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segunda-feira, 11 de março de 2019

O Espírito Santo é o autor da nossa oração!-Helena Serpa



17 DE MARÇO DE 2019
II DOMINGO DA QUARESMA
Cor Roxo

1ª. Leitura – Gn 15, 5-12.17-18


Leitura do Livro do Gênesis 15,5-12.17-18
Naqueles dias: 5o Senhor conduziu Abraão para fora e disse-lhe:
'Olha para o céu e conta as estrelas, se fores capaz!' E acrescentou: 'Assim será a tua descendência'. 6Abrão teve fé no Senhor, que considerou isso como justiça. 7E lhe disse:
'Eu sou o Senhor que te fez sair de Ur dos Caldeus, para te dar em possessão esta terra'. 8Abrão lhe perguntou: 'Senhor Deus, como poderei saber que vou possuí-la?' 9E o Senhor lhe disse:
'Traze-me uma novilha de três anos, uma cabra de três anos,
um carneiro de três anos, além de uma rola e de uma pombinha'.
10Abrão trouxe tudo e dividiu os animais pelo meio,
mas não as aves, colocando as respectivas partes uma frente à outra. 11Aves de rapina se precipitaram sobre os cadáveres,
mas Abrão as enxotou. 12Quando o sol já se ia pondo,
caiu um sono profundo sobre Abrão e ele foi tomado de grande e misterioso terror. 17Quando o sol se pôs e escureceu,
apareceu um braseiro fumegante e uma tocha de fogo, que passaram por entre os animais divididos. 18Naquele dia o Senhor fez aliança com Abrão, dizendo: 'Aos teus descendentes darei esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio, o Eufrates'.
Palavra do Senhor.

Reflexão – “A vida no Espírito é a promessa do Senhor para nós, hoje!”
O Senhor, hoje, nos faz um desafio, para confiarmos na Sua promessa de nos conceder uma pátria e uma descendência numerosa, e, como garantia, Ele nos pede apenas a nossa fé, da mesma forma como fez com Abrão. Hoje, também, Ele nos manda contar as estrelas do céu para antever o tamanho da nossa posteridade, em vista da nossa fidelidade. Assim sendo, Ele também nos fala, “Olha para o céu”! Olhamos para o céu quando contemplamos dentro do nosso coração o grande mistério de amor do Pai que nos retirou do estado de escravidão do pecado, da corrupção, da desgraça e nos atraiu para Si a fim de que provássemos de uma vida nova cheia de bênçãos incontáveis como as estrelas. A fé de Abrão foi computada como justiça e, por isso, ele tomou posse desta terra onde manava leite e mel. Nós também, como Abrão, mesmo que ainda não tenhamos tomado posse desta realidade, temos fé nas promessas do Senhor, por isso, já começamos a vislumbrar uma herança eterna. A vida no Espírito é a promessa do Senhor para nós, hoje. O braseiro fumegante e a tocha de fogo que passaram por entre os animais que Abrão ofereceu a Deus, é o fogo do Espírito Santo que pode queimar os nossos pecados, as nossas oferendas, purificar as nossas ações e, assim, nos fazer viver um novo céu e uma nova terra, aqui e agora.   A vivência do reino dos céus aqui na terra para nós e a nossa descendência é a Aliança que o Senhor faz hoje conosco. Pela Fé em Jesus Cristo nós já nos apossamos desta realidade espiritual, pois sabemos que Ele é para o Pai “a oferenda perfeita”.   Assim como Abrão, nós também devemos entregar ao Senhor a nossa vida, abandonando-nos às Suas sugestões e Ele nos dará um sono profundo para que possamos repousar nos braços do Espírito Santo. O mais, Ele próprio o fará! – Você já deu o passo para sair da sua terra velha e com fé perseguir uma terra nova? – Experimente contar as estrelas do céu que são como as promessas do Senhor para você e a sua família. – Como é a aliança que Deus fez com você? – Você está sendo fiel?

Salmo 26,1.7-8.9abc.13.14 (R. 1a)

R. O Senhor é minha luz e salvação.

1O Senhor é minha luz e salvação;*
de quem eu terei medo?
O Senhor é a proteção da minha vida;*
perante quem eu tremerei? R.

