12º DOMINGO DO TEMPO COMUM 21/06/2015
1ª Leitura Jó, 38-1.8-11
Salmo 106/107 “Porque eterna é a sua misericórdia”
2ª Leitura 2Coríntios 5, 14-17
Evangelho Marcos 4,35-41
Até um bom período da minha idade adulta, inclusive já casado, eu
tinha fobia de temporal, bastava o céu escurecer, ou o estampido de um
relâmpago seguido de um trovão, e eu entrava em pânico, me fechando no quarto e
me cobrindo com cobertor e travesseiro na cabeça, mesmo que morresse de calor e
transpirasse em bicas. Claro que se tratava de uma fobia que depois foi curada
com um Médico Naturalista, mas quem não tem medo das Forças da Natureza?
Terremotos, Maremotos, tempestades, Vendavais, porque é uma Força sobre a qual
o homem não tem nenhum domínio ou pode, e a Tecnologia avançada, apenas permite
a prevenção, detectando quando algo está por acontecer, nas regiões mais
críticas da terra.
Nossa Vida de Cristãos é uma constante travessia para a outra
margem, nunca vamos sozinhos, mas sim na barca de Pedro que não é nenhum
transatlântico, mas uma barca aparentemente frágil, que navega sempre em águas
agitadas em meio a grande tormenta, cujas águas revoltas parecem que vão
afundar para sempre essa barca. Jesus está na barca, mas é como se não
estivesse, pois dorme tranquilamente, com a cabeça recostada em um travesseiro.
Esse detalhe foi o apóstolo Pedro quem contou ao evangelista Marcos.
Os discípulos apavorados gritam e reclamam “Mestre, não te importas
que pereçamos? ”. Jesus está ali e as forças da natureza lhe são submissas,
jamais o barco afundaria. As Forças do Mal sempre querem detonar a nossa
Igreja, não conseguirão jamais, porque não se trata de um Projeto meramente
humano, mas Divino. Então como entender a aparente ausência de Jesus? Há
momentos em que as coisas não vão bem na nossa comunidade, na Paróquia ou na
Diocese...Afinal, onde está Jesus? Estaria dormindo, com a cabeça recostada em
um travesseiro, como relatou Marcos? Claro que não!
Ele está em todas as pessoas de bem, que creem e estão
comprometidos com o seu projeto. As ações tomadas em determinadas
circunstâncias, são na verdade divinas, o Espírito Santo impulsiona as pessoas
da Igreja a agirem, a pensarem, a tomarem decisões, a fazerem escolhas. Eu
observava o nosso Arcebispo dia desses em uma audiência pública na câmara
Municipal da cidade sede da Arquidiocese. Havia um grande número de cristãos,
graças a Deus, mas havia também um grupo que rechaçava as palavras do Pastor,
esbravejavam contra o Ensino Religioso e defendiam a Ideologia de Gêneros,
opondo-se contra o Projeto Original Divino. O Arcebispo manteve-se sereno em
todo o tempo e ao final recebeu o apoio, o abraço e o carinho das ovelhas que
foram ao seu encontro no corredor da Casa de Leis.
Quem falou nele? O próprio Cristo! As ovelhas o buscam porque o
conhecem e ouvem sua voz e não a dos mercenários que as tenta iludir com
projetos humanos, elaborados a partir do egoísmo e egocentrismo. Em momento de
tensão, insegurança, medo, porque não se sabe qual será a reação do outro
grupo, a Verdade é proferida e o Mal tem que recuar. Em seu Espírito Jesus age,
fala, pensa, argumenta, motiva um raciocínio claro que defende a causa do seu
Reino. São nossos Pastores, o sacerdote, os Dirigentes da nossa Igreja. Quando
achamos que Jesus não age Neles, coisa nenhuma, porque são todos pecadores,
repetimos a queixa dos apóstolos “Senhor, não te importas que pereçamos?!”.
Temos que confiar na Graça Santificante e Operante que age sim, em nossos
pastores. Afinal, em 2015 anos de travessia desse imenso Mar da Galileia, que é
a História da Humanidade, sempre através de homens, na hora certa Ele agiu e a
barca nunca afundou e nem afundará, ao contrário dos gigantescos
Transatlânticos, construídos por projetos megalomaníacos, e que não resistem as
águas revoltas....(Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata –
Votorantim SP – Email cruzsm@uol.com.br)
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