E o resultado disso é a enorme quantidade de pessoas indiferentes, de almas perdidas diante das propostas enganosas do maligno, e das ilusões do mundo atual.
         Meus irmãos, e minhas irmãs.  Não busquemos a glória desse mundo cheio de mentiras, e enganações, mas sim a glória de Cristo, aquele que sendo o Filho de Deus, veio ao mundo para servir, chegando a lavar os pés dos apóstolos. 
         A competição, a rivalidade, não deve acontecer entre nós. Mas sim, o amor fraterno, incluindo sim, a correção fraterna. Pois o cristianismo ganha força e cresce na credibilidade entre os demais fiéis, quando todos da comunidade se empenham em viver como irmãos e irmãs, aceitando uns aos outros como eles o são, e procurando corrigir fraternalmente as suas arestas. Agindo assim, estamos atendendo ao apelo de Jesus: "Para que todos sejam um". Agindo assim, estamos colaborando para que haja UNIDADE NA IGREJA.  Portanto, meus irmãos, nada de RIVALIDADES, nada de procurar ver quem é o maior, o melhor, o mais santo, o mais competente, o que fala mais bonito de todos. Pelo contrário, o verdadeiro cristão, a verdadeira cristã,  busca a integridade, a integração, o acolhimento, a ajuda mútua, o apoio, a benevolência de uns com os outros na comunidade. Se todos forem unidos na fé, e principalmente na prática da fé, verão que a fraqueza de cada um é superada pela força da união, pela força de todos que agem na harmonia movida pela graça do Senhor e pelo amor de Cristo,  COMO SE TODOS FOSSEM UM.  E assim, ... quando eu me sinto fraco, é então que sou forte...

EVANGELHO
        
         Jesus fez uma visita a sua terra natal. A vila de Nazaré, onde Ele passou sua infância, naquele vilarejo sem importância política nem econômica. Era realmente, um lugar humilde.
         E Jesus vai a Sinagoga, e como era de costume, Ele faz a leitura das escrituras e em seguida fez um excelente comentário, uma excelente homilia ou como queira, um belo sermão. E todos ficaram de boca aberta, admirados com a sabedoria de Jesus, principalmente por Ele ser apenas o filho do carpinteiro, e portanto, não teria condições de falar daquele jeito, demonstrando uma sabedoria excepcional. Todos ali sabiam que Jesus não teria estudado as escrituras, muito menos ter feito nenhum curso aprofundado como os doutores da Lei.
Mal sabiam eles que Jesus era o próprio Filho de Deus feito homem, e por isso sabia de tudo.
         Muitos ficaram admirados com a sabedoria de Jesus, principalmente os fariseus e doutores da Lei, pois não podiam se conformar  com o que estavam presenciando. Ninguém poderia saber mais do que eles! E dessa forma, Jesus estava incomodando muito pois sendo o próprio Deus, Ele sabia tudo. 
         Jesus, apesar de não ser aceito e autorizado pelos líderes judaicos, os quais o consideravam um impostor, continuava a fazer o seu trabalho pelos ensinamentos da verdade, ensinamentos esses que não conferiam com os ensinamentos dos mestres judaicos. Pelo contrário, volta e meia Jesus rebatia aquela prática injusta da Lei de Moisés, vivida pela elite religiosa. Muitos daquele lugar, por causa disso já começavam a olhar Jesus com outros olhos, e foi aí que o Filho de Deus se proclamou  Profeta, dizendo: "Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares".
         As pessoas ali presentes na Sinagoga não se conformavam. E perguntaram: Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria? No nosso meio também acontecem coisas parecidas. Quando um jovem bem nascido, da classe média ou mesmo da alta, se manifesta com um excelente desempenho, todos do seu nível acham normal. Porém, se um nordestino esforçado após muito estudo fizer uma demonstração de competência, de sabedoria, uma proeza, todos vão questionar: Ei! o que é isso? Quem ele pensa que é? Ele não é apenas um baiano? Não é o filho daquele que veio do Norte a pé? kkk...
Caríssimos. Não fiquem tristes, nem desapontados quando vocês tentar semear a palavra de Deus em sua família e  aí encontrar a maior resistência que se manifestará através de chacota, risos, e um ar de quem está pensando: Olha só quem está falando isso".  Não ligue, e pense em Jesus, aquele que tem todo o poder no Céu e na Terra, mais que foi ignorado em sua cidadezinha natal, pelos amigos e familiares.
Infelizmente é assim mesmo que funciona. Neste caso, pega a sua viola e vá cantar em outro lugar. Mas nunca desanime. Viu?

Bom domingo, José Salviano.


3 comentários:

  1. José Salviano; ótima reflexão, um abraço e que Deus o abençoe.

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  2. José Salviano; ótima reflexão, um abraço e que Deus o abençoe.

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  3. Que reflexão maravilhosa e de fácil entendimento.
    Parabens José Salviano!

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