24/05/2016
Tempo Comum - Anos Pares
VIII Semana - Terça-feira
Lectio
VIII Semana - Terça-feira
Lectio
Primeira leitura: 1 Pedro 1, 10-16
Caríssimos: 10A salvação foi objecto das buscas
e averiguações dos profetas, que predisseram a graça que vos estava destinada.
11Eles investigavam a época e as circunstâncias indicadas pelo Espírito de
Cristo, que neles morava e que profetizava os padecimentos reservados a Cristo
e a glória que se lhes seguiria. 12Foi-lhes revelado - não para seu proveito,
mas para vosso - que eles estavam ao serviço destas realidades que agora vos
foram anunciadas por aqueles que vos pregaram o Evangelho, em virtude do Espírito
Santo enviado do Céu; as mesmas que os Anjos avidamente contemplam. 13Por isso,
de ânimo preparado para servir e vivendo com sobriedade, ponde a vossa
esperança na dádiva que vos vai ser concedida com a manifestação de Jesus
Cristo. 14Como filhos obedientes, não vos conformeis com os antigos desejos do
tempo da vossa ignorância; 15mas, assim como é santo aquele que vos chamou,
sede santos, vós também, em todo o vosso proceder, 16conforme diz a Escritura:
Sede santos, porque Eu sou santo.
Toda a revelação de Deus constitue uma unidade.
O mesmo Espírito que falava em Cristo, falou também através dos Profetas do
Antigo Testamento, e continua a falar naqueles que proclamam a salvação
oferecida a todos na ressurreição de Cristo. Os primeiros cristãos tiveram
plena consciência desta realidade e, por isso, para descobrirem todo o alcance
e toda a dimensão da vida de Jesus, investigaram as Escrituras e encontraram
nelas a chave do mistério cristão. Iluminados pelo Espírito, mandado sobre eles
depois da ressurreição de Jesus, os pregadores cristãos, particularmente os
evangelistas, descobriram essa chave e ofereceram-na aos leitores do Evangelho
para os introduzir no mistério de Cristo. O Senhor ressuscitado está presente e
actua na história para dar pleno cumprimento à obra da regeneração da
humanidade realizada na Ressurreição.
A beleza deste anúncio, proclamado pelos arautos do Evangelho, provoca alegria e admiração entre os próprios anjos, e leva os fiéis a viverem em clima de páscoa, isto é, de «ânimo preparado para servir e vivendo com sobriedade» (v. 13), estando vigilantes à espera da graça que lhes será dada na parusia, quando Jesus se manifestar na sua glória. Tendo passado da ignorância ao conhecimento de Deus, os discípulos de Jesus já não se podem conformar com os antigos desejos vãos, mas querem viver como filhos obedientes ao Pai, que os regenerou em Jesus, e portar-se como santos. A vida de santidade é possível a quantos, tendo sido baptizados, se tornaram participantes de vida de Cristo, da vida divina.
A beleza deste anúncio, proclamado pelos arautos do Evangelho, provoca alegria e admiração entre os próprios anjos, e leva os fiéis a viverem em clima de páscoa, isto é, de «ânimo preparado para servir e vivendo com sobriedade» (v. 13), estando vigilantes à espera da graça que lhes será dada na parusia, quando Jesus se manifestar na sua glória. Tendo passado da ignorância ao conhecimento de Deus, os discípulos de Jesus já não se podem conformar com os antigos desejos vãos, mas querem viver como filhos obedientes ao Pai, que os regenerou em Jesus, e portar-se como santos. A vida de santidade é possível a quantos, tendo sido baptizados, se tornaram participantes de vida de Cristo, da vida divina.
Evangelho: Marcos 10, 28-31
Naquele tempo, 28Pedro começou a dizer-lhe:
«Aqui estamos nós que deixámos tudo e te seguimos.» 29Jesus respondeu: «Em
verdade vos digo: quem deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou campos
por minha causa e por causa do Evangelho, 30receberá cem vezes mais agora, no
tempo presente, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos,
juntamente com perseguições, e, no tempo futuro, a vida eterna. 31Muitos dos
que são primeiros serão últimos, e muitos dos que são últimos serão primeiros.»
