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terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

-Quem não é contra nós está a nosso favor-Mc 9, 38-40-José Salviano


27 de Fevereiro
Evangelho Mc 9, 38-40


Ninguém tem o monopólio da verdade e do bem. Os discípulos ficaram irritados pois havia um outro expulsando demônios, e eles o proibiram pelo fato daquele homem não ser da turma deles...
Jesus os repreendeu, dizendo que: Quem não é contra nós, está ao nosso favor. 
Meus irmãos e irmãs. Este ocorrido seria como um leigo engajado proibir alguém que estivesse rezando o terço, ou até mesmo fazendo uma celebração da palavra em uma capela onde não houvesse nenhum padre disponível por perto.
É claro, que aquele irmão poderia até não ter o devido preparo, mas, quem não tem cão caça com gato mesmo. O que não pode acontecer, é a capela ficar completamente desativada, sem nenhuma prática da espiritualidade...
Não podemos julgar ninguém que se predispõe a fazer o bem.
Veja por exemplo o caso desse curandeiro de nome João de Deus. Será que ele não poderia ser mesmo um milagroso? E até certo ponto ele fez o bem. Depois de um certo tempo, ele teria se envaidecido, e o poder teria lhe corrompido, lhe subido a cabeça, e ele então começou a fazer coisas inadmissíveis?
Só Deus pode nos julgar. Por tanto, não vamos julgar e expulsar do nosso meio, cristãos que embora não sejam do nosso reduto paroquial, tenham o dom de evangelizar, de cantar, ou até mesmo de curar! Deixemos isso para que o nosso pároco resolva, ou mesmo o nosso bispo. Porém, nós mesmos, jamais temos o direito de tomar nenhuma medida ou iniciativa no sentido de proibir alguém que esteja rezando na comunidade distante, lá na periferia, ou mesmo fazendo o bem.
O Ecumenismo nos mostra que devemos respeitar todas as demais religiões, e até mesmo nos confraternizar, e colaborar uns com os outros. Nunca podemos nos julgar os donos da verdade, os detentores da palavra, os únicos que podem falar de Deus para os irmãos.
Não! Lembremo-nos que a justiça de Deus não confere com a nossa justiça. E Jesus deixou isso bem claro em suas palavras. “Os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos.
Explicando isso. Nós os católicos, pertencentes da única Igreja fundada por Jesus Cristo, nunca temos o direito de nos julgar os únicos que irão para o Céu, nem muito menos os únicos que poderão fazer o bem.
Não podemos julgar e excluir apressadamente qualquer cristão que se nos apresenta. Sob  a desculpa de que estamos defendendo a pureza e a integridade da nossa comunidade católica, muitos de nós poderá cometer o engano, o erro de discriminar algum cristão só pelas suas aparências. Cuidado. Um dia Jesus vai nos cobrar tudo isso!
A parábola do joio e o trigo nos mostra que na sociedade estão misturados bons e maus. E nenhum deles exibe uma placa onde lemos: Mau, ou Bom menino. O joio está misturado no meio do trigo, e precisamos tomar cuidado para não condenar inocentes, para não excluir do nosso convívio religioso alguém que sem que o percebamos, pensa e age como nós, e tem muito para dar pela construção do Reino de Deus na Terra.

José Salviano


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