23/05/2016
Tempo Comum - Anos Pares
VIII Semana - Segunda-feira
Lectio
VIII Semana - Segunda-feira
Lectio
Primeira leitura: 1 Pedro 1, 3-9
3Bendito seja Deus, Pai do Nosso Senhor Jesus
Cristo, que na sua grande misericórdia nos gerou de novo - através da
ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos - para uma esperança viva, 4para
uma herança incorruptível, imaculada e indefectível, reservada no Céu para vós,
5a quem o poder de Deus guarda, pela fé, até alcançardes a salvação que está
pronta para se manifestar no momento final. 6É por isso que exultais de
alegria, se bem que, por algum tempo, tenhais de andar aflitos por diversas
provações; 7deste modo, a qualidade genuína da vossa fé - muito mais preciosa
do que o ouro perecível, por certo também provado pelo fogo - será achada digna
de louvor, de glória e de honra, na altura da manifestação de Jesus Cristo.
8Sem o terdes visto, vós o amais; sem o ver ainda, credes nele e vos alegrais
com uma alegria indescritível e irradiante, 9alcançando assim a meta da vossa
fé: a salvação das almas.
A Primeira Carta de Pedro começa com um hino de
louvor a Deus pela obra da regeneração da humanidade realizada na ressurreição
de Cristo. Este hino é também uma espécie de credo abreviado, que dava ânimo e
optimismo aos cristãos, no seu esforço de fidelidade, quando enfrentavam as
primeiras dificuldades. Deus precedera-os nesse esforço, - tinha-os regenerado
pela ressurreição de Cristo de entre os mortos (cf. v. 4) - estava com eles, e tinha-lhes
reservada nos céus uma herança incorruptível (cf. v. 4). A regeneração para uma
«esperança viva», realizada por Deus, permitia-lhes perseverar no bem (cf. 4,
119) e dar um bom testemunho de Cristo, tanto na alegria como na dor.
A fé introduz-nos no domínio de Deus omnipotente, que protege e apoia na batalha os que estão encaminhados para a salvação, para a manifestação do Senhor da glória (1, 9). A linha de continuidade e a distinção entre a regeneração já acontecida e já presente como herança em Cristo glorioso, e a manifestação que acontecerá quando Ele se manifestar, estrutura o tempo da fé. Este tempo caracteriza-se pela não-visão, entretecida de esperança na caridade. Amar e acreditar sem ver é um caminho que leva à purificação da fé e do amor, a nível pessoal e comunitário.
A fé introduz-nos no domínio de Deus omnipotente, que protege e apoia na batalha os que estão encaminhados para a salvação, para a manifestação do Senhor da glória (1, 9). A linha de continuidade e a distinção entre a regeneração já acontecida e já presente como herança em Cristo glorioso, e a manifestação que acontecerá quando Ele se manifestar, estrutura o tempo da fé. Este tempo caracteriza-se pela não-visão, entretecida de esperança na caridade. Amar e acreditar sem ver é um caminho que leva à purificação da fé e do amor, a nível pessoal e comunitário.
Evangelho: Marcos 10, 17-27
Naquele tempo, 17Jesus ia Jesus pôr-se a
caminho, quando um homem correu para Ele e se ajoelhou, perguntando: «Bom
Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?» 18Jesus disse: «Porque me
chamas bom? Ninguém é bom senão um só: Deus. 19Sabes os mandamentos: Não mates,
não cometas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não
defraudes, honra teu pai e tua mãe.» 20Ele respondeu: «Mestre, tenho cumprido
tudo isso desde a minha juventude.» 21Jesus, fitando nele o olhar, sentiu
afeição por ele e disse: «Falta-te apenas uma coisa: vai, vende tudo o que
tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e
segue-me.» 22Mas, ao ouvir tais palavras, ficou de semblante anuviado e
retirou-se pesaroso, pois tinha muitos bens. 23Olhando em volta, Jesus disse
aos discípulos: «Quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que têm riquezas!»
