QUARTA FEIRA DA VI SEMANA DO TC 25/05/2016
1ª Leitura 1 Pedro 1, 18-25
Salmo 147/148, 12 a “Louva, ó Jerusalém, o Senhor, louva o teu
Deus, ó Sião”
Evangelho Marcos 10, 32-45
Na reflexão de ontem vimos que muitas vezes, nós os discípulos
missionários, olhamos para as coisas que renunciamos por amor ao Reino, como
uma perda. Os irmãos Tiago e João também pensavam desta forma e quiseram
compensar essa “perda” com um posto importante no novo Reinado que Jesus tanto
anunciava: os dois principais cargos de Primeiro Escalão teria que ser deles!
Nas nossas comunidades cristãs há muitas pessoas que só pensam em
Coordenação como cargos onde podem “Mandar” junto com o padre ou quem sabe, até
mais que ele. No Ministério dos Leigos também têm dessas coisas, vira e mexe
aparece algum ministro querendo ser na comunidade o “Rei da Cocada”. E não
pensem que no Ministério ordenado é diferente, há sacerdotes e Diáconos que,
usando das prerrogativas do Clericalismo, parece que têm o “Rei na Barriga”,
quando deveriam ter o Rei no Coração, fazendo-se os primeiros servidores do
Povo de Deus.
A tentação de se ter poder e glória, de “brilhar” como grandes destaques,
sempre está em nossa cabeça e em nosso coração, seja do leigo ou do Clero. A
questão é sempre a mesma, como trabalhar com isso, como administrar nosso “Ego”
que quer sempre ser alisado, como administrar nossa vaidade que faz de cada um
de nós, um verdadeiro “pavão” em meio á
comunidade?
Paralelo a essa linha de pensamento está outro ainda mais perigoso,
o de esperarmos o Céu como uma recompensa merecida, se formos bons e fizermos tudo certinho de acordo com a
Palavra de Deus, vamos acabar merecendo ir para o Céu pois Deus não terá
escolha. Beber no mesmo cálice de Jesus e receber o mesmo Batismo com que Ele
foi batizado, é depender Dele para sermos salvos, é imitá-lo na Fidelidade a
Vontade do Pai. Jesus nunca buscou a própria Glória mas glorificar o Pai, não
veio para nos mostrar e revelar como ele é bom, Santo e Perfeito, não veio para
ostentar-se em sua grandeza, diante da nossa pequenez. Tudo Nele é com o Pai,
para Ele e por Ele.
Por isso fez da sua Vida uma entrega total, amando os homens até as
últimas consequências, não com um amor correspondido que o colocava no centro
das atenções, ao contrário,seu amor era tão grandioso e fiel que dava as
pessoas o direito de não amá-lo, permitia-se ser rejeitado, traído e renegado,
até pelos discípulos, era um Amor sempre aberto, dialogante, misericordioso,
pautado pela Verdade Absoluta que era o Pai. Aqueles discípulos não sabiam o
que estava pedindo, e nós também não, quando sonhamos com prestígio, fama,
sucesso, com nosso amor tão pobre e egocêntrico. Um amor que não nos faz sofrer
mas que só nos dá prazer e bem estar. Um amor assim, está bem longe do Amor que
Jesus ensinou e Viveu...( Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora
Consolata – Votorantim SP- E-mail cruzsm@uol.com.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário