25 de Fevereiro
Evangelho Mc 9, 14-29
Muitas pessoas acreditam de forma errada. Por exemplo. Muitos são
devotos de São Judas, numa devoção tão forte ao ponto de entrar na Igreja e
ficar um bom tempo rezando diante da sua estátua, e ignorando o Cristo presente
no Sacrário.
Aqui perto tem uma igreja de São Judas, e o padre anterior estimulava
os fiéis na devoção de São Judas Tadeu. No dia 28, a festa era bombástica! Uma
grande romaria. Muitas barracas, muita gente vinda de muitos lugares, o padre
aproveitava para celebrar várias missas de manhã e a tarde, convidando padres
de outras paróquias, repito, era uma verdadeira romaria!
O Bispo mudou o padre, e toda essa romaria foi desarticulada ou
amenizada, e o foco agora é para a pessoa de Jesus Cristo. Mais ainda tem muita
gente que entra na igreja, reza diante da imagem de São Judas, e nem vê o novo
Sacrário bonito que foi feito depois das mudanças.
Sem querer fazer nenhum julgamento, o que isso tudo nos parece,
observando a devoção daquelas
pessoas, é que se trata de uma fé equivocada, uma fé morna, redirecionada, ou
coisa desse tipo.
O povo acende velas, rezam do seu jeito, pedem, pedem, e alguns
acabam decepcionados, pois não conseguem o que pedem.
São Judas Tadeu é um santo como outro qualquer, e o seu poder é de
intercessor por nós diante de Deus.
Só nos esquecemos que o próprio Jesus disse que Ele é o único
intercessor diante do Pai. “Tudo o que
pedires ao Pai em meu nome vos será dado”.
Então, meus irmãos, não tem sentido trocarmos a pessoa de Jesus por
nenhum santo, por mais forte que ele seja.
Por outro lado, o que se tem notado, é que muitos “fiéis” desta
comunidade, só recorrem a Deus, quando estão em desespero. Na verdade, eles
recorrem mesmo é a São Judas.
Porém, vamos considerar que estão pensando em intercessão. E
refletimos no fato de alguém somente recorrer a Deus na hora da necessidade
maior, e depois que o problema passa, a pessoa nem se lembra mais de Deus. Ou
seja, nenhuma disposição de seguimento. Ninguém pensa em seguir a Jesus, mas
sim, em resolver os seus problemas e nem pensam em seguir a Jesus, mas sim, em
resolver as suas necessidades imediatas.
É claro que dá para perceber que nada disso é do agrado do Pai.
Como você se sentiria se um seu filho que trabalha e reside em uma
cidade distante só vem lhe visitar quando precisa de dinheiro ou outro tipo de
ajuda, como por exemplo, quando ele se mete em encrencas?
Deus é amor, porém, Deus é justiça. E toda vez que agimos em
desacordo com a justiça, com certeza, não estamos sendo do agrado do Pai que
nos ama incondicionalmente.
Desse modo, o fato de lhe procurarmos somente nas horas difíceis,
de desespero, e depois o colocarmos de lado, com certeza também não estamos
sendo do seu agrado.
Assim, muita coisa que lhe pedimos, pode não ser atendida, e isso
tem levado a muitos “fiéis”, de pouca fé, de fé distorcida, ou mesmo morna, a
mudar de religião. Eles, uma vez não recebendo as graças que pediram, se
decepcionam e vão buscar em outras religiões, a solução imediata para os seus
problemas.
Sabemos que existem por aí muitas dessas religiões que prometem
riqueza e curas mirabolantes.
O novo padre daquela referida paróquia, está fazendo um bom trabalho.
Ele está mostrando a verdadeira prática da fé. Porém, infelizmente, para
muitos, esta explicação parece entrar pelo um ouvido e sair por outro. E eles
continuam mesmo é a acender velas e a rezar diante da estátua de São Judas, e
ignorando Cristo vivo presente no sacrário. Lamentável!
José Salviano
Infelizmente, essa é a mais pura verdade! Vejo muito isso acontecer!
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