7Ó Senhor, ouvi a voz do meu apelo,*
atendei por compaixão!
8Meu coração fala convosco confiante,*
é vossa face que eu procuro. R.

9aNão afasteis em vossa ira o vosso servo,*
sois vós o meu auxílio!
9bNão me esqueçais nem me deixeis abandonado,*
9cmeu Deus e Salvador! R.

13Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver*
na terra dos viventes.
14Espera no Senhor e tem coragem,*
espera no Senhor! R.

Reflexão - Este salmo nos dá plena consciência de que desde já, nós podemos ver a bondade do Senhor e, por isso, ter coragem e esperança para enfrentarmos os desafios da nossa vida. O Senhor é luz e salvação, por que temos medo? Se, sabemos que Ele está perto de nós, porque então nos atemorizamos? A luz ilumina os nossos passos e nos tira das trevas e a salvação de Jesus nos livra do mal e do inimigo, por que temer? O Senhor está atento ao nosso chamado e no momento certo Ele nos atenderá. Esperemos Nele com coragem!

 

2ª. Leitura – Fl 3, 17-4,1


Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses 3,17-4,1
17Sede meus imitadores, irmãos e observai os que vivem
de acordo com o exemplo que nós damos. 18Já vos disse muitas vezes, e agora o repito, chorando: há muitos por aí que se comportam como inimigos da cruz de Cristo. 19O fim deles é a perdição, o deus deles é o estômago, a glória deles está no que é vergonhoso e só pensam nas coisas terrenas. 20Nós, porém, somos cidadãos do céu. De lá aguardamos o nosso Salvador, o Senhor, Jesus Cristo. 21Ele transformará o nosso corpo humilhado
e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso, com o poder que tem de sujeitar a si todas as coisas. 4,1Assim, meus irmãos, a quem quero bem e dos quais sinto saudade, minha alegria, minha coroa, meus amigos, continuai firmes no Senhor.
Palavra do Senhor.

Reflexão - “Somos desde já cidadãos do céu”
Para que possamos alcançar a promessa de Deus para nós que é a vida no céu depois de passada a nossa vida terrena, precisamos assumir, ainda neste mundo, a nossa condição de cidadãos do céu. Assim sendo, desde já poderemos ser cidadãos do céu na medida em que imitemos a vida dos santos, isto é, daqueles que se comportaram como verdadeiros amigos de Deus, fiéis à Cruz de Jesus. Naquele tempo, São Paulo lamentava o comportamento de muitos que agiam como “inimigos da Cruz de Cisto”, isto é, desprezavam as coisas do céu para viverem de acordo com o que o mundo prega. Fazendo uma reflexão do nosso comportamento, hoje, podemos descobrir se estamos nos declarando inimigos da Cruz de Cristo rejeitando as coisas do espírito para viver somente o que a nossa carne ordena. Se fizermos isto, com certeza iremos descobrir que em muitas ocasiões, também, o nosso deus é o “estômago”, isto é, o nosso “apetite”, que consiste naquilo que nos dá prazer e sacia a nossa humanidade. Vivemos como se existisse apenas o tempo presente e nos esquecemos de que o verdadeiro cristão está atento à vinda do Senhor que mudará a ordem natural dos acontecimentos.  Se mantivermos em nós a certeza de que Jesus virá um dia para transformar este nosso corpo humilhado diante do pecado em um corpo glorioso, nós conseguiremos forças para refutar os apelos da nossa carne.  Por isso, São Paulo nos recomenda: “Sede meus imitadores!” A mesma coisa nós poderemos também dizer perante os membros da nossa família e da nossa comunidade, embora seja uma expressão até certo ponto pretensiosa. Todavia, é isso mesmo que precisamos tentar ser diante das pessoas: exemplos de fé e testemunhas da Cruz de Cristo aqui na terra. Somos desde já cidadãos (ãs) do céu e a fé em Jesus Cristo é quem nos faz ser coerentes com o modo de ser cristão. Ser seguidor de Cristo implica em que tenhamos os olhos voltados para as coisas do alto e a Cruz como referencial para uma vida comprometida com Ele. Jesus é o Senhor da nossa liberdade, é Ele quem nos transforma em homens e mulheres livres dos apelos do mundo e firmes na fé, em cidadãos do céu. – Você tem a coragem de sugerir a alguém que seja seu imitador? – Você pode ser considerado (a) um referencial de cristão (ã)? – Você vive mais em função das coisas do alto ou de baixo? – Existe alguma pessoa que você considera virtuosa e a quem você pode imitar?

