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sexta-feira, 12 de junho de 2015

A casa construída sobre a rocha e a casa construída sobre a areia-Canção Nova

25- de Junho-Quinta - Evangelho - Mt 7,21-29


As imagens do homem prudente e do homem insensato, e o diferente resultado do modo de agir de um e de outro, correspondem às fórmulas da aliança de Deus com Israel que se concluem com as bênçãos e com as maldições. Tais bênçãos e maldições dependem da consistência do meu e do seu agir e do fundamento sobre o qual se apoiam.
É certamente mais custoso construir sobre a rocha do que construir sobre a areia. Mas a casa construída sobre a rocha é sólida e resiste aos temporais e às enxurradas, enquanto a que é construída sobre a areia facilmente se desmorona e cai em ruínas. A qualidade do fundamento é, pois, decisiva.
A Palavra de Jesus é o fundamento imperecível para apoiar as nossas obras e a nossa vida. Não são as emoções fáceis resultantes de milagres ou de manifestações espetaculares que dão fundamento seguro à nossa vida e à nossa realização pessoal, mas a obediência filial à vontade de Deus. Veja o que Jesus nos diz hoje: “Nem todo o que me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu”.
Meu irmão, o Advento é tempo de viver mais intensamente a esperança e de crescer na confiança, porque Deus prometeu e vem efetivamente nos salvar. Temos uma cidade forte. O Senhor nos protege, constrói para nós a paz. É preciso pôr a nossa confiança no Senhor, porque Ele é a rocha segura. É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar no homem.
“Abri-me as portas da justiça: quero entrar e dar graças ao Senhor”. Este é um dentre os inúmeros gritos de confiança – que escutamos durante o tempo do Advento – e que nos dão coragem e criam ao nosso redor uma atmosfera de tranquilidade e segurança.
O Evangelho diz-nos qual é o verdadeiro fundamento do discipulado e da nossa confiança. Não são as coisas extraordinárias – os exorcismos, as curas, os milagres – mas na Palavra devidamente escutada e posta em prática. Não é suficiente dizer: “Senhor, Senhor!” para ser verdadeiro discípulo. É preciso obedecer à Palavra do Senhor encarnada na vida. Também não posso fundamentar a minha vida no excepcional, no aparente ou na vaidade das minhas realizações efêmeras. Com isso, só “mascaro” a inconsistência da minha vida, esquecendo-me de que, mesmo os menores gestos de bem que eu possa realizar, são dom da graça que exige humildade e reconhecimento.
E, se repentinamente me vejo confrontado com a minha fragilidade, deixo-me tomar pelo terror e pelo desespero – como quando cai uma casa – porque verifico que não tenho morada na cidade forte, habitada exclusivamente por um povo justo que cumpre com os seus compromissos e fundamenta sua existência no Senhor, rocha eterna.
Diferente será minha sorte se eu apoiar minha vida na Palavra do Senhor. Ela será para mim solidez e proteção. Quem se gloria unicamente na bondade do Senhor, vê abrirem-se-lhe as portas da cidade forte. E, assim, poderá entrar no Reino do Filho muito amado do Pai. A promessa é de Jesus: “Quem ouve as minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha firme”.
Padre Bantu Mendonça


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