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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Bom Mestre, que farei para alcançar a vida eterna?-Diac. José da Cruz

SEGUNDA FEIRA DA 6ª SEMANA DO TC 23/05/2016
1ª Leitura 1 Pedro 1, 3-9
Salmo 110/111, 5b “Será lembrada eternamente a sua aliança”
Evangelho Marcos  10, 17-27
Não se pode duvidar das boas e retas intenções dessa pessoa que abordou Jesus no meio do caminho, prostrando-se á seus pés e suplicando “Bom Mestre, que farei para alcançar a vida eterna?”.  O homem era de uma Fé fervorosa em Jesus e tinha convicção de que ele lhe abriria novas portas e lhe apontaria novos caminhos. Poderíamos dizer que, era alguém que buscava algo mais.
Quando Jesus lhe cita os principais mandamentos, o homem lhe observa que tudo isso ele já tem feito desde a mocidade.  Ele buscava e queria algo mais do que a mera observância dos mandamentos. A gente se acomoda demais em coisas que não fazemos e que outros fazem, ou em coisas que fazemos de bom, e que outros não fazem. A gente se nivela por baixo e a referência somos nós em relação aos outros. Como cristãos participantes da comunidade, frequentador das celebrações, recebendo os Sacramentos, ofertando o Dízimo, atuando na pastoral, a gente olha para quem não faz nada disso e vamos em pensamento nos projetando ao patamar de cima “Somos bons, esses aí nem tanto...” e quando olhamos os maus e pecadores, chegamos a nos vangloriar pela distância que há entre nós e eles na prática das virtudes, na questão moral e ética. “Esses  um aí, estão bem lá embaixo do nosso glorioso patamar” – chegamos a pensar.
A primeira coisa que Jesus faz é corrigir esse modo de olhar. O Homem olhou para ele, prostrou-se a seus pés e lhe chamou de “Bom Mestre”,  mas Jesus não se revela a si mesmo mas ao Pai, por isso afirma que só Deus é Bom. A referência é Deus, manifestado em Jesus, e não as pessoas. Quando isso ocorre daí nos sentimos pequenos, daí  vemos que jamais iremos alcançar o Patamar de Glória , Santidade e Perfeição de Deus e daí não temos do que nos vangloriar, ao contrário, a nossa pequenez, a nossa miséria e fragilidade humana, irão logo aparecer em destaque, quando olhamos para Deus.
O texto também fala que Jesus o olhou e o amou. Alguém que quer mais, alguém que quer avançar na Vida Religiosa e na Vida de Fé.  “Vai, vendes tudo o que tens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu, depois vem e segue-me”.  Deus abriu mão de tudo o que tinha , seu Filho Jesus, e o deu aos pobres, que somos nós. O Perfeito é aquele que se sente sempre imperfeito, porque a sua referência é Deus, é aquele que busca aprender sempre e por isso se faz discípulo e seguidor do único que pode nos levar a plenitude da Vida: Jesus Cristo!
O Homem foi embora triste, era um colecionador de virtudes morais e Dono de um vasto Patrimônio Econômico, a Vida Eterna era uma coisa rara que fazia falta em seus pertences, e que ele julgou poder fazer alguma coisa para tê-la, talvez como um Valioso troféu. Na verdade, nivelou a Vida Eterna aos bens que possuía, não entendeu que a Vida terna é superior a tudo o que o Homem possa desejar e ter nesta Vida Terrena. Preferiu ficar com o que já tinha e que lhe dava segurança, do que arriscar-se por algo que Deus lhe oferecia, exatamente porque pensava na Salvação e na Vida Eterna como algo a ser conquistado com seus méritos, esquecendo-se que a Vida Eterna e a Salvação são dons gratuitos que Deus oferece a cada Homem...Queremos ter méritos, para que a posse seja legítima e reconhecida por todos. No Judaísmo Deus se torna Devedor do Homem Justo e praticante das Leis e das virtudes. “Deus me dá porque eu mereço”. Eis o motivo da tristeza daquele homem, que de repente sentiu-se “pobre” e incapaz de se salvar....(Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)





Um comentário:

  1. Querido Diácono Paz e Bem! Fantástica sua contextualização para que possamos entender esse Evangelho. Deus abençoe!

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