O discurso de Jesus, depois do colóquio com o
homem rico, deixou os discípulos apavorados. Pedro toma a palavra para tentar
clarificar a confusão que se abatera sobre todos: que será de nós que «deixámos
tudo e te seguimos»? (v. 28). Jesus garante-lhes que Deus não se deixa vencer
em generosidade. Acolherá na vida eterna aqueles que, deixando tudo, O seguem;
mas também lhes permite usufruir, desde já, da riqueza dos seus dons, e está
com eles para os apoiar nas perseguições. Marcos faz uma lista detalhada dos
bens de que os discípulos podem, desde já, usufruir, e conclui com a máxima
sobre os primeiros e os últimos no Reino (cf. Mt 19, 30; 20, 26; Lc 13, 30). Há
que estar atento contra as falsas seguranças, e empenhar-se num permanente
esforço de conversão.
Meditatio
A vida das comunidades, que avançam pelos
caminhos do Senhor, preanunciada pelos Profetas, e na qual os pregadores do
evangelho pedem perseverança, está permeada de alegrias e de sofrimentos. É um
caminho de purificação e de confiança. Jesus promete àqueles que O seguem, não
só a vida eterna no futuro, mas também, já agora, o cêntuplo das coisas
deixadas, com perseguições à mistura. A vocação cristã não é apenas renúncia,
mas privilégio: «quem deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou campos
por minha causa e por causa do Evangelho, receberá cem vezes mais agora, no
tempo presente, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos,
juntamente com perseguições, e, no tempo futuro, a vida eterna» (vv. 29-30). O
cêntuplo, com perseguições, porque a terra ainda não é o céu!
Que é a vida eterna prometida por Jesus? É aquele de que fala João, quando escreve: «Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste» (Jo 17, 3). É uma vida que começa na fé e termina na visão. A pobreza por causa de Cristo é condição para possuir tudo.
«Como filhos obedientes, não vos conformeis com os antigos desejos do tempo da vossa ignorância; mas, assim como é santo aquele que vos chamou, sede santos, vós também, em todo o vosso proceder, conforme diz a Escritura: Sede santos, porque Eu sou santo» (vv. 15-16). É Deus que nos chama à santidade. Mas, se não nos abrirmos a esse chamamento, não darão fruto as graças que diariamente recebemos de Deus com essa finalidade. E não nos pode tornar santos.
A Santidade é a finalidade para a qual tende a nossa cristã, toda a nossa vida religiosa: «Com todos os nossos irmãos cristãos, somos levados a seguir os passos de Cristo, para alcançar a santidade (cf. 1 Tes 4,7). «Para isto fostes chamados: o próprio Cristo sofreu por vós e deixou-vos o exemplo para seguirdes os seus passos"»(1 Pd 2,21). Radicada no Baptismo e na Confirmação, a nossa vocação religiosa é um dom particular em ordem à glória de Deus e para testemunhar o primado do Reino» (Cst 13). Que a Virgem Maria nos ajude!
Que é a vida eterna prometida por Jesus? É aquele de que fala João, quando escreve: «Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste» (Jo 17, 3). É uma vida que começa na fé e termina na visão. A pobreza por causa de Cristo é condição para possuir tudo.
«Como filhos obedientes, não vos conformeis com os antigos desejos do tempo da vossa ignorância; mas, assim como é santo aquele que vos chamou, sede santos, vós também, em todo o vosso proceder, conforme diz a Escritura: Sede santos, porque Eu sou santo» (vv. 15-16). É Deus que nos chama à santidade. Mas, se não nos abrirmos a esse chamamento, não darão fruto as graças que diariamente recebemos de Deus com essa finalidade. E não nos pode tornar santos.
