26 de Fevereiro
Evangelho Mc 9, 30-37
No tempo de Jesus a criança era
ignorada, para não dizer, desprezada, deixada de lado, ao ponto deles
nem contar as crianças.
Jesus inverte esses valores, e transforma a criança na pessoa mais
importante diante do Reino dos Céus. De modo que se quisermos entrar para a
glória eterna, teremos de nos tornar puros como elas.
A criança é inocente, pois ainda não experimentou o pecado. Com
exceção das crianças problemas que infernizam a vida e o trabalho dos
professores e professoras, toda criança é agradável. É bom explicar que as
crianças problemas são frutos de brigas e desavenças no lar, e por tanto, seu
mau comportamento não lhe imputa, necessariamente, uma culpabilidade. Pois os
verdadeiros culpados do seu desvio de conduta, ou extrema agressividade, são os
seus pais.
Nós precisamos ser puros e inocentes como uma criança. Porém, este
estado de pureza e de inocência, não será possível se não temos uma fé verdadeira
em Deus e em seus mistérios.
A falta de fé, ou a fé morna, é a causadora de muitas
desgraças neste mundo afora.
O ateísmo atual é bastante acentuado, sendo que muitos não plasmam
a sua prática de vida tendo em conta a presença de Deus no meio de nós. Eles
rejeitam a presença divina, e desse modo o ateísmo é o mais grave problema do
mundo atual pois dele se origina todo o mal. Tanto o mal desorganizado,
disperso, como o mal organizado.
O ateísmo no mundo é expressado ou manifestado pelo apego aos bens
materiais, especialmente ao dinheiro, e
pelos vários trâmites ou meios usados para se conseguir este dinheiro.
Propinas, falcatruas, desvios de verbas, e mesmo roubo ou assaltos.
Vivemos em um mundo em que uma grande parcela da sociedade vive um
MATERIALISMO PRÁTICO, o que significa limitar suas atividades vitais,
exclusivamente em uma prática voltada para o tempo e o espaço, em outras
palavras, para a realidade material.
Assim, nota-se uma tendência a se acreditar que o homem, é o seu
próprio fim em si mesmo. E que a vida se resume nesta experiência de vida
terrena. Podemos chamar a isso de HUMANISMO ATEU. Onde vemos o ser humano no
centro da atividade vital e Deus totalmente fora desta corrida para o nada, para
não dizer, corrida para o inferno, enquanto se vive nesta corrida existencial.
Esses acreditam que o homem ( e a mulher) é o único artífice do seu
próprio destino, da sua história, do seu sucesso ou do seu fracasso. Deus fica
fora de cogitação, pois para esses, o homem é o autor da sua libertação pela
via econômica e social.
E para eles, a religião só atrapalha esta suposta “libertação”,
pois ela, a religião, funcionaria como freios aos seus planos nem sempre justos
e honestos de ganhar e acumular o capital.
O ateísmo é um pecado contra a virtude da religião, pelo fato de se
rejeitar a existência de Deus e de seus mistérios, incluindo a encarnação de
seu Filho Jesus Cristo.
Porém, nem tudo está perdido. Pode acontecer que pela graça de Deus
que sempre nos chama a conversão, alguém poderá chegar a conclusão de que esse
humanismo ateu não passa de uma concepção falsa da autonomia humana a qual os leva a recusar toda dependência em
relação a Deus, e que tudo isso é uma grande enganação que os leva a um grande
vazio interior, e mesmo diante de tantos bens materiais, o indivíduo continua
infeliz mesmo com tanto prazer e muito sorriso falso...
José Salviano
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