Maria de Lourdes Cury Macedo
Domingo, 28 de junho de 2015
Dia 29 de junho
celebramos a festa de São Pedro, dia de sua morte.
Ele se chamava Simão, era Galileu e morava na cidade de
Cafarnaum, era um pescador, teimoso, explosivo, falava o que pensava e sentia,
era muito franco.
Um dia, perto do lago de Genesaré, Jesus o chamou e sem
vacilar, ele atendeu, deixou seu barco e as redes para se tornar “pescador de
homem”, isto é, conquistar homens e mulheres para seguir Jesus. Ele foi um dos
12 apóstolos de Jesus.
Quando Jesus olhou nos olhos de Simão sabia a missão que ele
seria capaz de realizar, por isso, Jesus muda o seu nome de Simão para Céfas.
Simão significa “broto de bambu”. Como é um broto de bambu? É uma haste fina,
mole e que balança no sentido do vento. Céfas, significa “pedra”, isto é,
Pedro, rocha forte, dura, resistente.
Com ele não aconteceu só a mudança do nome, mas da vida.
Depois que ele encontrou com Jesus nunca mais se afastou dele. Esteve presente
em muitos momentos da vida de Jesus.
Apesar de toda a sua teimosia e ignorância entre os doze
apóstolos foi Pedro que deu o primeiro testemunho de fé e reconhecimento.
Quando Jesus perguntou aos doze, quem vocês acham que eu sou? Pedro disse: “Tu
és o Cristo, o filho do Deus vivo”.
Jesus sentiu a força e a fé de Pedro e lhe disse: “Pedro tu
és pedra e sobre esta pedra eu construirei a minha Igreja, nada e nenhum mal
vai conseguir derrubá-la, ela será mais forte que tudo, você será o chefe da
Igreja, você conduzirá a minha Igreja”. Mt 16, 17-19
Depois que Jesus
voltou para Deus e enviou o Espírito Santo na festa de Pentecostes, Pedro, os
apóstolos e Maria estavam reunidos no cenáculo por isso ficaram encharcados do
Espírito Santo. Pedro repleto do Espírito Santo fez um discurso que converteu
mais de 3.000 pessoas para Jesus.
Pedro enfrentou todos em nome de Jesus, dirigiu os primeiros
passos da Igreja, mandava pregadores do Evangelho para outras partes do mundo.
Foi expulso das cidades, foi preso diversas vezes por pregar o nome de Jesus e
seus milagres, foi torturado, mas nunca se intimidou.
Em Roma ele foi martirizado, açoitado e pregado na cruz no
dia 29/06. Diz a tradição, que ele mesmo pediu para ser crucificado de cabeça para
baixo, por não se achar digno de morrer da mesma forma de Jesus.
Pedro foi o primeiro papa da Igreja e governou-a por
aproximadamente 33 anos.
Sua vida mostrou claramente a transformação de Simão, que
significa Broto de Bambu, para pedra, isto é, Pedro.
O que podemos imitar da vida de Pedro?
Podemos imitar sua persistência, sua coragem, sua
determinação, sua força, seu amor em anunciar o evangelho, em levar para frente
à missão confiada a ele por Jesus.
São Paulo
Celebramos São Paulo no dia 25 de janeiro e 29 de junho. Paulo
tinha dois nomes: Saulo e Paulo. Ele era judeu, soldado romano, era de uma
cidade chamada Tarso que fica na Turquia. Estudava as Sagradas Escrituras, o
Antigo Testamento. Mas como todo judeu apegado às leis, não aceitava Jesus como
o Messias enviado por Deus, mesmo sem ter conhecido Jesus. Por isso ele
perseguia os seguidores de Jesus com ódio mortal e aprovava os crimes cometidos
contra os cristãos. Entendia que os cristãos eram traidores da religião judaica,
a qual Saulo pertencia.
No
livro dos Atos 9,1-22 lemos que um dia em perseguição aos cristãos, no caminho
para a cidade de Damasco, Saulo se viu cercado por uma luz que vinha do céu e
que o deixou cego. Ele caiu do cavalo e ouviu uma voz que lhe falava: “Saulo,
Saulo por que me persegues?” Saulo perguntou: “Quem és tu Senhor?” A voz
respondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues”. Levante-se e entra na cidade,
que vão lhe falar o que você deve fazer. Ananias, um discípulo de Jesus,
impôs-lhe as mãos sobre Saulo e ele ficou curado. A partir daí ele se tornou um
homem novo, passou a usar o nome de Paulo, e daí para frente ninguém mais pode
com ele. Ele que tinha perseguido com ódio e fúria os cristãos passou a se
dedicar com amor, coragem, determinação e incansavelmente a ensinar o Evangelho
a todos os povos. Andou pelo mundo espalhando o Evangelho, levando a Boa-Nova à
todos.
Ele enfrentou
dificuldades, foi preso, naufragou, apanhou de vara, viajava sem descanso, foi
expulso de muitas cidades.
Os primeiros
cristãos não acreditavam que ele tinha se convertido, por isso, foi pregar no
meio de gente desconhecida, no meio de pagãos que não acreditavam num Deus
único, convertendo muita gente.
Paulo fundou
muitas comunidades em diversos lugares e países diferentes e quando ele ia embora
delas, escrevia cartas animando, orientando, ensinando, corrigindo, dando força
e coragem, mesmo de longe. No Novo Testamento temos 14 cartas que ele escreveu
às comunidades.
Jesus quando
voltou para Deus deixou esta ordem a todos: “Ide, anunciai o Evangelho a todos
até os confins da terra. . .” Paulo cumpriu fielmente à ordem de Jesus, levou o
nome de Jesus ressuscitado a todas as nações.
“Depois de Jesus, Paulo deve ser a pessoa mais influente na
história da fé cristã. A conversão de um inimigo zeloso dos cristãos para um
advogado incansável do evangelho, se classifica entre uma das histórias mais
dramáticas das escrituras. Seus anos de ministério o levaram a inúmeras cidades
na Ásia Menor e na Europa”.
Em Roma
possivelmente no ano 67 ele foi preso, maltratado, torturado e morto decapitado,
isto é, cortaram sua cabeça.
Em 2ª Tm
4,7, no fim de sua vida Paulo disse:
“Combati o bom combate, terminei a minha corrida, conservei a minha fé, agora
só me resta a coroa da justiça que o Senhor justo juiz me entregará naquele
dia”. Paulo não nasceu santo, ele se tornou santo depois da sua conversão.
Imitemos Paulo em
sua disponibilidade, fidelidade, perseverança, apesar das dificuldades, em
levar Jesus ressuscitado a todas as gentes e a todos os povos.
Conclusão: Ser
devoto de um santo não é só fazer pedido para ele, rezar, acender vela e ter
uma imagem dele em casa. Ser devoto de um santo é conhecer a vida dele e
procurar imitá-lo, vivendo, fazendo e sendo o que ele foi.
Maria de
Lourdes
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