24Os discípulos ficaram espantados com as suas palavras. Mas Jesus prosseguiu:
«Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25É mais fácil passar um
camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus.»
26Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros: «Quem pode, então,
salvar-se?» 27Fitando neles o olhar, Jesus disse-lhes: «Aos homens é
impossível, mas a Deus não; pois a Deus tudo é possível.»
O diálogo entre Jesus e o homem rico é referido
pelos três sinópticos. Mas a versão de Marcos apresenta alguns pormenores
interessantes: o homem ajoelha-se diante de Jesus (v. 17); Jesus verifica que
se trata de um homem religiosamente sincero e, por isso, sente afeição por ele
e fala-lhe (v. 21); tendo ouvido as palavras de Jesus, o homem ficou de
semblante anuviado e retirou-se pesaroso (v. 22).
Jesus está a caminho de Jerusalém. A pergunta deste israelita praticante é séria. Mas Jesus apresenta-lhe uma proposta mais vasta: despojar-se dos seus bens e aderir à comunidade dos discípulos. Assim daria prova da sinceridade com que buscava a vida eterna. Mas o homem, que «tinha muitos bens» (v. 22), não é capaz de dar essa prova. Jesus aproveita a ocasião para sublinhar que as riquezas são um grave obstáculo para entrar no reino de Deus, porque impedem de centrar o coração e os afectos em Deus, de tender para Ele, que é o fim de todos e cada um dos mandamentos e prescrições. Os discípulos ficam espantados, pois sabem que Jesus não quer uma comunidade de esfarrapados Mas o Senhor repete a afirmação servindo-se da riqueza metafórica oriental: «É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus» (v. 25). «Quem pode, então, salvar-se?» (v. 26), perguntam os discípulos. Então, Jesus acrescenta: «Aos homens é impossível, mas a Deus não; pois a Deus tudo é possível» (v. 27). É a «teologia da gratuidade», característica do segundo e evangelho, e em consonância com o pensamento paulino (cf. Rm 11, 6; Ef 2, 5; 1 Cor 15, 10; etc.). Jesus coloca-se numa posição oposta ao «automatismo farisaico», que supunha que o cumprimento de certas regras de pobreza assegurava a vida eterna. Mas nada deve ser absolutizado. Só Deus é absoluto.
Jesus está a caminho de Jerusalém. A pergunta deste israelita praticante é séria. Mas Jesus apresenta-lhe uma proposta mais vasta: despojar-se dos seus bens e aderir à comunidade dos discípulos. Assim daria prova da sinceridade com que buscava a vida eterna. Mas o homem, que «tinha muitos bens» (v. 22), não é capaz de dar essa prova. Jesus aproveita a ocasião para sublinhar que as riquezas são um grave obstáculo para entrar no reino de Deus, porque impedem de centrar o coração e os afectos em Deus, de tender para Ele, que é o fim de todos e cada um dos mandamentos e prescrições. Os discípulos ficam espantados, pois sabem que Jesus não quer uma comunidade de esfarrapados Mas o Senhor repete a afirmação servindo-se da riqueza metafórica oriental: «É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus» (v. 25). «Quem pode, então, salvar-se?» (v. 26), perguntam os discípulos. Então, Jesus acrescenta: «Aos homens é impossível, mas a Deus não; pois a Deus tudo é possível» (v. 27). É a «teologia da gratuidade», característica do segundo e evangelho, e em consonância com o pensamento paulino (cf. Rm 11, 6; Ef 2, 5; 1 Cor 15, 10; etc.). Jesus coloca-se numa posição oposta ao «automatismo farisaico», que supunha que o cumprimento de certas regras de pobreza assegurava a vida eterna. Mas nada deve ser absolutizado. Só Deus é absoluto.