A Santidade é a finalidade para a qual tende a nossa cristã, toda a nossa vida religiosa: «Com todos os nossos irmãos cristãos, somos levados a seguir os passos de Cristo, para alcançar a santidade (cf. 1 Tes 4,7). «Para isto fostes chamados: o próprio Cristo sofreu por vós e deixou-vos o exemplo para seguirdes os seus passos"»(1 Pd 2,21). Radicada no Baptismo e na Confirmação, a nossa vocação religiosa é um dom particular em ordem à glória de Deus e para testemunhar o primado do Reino» (Cst 13). Que a Virgem Maria nos ajude!
Oratio
Senhor, faz-me compreender que a vida no Reino
não está privada de consolações dignas da minha condição humana. Viver em Ti,
que vives na tua Igreja, é partilhar a tua condição de «pedra angular»,
preciosa para o Pai, mas rejeitada pela humanidade. Viver em Ti, é beber o teu
cálice, receber o teu baptismo, participar na tua Paixão, mas também participar
na glória da tua Ressurreição!
Tudo depende do modo como acolho o teu mistério pascal, na sua totalidade, e me situo nele. Deste-nos duas mãos: se numa escrever zero e noutra um, terei um, ou terei dez, conforme as colocar.
Assim as alegrias e sofrimentos da minha vida podem servir para me perder ou para me santificar. Tudo depende do modo como os encaro e situo na vivência do teu mistério pascal. Que a minha decisão contribua sempre para enriquecer a santidade da tua Igreja. Amen.
Tudo depende do modo como acolho o teu mistério pascal, na sua totalidade, e me situo nele. Deste-nos duas mãos: se numa escrever zero e noutra um, terei um, ou terei dez, conforme as colocar.
Assim as alegrias e sofrimentos da minha vida podem servir para me perder ou para me santificar. Tudo depende do modo como os encaro e situo na vivência do teu mistério pascal. Que a minha decisão contribua sempre para enriquecer a santidade da tua Igreja. Amen.
Contemplatio
Roma é o coração da Igreja, e o Coração de Jesus
está em Roma, junto do coração da sua esposa.
Roma é a cidade santa. Nosso Senhor deu-lhe os seus três grandes apóstolos para a formar: S. Pedro, S. Paulo e S. João. S. João chama-a a Igreja senhora, Senhora eleita (2Jo 1,1). S. Paulo felicita-a pela sua fé, que recebeu de Pedro e da qual fez o elogio no mundo inteiro. (Rom 1,8).
Convinha, diz S. Leão, que a cidade que era a capital material do mundo se tornasse também a sua capital espiritual e - podia acrescentar - «o seu coração» (Lições da festa).
«Tu és Pedro, disse Nosso Senhor, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja». A pedra foi levada pelos acontecimentos de Jerusalém a Antioquia e de Antioquia a Roma. Foi lá que ela parou e que se tornou a pedra angular da Igreja. Foi selada lá com o sangue de Pedro e consagrada pela sua fé e pela sua caridade.
Roma é a cidade santa. Nosso Senhor deu-lhe os seus três grandes apóstolos para a formar: S. Pedro, S. Paulo e S. João. S. João chama-a a Igreja senhora, Senhora eleita (2Jo 1,1). S. Paulo felicita-a pela sua fé, que recebeu de Pedro e da qual fez o elogio no mundo inteiro. (Rom 1,8).
Convinha, diz S. Leão, que a cidade que era a capital material do mundo se tornasse também a sua capital espiritual e - podia acrescentar - «o seu coração» (Lições da festa).
«Tu és Pedro, disse Nosso Senhor, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja». A pedra foi levada pelos acontecimentos de Jerusalém a Antioquia e de Antioquia a Roma. Foi lá que ela parou e que se tornou a pedra angular da Igreja. Foi selada lá com o sangue de Pedro e consagrada pela sua fé e pela sua caridade.
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Sede santos, porque Eu sou santo» (1 Pe 1, 16)
«Sede santos, porque Eu sou santo» (1 Pe 1, 16)
| Fernando Fonseca, scj |
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