19/06/15 – 6ª.feira XI semana comum – 2 Coríntios 11, 18.21-30 –
“fraco com os fracos ”
São Paulo desabafa diante dos seus seguidores e, com verdadeira
sinceridade, continua falando de todas as grandes dificuldades pelas quais teve
que passar a fim de ser fiel ao chamado de Cristo. Neste relato nós percebemos
que ele foi perseguido até pelos seguidores de Cristo que não o legitimavam,
por causa de que no passado tivesse perseguido a Igreja de Cristo. Na nossa
vida também sempre há barreiras que se propõem a nos afastar da nossa
verdadeira conversão. Às vezes, o nosso passado também nos condena porque não
fazemos parte do bloco escolhido antes, porque não havíamos nos apropriado do
nosso chamado. Deus nos chamou desde o nosso Batismo para sermos Seus filhos e
filhas. Precisamos, porém, estar firmes e convencidos de que fomos comprados
pelo sangue precioso de Seu Filho Jesus Cristo e batizados na Sua Morte e
Ressurreição. Pelo nosso Batismo nós também somos chamados a viver a nova vida
no Espírito Santo e, portanto, possuímos na nossa carteira de identidade do
cristão, todas as características próprias do seu seguimento, inclusive as
tribulações. Portanto, é fiel ao seu chamado todo aquele (a) que continua de
pé, apesar de toda oposição. Em Jesus nós recebemos a graça da disposição para
sermos fracos com o fraco , solícitos com os necessitados, mesmo
que estejamos no mais “alto posto” hierárquico. Em Jesus nós também recebemos a
força para enfrentar “trabalhos e
fadigas, inúmeras vigílias, fome e sede, jejuns, frio e nudez!” Portanto,
ninguém pode nos deslegitimar mesmo que no passado nós não tenhamos sido fiéis
ao nosso Batismo. – Você tem convicção de que foi chamado (a) por Deus para
construir o Seu reino aqui na terra? – Você tem consciência da graça que
recebeu no Batismo? – Você se admira quando é perseguido (a) na sua resolução
de ser cristão? – Você tem cedido às provocações ou permanecido firme no seu
ideal?
Salmo 33 – “O Senhor liberta os justos de todas as angústias”
Faz parte da nossa vivência de filhos e filhas de Deus a
conscientização de que Ele nos ampara em todas as situações da nossa vida. Por
isso, mesmo antes que sejamos afligidos nós já podemos bendizê-Lo
incessantemente. Não precisamos nos abater quando sobre nós vier a angústia,
pois o Senhor já ouviu o nosso grito de louvor e já tomou providências a nosso
favor. O nosso louvor engrandece o Senhor e nos alegra o coração. Louvemos o
Senhor!
Evangelho – Mateus 6, 19-23 – “os valores que permanecerão conosco
até o céu ”
Todos nós precisaríamos ter consciência de que as coisas pelas
quais lutamos diariamente, assim como também o que vivenciamos e experimentamos
são responsáveis pela nossa qualidade de vida aqui na terra. Se trabalharmos e
lutarmos por muito dinheiro, sucesso, status, se nos esbaldarmos para adquirir
bens materiais que nunca alcançam a marca do chegar, isto é, que não têm um
limite, nós estamos sendo inconsequentes, perseguindo um alvo ilusório que não
tem consistência e no final da nossa vida restará somente o vazio. As nossas
boas ou más ações, o amor ou o desamor com que vivemos têm origem a partir dos
nossos pensamentos, das nossas deliberações e resoluções. No nosso coração nós abrigamos os nossos
desejos, anseios, ideais, sentimentos. É nele onde é forjada a nossa
mentalidade, o sentido pelo qual agimos e fazemos as coisas. O nosso ideal de vida e o objetivo das
nossas ações darão o rumo da nossa caminhada, para o céu ou para fora dele. É
de dentro do nosso coração também que refletimos a luz que ilumina as nossas
ações e reações. A nossa maneira de ver e entender as coisas, a nossa visão
espiritual e emocional, dá o sinal para que saibamos se a luz que existe em
nós, é escuridão ou é fulgor e limpidez.
Por isso, diante dos conselhos de Jesus nós precisamos identificar com
muita sinceridade qual o tesouro pelo qual estamos trabalhando e, se os bens
que buscamos com tanta ansiedade, são verdadeiramente os que a nossa alma
anseia ou apenas fazem parte dos desejos da nossa humanidade. Precisamos discernir
se estamos amealhando dentro do nosso coração bens duradouros ou se estamos
fazendo dele (coração), um celeiro das coisas que só nos servem para esta vida
terrena. Se estivermos vivendo assim, com certeza, o tesouro, material que
perseguimos deve estar ocupando um espaço precioso que deveria ser preenchido
com os valores que permanecerão conosco até o céu. Nós juntamos tesouro na terra quando
procuramos agradar o mundo vivendo em função daquilo que ele valoriza como o
dinheiro, a fama e o poder e esquecemo-nos de viver o amor, a fraternidade e a
justiça. – Onde está o seu coração? –
Qual o tesouro que você está guardando nele? – Qual é a sua razão de viver e de
lutar? – Qual é a visão que você tem do mundo e das pessoas? – Você vê de
acordo com a ótica de Deus? – Para você
o que é que tem valor neste mundo? – Você tem consciência da brevidade da sua
vida? – Os bens que você tem amealhado têm serventia para a outra vida?
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