Meditatio
No começa da sua primeira Carta, Pedro fala-nos
da vida celeste. Ocupados e preocupados com tantas coisas, nem sempre temos
presente essa «esperança viva» que Deus acendeu em nós pela ressurreição do seu
Filho Jesus Cristo. O Apóstolo exulta, e não encontra adjectivos suficientes
para qualificar essa «herança incorruptível… reservada no Céu para nós» (v. 4).
No evangelho, Jesus promete esse tesouro ao homem rico, que deseja alcançá-lo: «vai, vende tudo o que tens…; depois, vem e segue-me» (v. 21). Mas este homem não estava animado pela «esperança viva», nem disposto a obedecer a Jesus Cristo e receber a aspersão do seu sangue (cf. 1 Pe 1, 2). Confiava mais em si mesmo, no seu voluntarismo, no seu próprio projecto de santidade, do que no dom gratuito da regeneração realizada pela ressurreição do Senhor. Por isso, não teve coragem para deixar tudo e seguir Jesus. Retirou-se «de semblante anuviado» (v. 22). Jesus, a quem o Pai quer que obedeçamos, é Aquele que nos alimenta com o seu sangue e nos pede que O sigamos para que se cumpra o desígnio de Deus. Esse desígnio, realizado na pessoa de Jesus, avança agora no seu Corpo Místico, que é a igreja peregrina na terra, até ao seu regresso glorioso, no fim dos tempos. Seguir a Jesus é caminhar na comunidade de salvação que o seu Espírito vivifica.
Para ser verdadeiro discípulo, preciso de discernir o Caminho por onde avança o povo de Deus, obedecer àqueles que foram designados para autenticar a rota e as suas exigências concretas, trabalhar e colaborar no projecto comum, pôr ao serviço de todos os dons e carismas recebidos. Ninguém vive para si mesmo e ninguém morre para si mesmo. Ser discípulo implica fé em Cristo, o «pastor» invisível do rebanho (1 Pe 5, 4), e docilidade para caminhar com Ele. Obedecer é alimentar-se do seu sangue, que recebemos na Igreja, e perseverar na partilha da missão comum. A única riqueza do crente é Jesus.
As nossas Constituições lembram-nos Cristo que Se fez pobre, para nos enriquecer a todos com a sua pobreza: «Conheceis a generosidade de N. S. Jesus Cristo: que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer pela sua pobreza» (2 Cor 8,9). Cristo convida-nos à bem-aventurança dos pobres, no abandono filial ao Pai (cf. Mt 5,3). Recordaremos o seu insistente convite: «Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres; depois vem e segue-Me» (Mt 19,21)» (n. 44). A pobreza de Cristo foi uma "graça" ("karis") para nós (cf. 2 Cor 8, 9); também nós havemos de nos tornar uma «graça» para Deus e para os irmãos: uma «graça... em favor dos santos» (cf. 2 Cor 8, 2-4).
No evangelho, Jesus promete esse tesouro ao homem rico, que deseja alcançá-lo: «vai, vende tudo o que tens…; depois, vem e segue-me» (v. 21). Mas este homem não estava animado pela «esperança viva», nem disposto a obedecer a Jesus Cristo e receber a aspersão do seu sangue (cf. 1 Pe 1, 2). Confiava mais em si mesmo, no seu voluntarismo, no seu próprio projecto de santidade, do que no dom gratuito da regeneração realizada pela ressurreição do Senhor. Por isso, não teve coragem para deixar tudo e seguir Jesus. Retirou-se «de semblante anuviado» (v. 22). Jesus, a quem o Pai quer que obedeçamos, é Aquele que nos alimenta com o seu sangue e nos pede que O sigamos para que se cumpra o desígnio de Deus. Esse desígnio, realizado na pessoa de Jesus, avança agora no seu Corpo Místico, que é a igreja peregrina na terra, até ao seu regresso glorioso, no fim dos tempos. Seguir a Jesus é caminhar na comunidade de salvação que o seu Espírito vivifica.