Evangelho – Lc 9, 28b-36


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 9,28b-36
Naquele tempo: 28bJesus levou consigo Pedro, João e Tiago,
e subiu à montanha para rezar. 29Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante.
30Eis que dois homens estavam conversando com Jesus: eram Moisés e Elias. 31Eles apareceram revestidos de glória e conversavam sobre a morte, que Jesus iria sofrer em Jerusalém.
32Pedro e os companheiros estavam com muito sono. Ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele. 33E quando estes homens se iam afastando,
Pedro disse a Jesus: 'Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias.'
Pedro não sabia o que estava dizendo. 34Ele estava ainda falando,
quando apareceu uma nuvem que os cobriu com sua sombra.
Os discípulos ficaram com medo ao entrarem dentro da nuvem.
35Da nuvem, porém, saiu uma voz que dizia: 'Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutai o que ele diz!' 36Enquanto a voz ressoava, Jesus encontrou-se sozinho. Os discípulos ficaram calados
e naqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto. Palavra da Salvação.

Reflexão – “o Espírito Santo é o autor da nossa oração!”
Quando levou para a montanha, Pedro, Tiago e João e diante deles se transfigurou, Jesus quis mostrar-lhes a glória que o Pai preparou para todos nós que, desde já, temos o espírito voltado para as coisas que dizem respeito ao “alto” e são transcendentes à nossa realidade terrena. A montanha na Bíblia significa lugar de oração e de encontro com Deus, por isso, de antemão, nós podemos perceber que qualquer um de nós tem a chance de fazer esta experiência, desde que também subamos o monte com Jesus. No Evangelho da transfiguração constatamos como a oração com Jesus pode nos abrir as portas do céu e nos desvendar os planos do Pai para a nossa vida. Os apóstolos viram perto de Jesus as figuras de Moisés e Elias que representavam a Lei e os profetas. Eles “conversavam sobre a morte que Jesus iria sofrer em Jerusalém”. Assim também pode acontecer conosco quando, em oração nós acolhemos tudo o que a Palavra de Deus nos orienta a fim de que possamos viver segundo a Sua vontade.  Assim como Jesus ouviu a voz do Pai dizendo ao mundo que Ele era O Seu escolhido e O Seu Filho muito amado, nós também, por meio da Lei e dos Profetas podemos escutar a voz de Deus que nos acolhe com amor de Pai.   Naquele tempo os discípulos de Jesus ficaram com medo e se assustaram com a manifestação vinda do céu, pois não entendiam nada. Eles se confundiam na percepção dos mistérios do céu e não tinham o alcance das coisas espirituais, visto que ainda não possuíam o Espírito Santo.  Nós, no entanto, não precisamos nos apavorar quando em oração sentirmos a presença do céu, pois sabemos que o Espírito Santo é o autor da nossa oração e todas as coisas acontecem pelo Seu poder! Precisamos, desde já, nos entregar às sugestões do Espírito Santo a fim de que possamos provar a visão das realidades celestes. Portanto, o nosso momento de oração nos é favorável para que entremos em sintonia com a vontade do Pai para nós e, ao mesmo tempo, acolhamos o Seu amor por meio do Espírito Santo que opera dentro do nosso ser.  É uma visão espiritual e acontece dentro do nosso coração. São sinais dessa experiência: paz, alegria, amor, tranquilidade, contentamento, ternura, consolo, aconchego, coragem, destemor, confiança, esperança. Precisamos alimentar em nós esse desejo de transcender às coisas que vemos e tocamos a fim de percebermos que o “tempo esconde o que é eterno”, isto é, que a nossa limitação humana pode estar nos impedindo de “ver e sentir” as aspirações de Deus para nós. -  Você costuma subir o monte com Jesus para orar? -  Você já teve alguma experiência de céu nestes momentos? – Como têm sido os seus momentos de oração? – Você costuma escutar a Voz do Pai por meio da Sua Palavra? – Faça a experiência da transfiguração!

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