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terça-feira, 12 de março de 2019

-Perdoar para ser perdoado- Mt 18,21-35-José Salviano


26 de março   de 2019
Evangelho Mt 18,21-35



Neste Evangelho, Jesus nos conta uma parábola na qual um home que tinha uma grande dívida foi perdoado pelo rei. Ao sair dali, ele encontrou um seu amigo que lhe devia uma quantia irrisória. Então ele  agarrou o seu devedor e com muita violência, exigiu que ele lhe pagasse o que lhe devia. Alguém vendo aquela sena, correu e contou ao referido rei, o qual mandou chamar aquele homem injusto, e o colocou na prisão para pagar até o último centavo...
Será que nós não somos assim? Será que alguns de nós já fizemos algo semelhante?
Nós gostamos sempre de sermos perdoados. Não só por Deus, mas pelos nossos amigos, parentes e demais pessoa com as quais convivemos. Porém, quando chega o momento de perdoarmos aqueles e aquelas que nos ofenderam, nós somos muito duros! Rigorosos! E muito demorados!
Caríssimas e caríssimos. Inúmeras vezes os Evangelhos nos falam da necessidade dar e de pedir perdão. Pedro imaginou, calculou, que sete vezes talvez fosse uma medida adequada, e muito boa.  Jesus pede setenta vezes sete, Jesus pede o máximo, isto é, perdoar sempre.
Mas alguém aí deve estar pensando: fazendo assim o amigo, o parente, vai se acostumar, e nos ofender todos os dias, ele vai achar que somos uns idiotas, ingênuos e fracos.
Este Evangelho, na narrativa de Mateus, primeiro o devedor pediu o parcelamento da sua dívida. E aconteceu que o rei fez muito mais. Ele simplesmente perdoou toda a sua dívida. O rei não esperava que aquele homem fosse exigir do seu amigo que lhe pagasse a sua pequena dívida de modo violento!
Deus nos concede a possibilidade de escolher o modo do julgamento. Pois com a mesma medida com a qual julgarmos, seremos julgados. Como no caso do primeiro servo, a sua dívida era simplesmente impagável! Ele foi perdoado, e por sua vez tinha o dever de perdoar a todos os que lhe deviam alguma coisa.
E é assim que acontece conosco. Todos os dias antes de dormir, nós rezamos, e pedimos perdão pelos nossos pecados cometidos durante o dia que se passou.  Porém no novo dia que logo se inicia após o despertar, nós continuamos duros e de cara fechada para os que nos ofenderam.
Pode acontecer que o motivo da nossa mágoa seja muito mais séria do se imagina. Pode também acontecer que não fomos os culpados do atrito ou desentendimento ocorrido entre nós e o nosso irmão.
Neste caso, o mais acertado é esperar um pouco, até as coisas se esfriarem, dar tempo ao tempo, pois Deus sempre conduz do seu jeito os adversários a fazerem as pazes. Assim, esperamos um momento psicológico para nos esfriar, respirar fundo e voltar às boas com aquele pessoa.
Pensemos nisso: Ser perdoado é uma graça vinda de Deus. Porém, graça maior é saber perdoar o irmão, a irmã. Graça maior é o ato de perdoarmos aqueles e aquelas que nos ofenderam.

José Salviano.
 



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