A casa edificada sobre a rocha e sobre a areia-Claretianos

Sexta-feira, 25 de Junho de 2015

Guilherme, Máximo

Gênesis 16,1-12.15-16: Agar deu um filho a Abraão e ele o chamou Ismael
Salmo 105: Dai graças ao Senhor, pois ele é bom
Mateus 7,21-29: A casa edificada sobre a rocha e sobre a areia.

21 Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. 22 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? 23 E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus! 24 Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. 25 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha. 26 Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia. 27 Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína. 28 Quando Jesus terminou o discurso, a multidão ficou impressionada com a sua doutrina. 29 Com efeito, ele a ensinava como quem tinha autoridade e não como os seus escribas.

COMENTÁRIO

A autêntica religiosidade não é coisa de se ficar gritando todos os dias: “Senhor, Sehor!”, nem de andar buscando milagres, curas e exorcismos. A maior parte das vezes estas expressões se reduzem à pura manifestação da emotividade, porém não comprometem o cristão com os valores autênticos do Evangelho. Todas as exteriorizações religiosas cristãs são sãs na medida em que concorrem para a realização do grande ideal de Jesus de Nazaré: o reino. A comunidade crista é convidada a construir sua casa sobre a rocha, ou seja, sobre a prática de Jesus. As múltiplas manifestações piedosas, devocionais e emotivas são um chamado a ajudar o cristão a identificar-se com a proposta de Jesus e a motivá-lo ao seguimento. Porém, este último é o mais essencial e importante. A comunidade cristã nos deixou no Sermão da Montanha um ensinamento perene que culmina com esta comparação entre as duas casas. Os cristãos de cada época histórica têm a obrigação de cimentar suas opções no amor fraterno, na solidariedade e no perdão. A multidão que segue a Jesus reconhece nele a insólita capacidade de conectar o rigor das exigências éticas do Reino com as urgências cotidianas e a profundidade da mensagem com a simplicidade da exposição.