PEDIDO DE ORAÇÃO
Prezados irmãos. Solicitamos suas orações pela
saúde de Bete: Esposa de nosso colaborador Jorge Lorente.
Muito obrigado!
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Evangelhos
Dominicais Comentados
05/julho/2015 – 14o Domingo do Tempo Comum
Evangelho: (Mc 6, 1-6)
Jesus foi para sua terra, acompanhado de seus discípulos. Chegado o
sábado, pôs-se a ensinar na sinagoga. Muitos que o ouviam se admiravam e
diziam: “Donde lhe vem tudo isso? Que sabedoria é essa que lhe foi dada? E
estes milagres que se fazem por suas mãos? Não é ele o carpinteiro, o filho de
Maria o, irmão de Tiago, de José, de Judas e Simão? E as suas irmãs não vivem
aqui entre nós?” E não queriam acreditar nele. Jesus, porém, lhes dizia: “Um
profeta só é desprezado em sua terra, entre seus parentes e em sua própria
casa”. E não pôde fazer ali nenhum milagre. Curou apenas alguns doentes,
impondo-lhes as mãos. E ficou admirado com a falta de fé deles.
COMENTÁRIO
Vamos iniciar nossa meditação
de hoje desejando muita paz para você conterrânea e conterrâneo amigo.
Conterrâneo... essa palavra é bastante utilizada no norte e nordeste do Brasil
e tem o mesmo significado de concidadão, compatriota ou patrício. São pessoas
nascidas na mesma terra, na mesma cidade.
No evangelho de hoje, Jesus
aparece entre seus amigos de infância. Rodeado por pessoas, de todas as idades,
que o conheciam desde pequeno. Muitos dos presentes devem ter frequentado a
mesma escola e partilhado, com Ele, dos mesmos brinquedos.
Sabendo de tudo isso, não
conseguiam aceitar que um "conterrâneo", alguém nascido e criado ali,
pudesse demonstrar tanta sabedoria e realizar milagres. Não é fácil admitir,
mas realmente, é difícil de aceitar que as virtudes possam estar presentes nas
pessoas humildes ou num simples carpinteiro.
Assim como eu, você também já
deve ter comprado eletroeletrônicos, eletrodomésticos, roupas, relógios,
brinquedos e outras centenas de produtos importados, crente que eles nunca
iriam quebrar. Infelizmente é assim que pensamos. O simples fato de serem
importados traz a sensação de serem superiores em qualidade e resistência.
Parecem até mais bonitos e
bem acabados que os nossos. Chega a ser desleal a concorrência quando comparamos
esses produtos com os nacionais. Por mais que se queira disfarçar, existe um
grande preconceito quanto aos produtos fabricados em nosso país, em relação aos
importados.
O mesmo acontece com as
pessoas, profissões e entidades. Não vamos contestar os recursos técnicos e a
capacidade de alguns profissionais, mas a verdade é que esperamos verdadeiros
milagres dos médicos do exterior e, diante de uma simples dor de cabeça, não
acreditamos no poder de cura do analgésico, só porque foi receitado pelo médico
do Posto de Saúde.
Os mais abastados fretam
avião, hospedam-se em hotéis luxuosos e pagam "fortunas" por uma
consulta médica no exterior, enquanto em sua terra estão excelentes
profissionais, muito conhecidos e afamados lá fora.
Mas, pelo visto, não é
novidade esse modo de pensar e agir. Jesus também foi rejeitado, teve que
exercer seu ministério longe da sua terra.
O evangelista diz que:
"Ficaram escandalizados por causa dele". Seus amigos e vizinhos se
escandalizaram com a sabedoria, com as palavras e com os milagres que estava
fazendo um simples jovem, filho daquela terra.
Também não é novidade que o
profeta não é bem aceito, pois suas palavras incomodam, machucam. Geralmente,
não é bem vindo quem diz verdades, quem luta por igualdade e prega honestidade
e amor. Generalizando: esse nós afastamos, ou nos afastamos dele. Quanto mais
distante, melhor.
Não quero parecer maldoso,
mas quantas vezes recebemos como verdadeiro herói aquele mau caráter de
colarinho branco. Cheios de admiração nós enaltecemos aquele que lesa as
pessoas e o patrimônio público. Não raro, até banda de música está presente na
recepção de um famoso chantagista.
Jesus fica admirado com a
falta de fé que encontra ali e, diante da incompreensão do povo, deve ter dito
para si próprio: “Só mesmo tentando nos povoados da redondeza, pois em lugar
como este, não dá para fazer milagres!”
(2445)
Jorge.lorente@miliciadaimaculada.org.br –
05/julho/2015
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