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terça-feira, 16 de junho de 2015

Os valores que permanecerão conosco até o céu-Helena Serpa


19/06/15 – 6ª.feira XI semana comum – 2 Coríntios 11, 18.21-30 – “fraco com os fracos
São Paulo desabafa diante dos seus seguidores e, com verdadeira sinceridade, continua falando de todas as grandes dificuldades pelas quais teve que passar a fim de ser fiel ao chamado de Cristo. Neste relato nós percebemos que ele foi perseguido até pelos seguidores de Cristo que não o legitimavam, por causa de que no passado tivesse perseguido a Igreja de Cristo. Na nossa vida também sempre há barreiras que se propõem a nos afastar da nossa verdadeira conversão. Às vezes, o nosso passado também nos condena porque não fazemos parte do bloco escolhido antes, porque não havíamos nos apropriado do nosso chamado. Deus nos chamou desde o nosso Batismo para sermos Seus filhos e filhas. Precisamos, porém, estar firmes e convencidos de que fomos comprados pelo sangue precioso de Seu Filho Jesus Cristo e batizados na Sua Morte e Ressurreição. Pelo nosso Batismo nós também somos chamados a viver a nova vida no Espírito Santo e, portanto, possuímos na nossa carteira de identidade do cristão, todas as características próprias do seu seguimento, inclusive as tribulações. Portanto, é fiel ao seu chamado todo aquele (a) que continua de pé, apesar de toda oposição. Em Jesus nós recebemos a graça da disposição para sermos fracos  com o  fraco , solícitos com os necessitados, mesmo que estejamos no mais “alto posto” hierárquico. Em Jesus nós também recebemos a força para enfrentar “trabalhos e fadigas, inúmeras vigílias, fome e sede, jejuns, frio e nudez!” Portanto, ninguém pode nos deslegitimar mesmo que no passado nós não tenhamos sido fiéis ao nosso Batismo. – Você tem convicção de que foi chamado (a) por Deus para construir o Seu reino aqui na terra? – Você tem consciência da graça que recebeu no Batismo? – Você se admira quando é perseguido (a) na sua resolução de ser cristão? – Você tem cedido às provocações ou permanecido firme no seu ideal?   


Salmo 33 – “O Senhor liberta os justos de todas as angústias”
Faz parte da nossa vivência de filhos e filhas de Deus a conscientização de que Ele nos ampara em todas as situações da nossa vida. Por isso, mesmo antes que sejamos afligidos nós já podemos bendizê-Lo incessantemente. Não precisamos nos abater quando sobre nós vier a angústia, pois o Senhor já ouviu o nosso grito de louvor e já tomou providências a nosso favor. O nosso louvor engrandece o Senhor e nos alegra o coração. Louvemos o Senhor!

Evangelho – Mateus 6, 19-23 – “os valores que permanecerão conosco até o céu ” 
Todos nós precisaríamos ter consciência de que as coisas pelas quais lutamos diariamente, assim como também o que vivenciamos e experimentamos são responsáveis pela nossa qualidade de vida aqui na terra. Se trabalharmos e lutarmos por muito dinheiro, sucesso, status, se nos esbaldarmos para adquirir bens materiais que nunca alcançam a marca do chegar, isto é, que não têm um limite, nós estamos sendo inconsequentes, perseguindo um alvo ilusório que não tem consistência e no final da nossa vida restará somente o vazio. As nossas boas ou más ações, o amor ou o desamor com que vivemos têm origem a partir dos nossos pensamentos, das nossas deliberações e resoluções.  No nosso coração nós abrigamos os nossos desejos, anseios, ideais, sentimentos. É nele onde é forjada a nossa mentalidade, o sentido pelo qual agimos e fazemos as coisas.   O nosso ideal de vida e o objetivo das nossas ações darão o rumo da nossa caminhada, para o céu ou para fora dele. É de dentro do nosso coração também que refletimos a luz que ilumina as nossas ações e reações. A nossa maneira de ver e entender as coisas, a nossa visão espiritual e emocional, dá o sinal para que saibamos se a luz que existe em nós, é escuridão ou é fulgor e limpidez.   Por isso, diante dos conselhos de Jesus nós precisamos identificar com muita sinceridade qual o tesouro pelo qual estamos trabalhando e, se os bens que buscamos com tanta ansiedade, são verdadeiramente os que a nossa alma anseia ou apenas fazem parte dos desejos da nossa humanidade. Precisamos discernir se estamos amealhando dentro do nosso coração bens duradouros ou se estamos fazendo dele (coração), um celeiro das coisas que só nos servem para esta vida terrena. Se estivermos vivendo assim, com certeza, o tesouro, material que perseguimos deve estar ocupando um espaço precioso que deveria ser preenchido com os valores que permanecerão conosco até o céu.     Nós juntamos tesouro na terra quando procuramos agradar o mundo vivendo em função daquilo que ele valoriza como o dinheiro, a fama e o poder e esquecemo-nos de viver o amor, a fraternidade e a justiça.   – Onde está o seu coração? – Qual o tesouro que você está guardando nele? – Qual é a sua razão de viver e de lutar? – Qual é a visão que você tem do mundo e das pessoas? – Você vê de acordo com a ótica de Deus? –  Para você o que é que tem valor neste mundo? – Você tem consciência da brevidade da sua vida? – Os bens que você tem amealhado têm serventia para a outra vida?


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