Para ser verdadeiro discípulo, preciso de discernir o Caminho por onde avança o povo de Deus, obedecer àqueles que foram designados para autenticar a rota e as suas exigências concretas, trabalhar e colaborar no projecto comum, pôr ao serviço de todos os dons e carismas recebidos. Ninguém vive para si mesmo e ninguém morre para si mesmo. Ser discípulo implica fé em Cristo, o «pastor» invisível do rebanho (1 Pe 5, 4), e docilidade para caminhar com Ele. Obedecer é alimentar-se do seu sangue, que recebemos na Igreja, e perseverar na partilha da missão comum. A única riqueza do crente é Jesus.
As nossas Constituições lembram-nos Cristo que Se fez pobre, para nos enriquecer a todos com a sua pobreza: «Conheceis a generosidade de N. S. Jesus Cristo: que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer pela sua pobreza» (2 Cor 8,9). Cristo convida-nos à bem-aventurança dos pobres, no abandono filial ao Pai (cf. Mt 5,3). Recordaremos o seu insistente convite: «Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres; depois vem e segue-Me» (Mt 19,21)» (n. 44). A pobreza de Cristo foi uma "graça" ("karis") para nós (cf. 2 Cor 8, 9); também nós havemos de nos tornar uma «graça» para Deus e para os irmãos: uma «graça... em favor dos santos» (cf. 2 Cor 8, 2-4).
Oratio
Senhor, hoje quero pedir-te a graça de procurar
a esperança viva que me ofereceste na tua Ressurreição. Que essa esperança viva
me dê forças para ultrapassar as dificuldades, para me desapegar alegremente de
tudo quanto me impede ou dificulta caminhar para a herança incorruptível,
imaculada e indefectível que me reservas no Céu. Dá-me, sobretudo, a graça de
me desapegar de mim mesmo: dos meus pensamentos, dos meus projectos, dos meus
desejos para assumir os teus. Então serei repleto da alegria indizível e gloriosa
de que fala o teu Apóstolo Pedro, essa alegria que vem de Ti, meu bom Jesus,
fonte viva de felicidade eterna. Amen.
Contemplatio
Desde o sermão da montanha, Nosso Senhor tinha
indicado os conselhos de perfeição: «Há, dizia, um caminho estreito, mas são
raros os que o encontram». Propunha já a pobreza voluntária: «Não acumuleis
tesouros sobre a terra, onde a traça e os vermes os corroem, onde os ladrões
escavam e roubam. Vendei o que tendes e fazei esmolas. Preparai tesouros no
céu… Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração» (Mt
6).
Depois vem a aplicação. Um jovem de nobre família vem lançar-se aos pés de Jesus, perguntando-lhe qual é o melhor caminho a seguir. O Coração de Jesus é tocado, observa com afecto o jovem, ama-o, propõe-lhe os conselhos de perfeição. É uma vocação: «vai, diz-lhe, vende o que tens, dá-o aos pobres, e vem comigo. Que graça insigne! Ser chamado por Jesus a viver com ele, abandonando-se à sua providência!
«Mas ele, ouvindo aquilo, afligido com esta palavra foi-se embora triste, porque era muito rico. E Jesus, vendo-o triste, olhou à sua volta e disse aos seus discípulos: Ah! Como é difícil àqueles que têm grandes bens entrar no reino dos céus!» – Ficou triste, porque era convidado a caminhar no desprezo das coisas temporais, a seguir mais de perto, na pobreza, o seu Mestre pobre. A via real da cruz abre-se diante dele, mas falta-lhe a coragem. As riquezas têm tanto poder sobre o coração humano! Jesus viu-o ir-se embora e ficou triste também; como este olhar de Jesus devia ser pungente! Mas este jovem não se voltou para trás, não olhou para Jesus, teria sido tocado. Ter-se-ia tornado um discípulo bem amado, um discípulo do Coração de Jesus, como S. João. Este jovem tem um coração puro e bom, mas sem coragem, porque não está desapegado.
