3 de Junho
Evangelho
- Lc 15,3-7
A liturgia de hoje nos conduz a ideia do Bom Pastor. Para as
crianças da cidade fica complicado para o catequista passar a ideia de pastor e
rebanho. Pois essas crianças estão acostumadas com carros, motos, computadores,
e só viram uma criação de gado pela televisão.
Até mesmo para a catequista fica difícil explicar uma realidade que
nem mais existe, como no tempo de Jesus. Pois hoje, a criação de ovelhas é
feita com técnicas e métodos modernos, e a imagem de um pastor que cuida delas,
já não faz mais parte das paisagens rurais ou agrícolas.
Então vamos tentar fazer aqui UMA AJUDA AOS CATEQUISTAS.
Vocês podem explicar assim: As ovelhas e os cordeiros fazem parte
da família dos ovinos, e todos eles agrupados, chama-se rebanho, que naqueles
tempos eram levados por um homem para os campos onde se alimentavam do pasto,
que não era nenhuma pasta, mas sim, as plantinhas como o capim.
Mostrar fotos de ovelhas, de capim, de paisagens, de pastor e
rebanho. ( na Internet tem bastante).
A palavra pastor vem de pasto. As ovelhas comiam o pasto, plantinhas,
relva, ou capim, e o homem que as levava para comer o pasto no campo,
chamava-se PASTOR.
Ele levava sempre consigo um pedaço comprido de madeira, um galho
de árvore que carregava sempre na mão, e que se chamava cajado, e servia para
se defender dos lobos e se apoiar quando andava pelos terrenos irregulares.
(É por isso que nosso bispo carrega na mão, um cajado, para
simbolizar que ele é nosso pastor.)
Se alguém perguntar por que o cajado tinha uma das extremidades
torta, você diga que era para puxar pelo pescoço ou pelas pernas, os cabritos e
ovelhas que se desviavam do caminho. Em vez de irem para a direita, indo para a
esquerda. Ou fugiam na hora de entrar no redil. O desconforto daquele gancho no
pescoço prendia a respiração e o animal obedeciam.
Conosco também acontece mais ou menos assim: Jesus nos puxa a
orelha quando Ele nos chama e não atendemos o seu chamado. E em vez disso, seguimos
o caminho errado, o caminho da esquerda da vida. Ele faz isso permitindo algum
acontecimento desconfortável para nós...
Ainda se outro menino perguntar como se entorta uma madeira, você
tem resposta. Diga que quando o galho de árvore é verde, quando foi retirado da
árvore recentemente, podemos entortá-lo, mediante uma pressão contínua, e
gradual, isto é, todo dia aumenta um pouco, para não se quebrar. Assim, é só
esperar o galho secar, e pronto. Pode-se tirá-lo da prensa, que eleja ficou
torto.
APASCENTAR AS OVELHAS, significava: levar a elas a paz, acalmá-las,
dar-lhes o conforto, a tranquilidade através da proteção e da segurança,
orientando-as ou guiando-as com muito cuidado, para o lugar certo onde havia
boas pastagens.
(Lembrar que Jesus disse a Pedro: “Apascenta minhas ovelhas”. Ou seja, cuida do meu rebanho, que somos
todos nós).
Por falar em lobos, cuidar, apascentar ou pastorear o rebanho das
ovelhas e dos cordeiros, não era só alegria. Havia muitos perigos: o maior
deles era a presença do lobo feroz que aparecia do nada, de onde estava
escondido esperando um momento propício para avançar e pegar uma ovelha para comer.
Outro perigo era representado pelos ladrões, que eram os “titios maus”, que apareciam
de vez em quando para roubar algumas ovelhas par o seu alimento.
(Se quiser ou puder, lembrar aqui dos lobos disfarçados ou vestidos
de ovelhas, e compará-los com os falsos amigos de hoje, que levam os jovens
para os caminhos do crime e do pecado).
Além disso, algumas ovelhas distraídas, geralmente se perdiam das
coleguinhas, ou do rebanho, e se metiam em apuros, podendo se machucar.
Quando isso acontecia, o pastor largava o rebanho comendo e corria
para procurar aquela ovelha perdida, até encontrá-la. Aí, ele ficava muito
feliz, e se ela estivesse machucada, colocava-a nos ombros e voltava para o seu
rebanho sorrindo e contente por ter encontrado a ovelha que havia se desgarrado
do rebanho.
(Aqui, você pode comparar com uma situação de perda. Por exemplo.
Quando um menino ou menina, perde algum brinquedo, como uma figurinha da sua
coleção, não sossega até encontrá-la. E quando a encontra, fica muito feliz, e
até diz a sua mãe, ou aos seus irmãos e amigos: Achei! Encontrei!)
O pastor cuidava de todas as ovelhas, desde os cabritos
saltitantes, e brincalhões, até as velhas que ficavam gordas e pesadas, e por
isso caminhavam devagar.
Então, o homem que cuidava ou pastoreava o rebanho, era um sujeito
bom, DAVA A SUA VIDA PELAS SUAS OVELHAS, pois corria risco de vida ao defendê-las
dos lobos e dos ladrões.
Jesus deu a sua vida por amor a nós. Jesus é comparado ao BOM
PASTOR, e nós somos comparados ao seu rebanho. Assim como o pastor das ovelhas,
Jesus nos conduz com muito amor, e fica triste quando um de nós muda de vida, e
começa a praticar coisas más, quando entra para a vida do crime, e do pecado.
Jesus todo dia chama de volta esses nossos irmãos que se
desgarraram do seu rebanho. E quando um desses se arrepende e volta para a vida
da Igreja, quando confessa seus pecados e se converte, ou seja, muda de vida,
Jesus e todos lá no Céu ficam muitos contentes. Até mais do quando vê os cristãos
rezando.
Bom encontro catequético. José Salviano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário