30- de Junho-Terça
- Evangelho - Mt 8,23-27
Bom
dia!
Qual
é o limite que suportam nossas forças? Sabemos até onde podemos chegar ou
suportar antes de “entregar os pontos”?
A
tolerância que temos para suportar as pressões pode sim variar de pessoa para pessoa
e conforme o que estamos passando sendo assim, a fé também pode ser umas das
possíveis vítimas. Ela (a fé) pode sofrer abalos momentâneos ou duradouros
quando somos submetidos diretamente ao sofrimento em especial, nas situações de
sofrimento ou penúria imposta pelas moléstias (doenças) ou pela morte.
Quantas
pessoas que ao passar por momentos de profundo e intenso estresse sucumbiram à
descrença? Quantas que desistiram ao ver seu mundo virar ao avesso?
Moisés
certa vez, cansado da incredulidade e “pedição” do povo, desconta toda sua
raiva e decepção num rochedo que “se nega” a dar água da primeira vez que é
solicitado e que precisa ser novamente atingido para que se contentasse o povo
descrente. Deus concedeu muito a Moisés, mas naquele momento o humano “escapou”
do divino e a raiva tomou conta. Somos assim também.
“(…)
Em seguida, tendo Moisés e Aarão convocado a assembléia diante do rochedo,
disse-lhes Moisés: ‘Ouvi, rebeldes: acaso faremos nós brotar água deste
rochedo? Moisés levantou a mão e feriu o rochedo com a sua vara duas vezes; as
águas jorraram em abundância, de sorte que beberam, o povo e os animais. Em
seguida, disse o Senhor a Moisés e Aarão: “Porque faltastes à confiança em mim
para fazer brilhar a minha santidade aos olhos dos israelitas, não
introduzireis esta assembléia na terra que lhe destino’“. (Números 20, 10-12)
Como
enxergamos as fatalidades? Como vemos a morte? Em ambas as perguntas a resposta
deveria vir precedida da palavra DEPENDE.
Sim!
A resposta é proporcional a importância que damos a pergunta. Como assim? A
fatalidade geralmente acontece na casa dos outros, mas quando ocorre no nosso
quintal é catástrofe!
Anos
e anos de RCC (Renovação Carismática Católica) me ensinaram e fizeram refletir
algo que carrego no meu exercício como ministro: Quem nos procura volta pra
casa com algo melhor? Será que estamos ensinando o que Jesus nos pediu?
O
próprio documento de Aparecida nos sugere um ensino querigmático, ou seja, com
foco no anúncio da Boa Nova, mas por que muitos grupos, pastorais, homilias e
pregações dão tanta importância ao povo “pidão” que insiste em ver a água
brotar da terra ao invés de educar? Temos em nosso conviver um povo que tem
medo de enfrentar as tempestades e já no primeiro vento acorda Jesus. O foco do
QUERIGMA é ensinar que antes de gritar é ACREDITAR QUE JESUS ESTA NO BARCO!
Não
quero aqui diminuir a dor de quem sofre fisicamente com uma doença ou uma
perda, mas dar a ela um sentido que gere o conforto. Deus esta no Barco! Creia!
Lembrei
de outra passagem em que o apóstolo dos gentios, Paulo, ia em direção a Roma
para ser julgado. A vontade de ser levado a Roma o fez enfrentar uma tremenda
tempestade que sacudia o barco e tudo levava a crer que o viraria e levaria
todos os ocupantes a morte. Lançaram ao mar todo material que podia ser
desprezado e ao final restando apenas a tripulação veio a idéia de pularem no
mar. Paulo então diz:
“(…)
Desde muito tempo ninguém havia comido nada. Paulo levantou-se no meio deles e
disse: Amigos, deveras devíeis ter-me atendido e não ter saído de Creta, e
assim evitar esse perigo e essas perdas. Agora, porém, vos admoesto a QUE
TENHAIS CORAGEM, POIS NÃO PERECERÁ NENHUM DE VÓS, MAS SOMENTE O NAVIO. Esta
noite apareceu-me um anjo de Deus, a quem pertenço e a quem sirvo, o qual me disse
Não temas, Paulo. É necessário que compareças diante de César. Deus deu-te
todos os que navegam contigo. POR ISSO, AMIGOS, CORAGEM! EU CONFIO EM DEUS QUE
HÁ DE ACONTECER COMO ME FOI DITO. VAMOS DAR A UMA ILHA“. (Atos 27, 21-26)
Não
abandonemos o barco, haverá sempre uma ilha.
Pessoas
que passaram por grandes tormentas na vida testemunham que em um dado momento,
quando viam a esperança a certa distancia, perceberam a mudança no sentido do
vento. No olho do furação que viviam, Deus concedia pela fé uma ilha de
tranqüilidade a aqueles que não desistiam. Derrotas, percas, tormentas, [...]
também nos ensinam, mesmo que duramente, no entanto é preciso crer que
venceremos.
Por
fim, saiba que ACREDITAR, no dicionário, vem antes de gritar, portanto, não
pule do barco!
Um
imenso abraço fraterno!
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