Jesus suspirou e disse: «Ah! Como é difícil aos ricos entrar no reino dos céus!»
Pedro estava lá com os outros. Tinha seguido tudo com os olhos. Experimentou uma alegria nova por ter deixado a sua barca e as suas redes: «Nós, Senhor, diz, deixámos tudo por vós, dar-nos-eis, não é, este reino dos céus, e o que será?»
Nós deixámos tudo! Este tudo é pouca coisa: um pouco de fortuna? Mas o pão não nos faltará, e teremos menos cuidados; - a liberdade? Mas ela é tantas vezes perigosa e funesta; - o mundo? É tão vão, tão enganador, tão cheio de injustiças; - a amizade? É muitas vezes tão efémera; - os laços de família? São tão cedo rompidos pela morte! – Ah! Deixemos tudo, de coração ou na realidade, por Jesus, para ser tudo para Ele, ao seu serviço, ao seu amor, ao seu divino Coração. Senhor, eis-me aqui, quero deixar tudo por vós (Leão Dehon, OSP4, p. 105s.).
Depois vem a aplicação. Um jovem de nobre família vem lançar-se aos pés de Jesus, perguntando-lhe qual é o melhor caminho a seguir. O Coração de Jesus é tocado, observa com afecto o jovem, ama-o, propõe-lhe os conselhos de perfeição. É uma vocação: «vai, diz-lhe, vende o que tens, dá-o aos pobres, e vem comigo. Que graça insigne! Ser chamado por Jesus a viver com ele, abandonando-se à sua providência!
«Mas ele, ouvindo aquilo, afligido com esta palavra foi-se embora triste, porque era muito rico. E Jesus, vendo-o triste, olhou à sua volta e disse aos seus discípulos: Ah! Como é difícil àqueles que têm grandes bens entrar no reino dos céus!» – Ficou triste, porque era convidado a caminhar no desprezo das coisas temporais, a seguir mais de perto, na pobreza, o seu Mestre pobre. A via real da cruz abre-se diante dele, mas falta-lhe a coragem. As riquezas têm tanto poder sobre o coração humano! Jesus viu-o ir-se embora e ficou triste também; como este olhar de Jesus devia ser pungente! Mas este jovem não se voltou para trás, não olhou para Jesus, teria sido tocado. Ter-se-ia tornado um discípulo bem amado, um discípulo do Coração de Jesus, como S. João. Este jovem tem um coração puro e bom, mas sem coragem, porque não está desapegado.
Jesus suspirou e disse: «Ah! Como é difícil aos ricos entrar no reino dos céus!»
Pedro estava lá com os outros. Tinha seguido tudo com os olhos. Experimentou uma alegria nova por ter deixado a sua barca e as suas redes: «Nós, Senhor, diz, deixámos tudo por vós, dar-nos-eis, não é, este reino dos céus, e o que será?»
Nós deixámos tudo! Este tudo é pouca coisa: um pouco de fortuna? Mas o pão não nos faltará, e teremos menos cuidados; - a liberdade? Mas ela é tantas vezes perigosa e funesta; - o mundo? É tão vão, tão enganador, tão cheio de injustiças; - a amizade? É muitas vezes tão efémera; - os laços de família? São tão cedo rompidos pela morte! – Ah! Deixemos tudo, de coração ou na realidade, por Jesus, para ser tudo para Ele, ao seu serviço, ao seu amor, ao seu divino Coração. Senhor, eis-me aqui, quero deixar tudo por vós (Leão Dehon, OSP4, p. 105s.).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Bendito seja Deus que nos regenerou para uma esperança viva» (1 Pe 1, 3).
«Bendito seja Deus que nos regenerou para uma esperança viva» (1 Pe 1, 3).
| Fernando Fonseca, scj |
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