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terça-feira, 12 de março de 2019

- Fugir de casa não é uma decisão inteligente.-Lc 15,1-3.11-32-José Salviano


23 de março   de 2019

Evangelho Lc 15,1-3.11-32

Aquele pai não se opôs a saída do filho de sua vida, ele não se opôs quando o seu filho disse que queria a sua parte na herança, porque queria conhecer o mundo, levar uma vida de total liberdade. O pai não o contrariou, apesar de ficar sofrendo muito com a aquela decisão maluca do seu filho. 
Deus também não nos impede de cometer o pecado, apesar de ficar triste com as nossas escolhas erradas. E também fica todos os dias esperando a nossa conversão, como aquele Pai que todos os dias ficava olhando o caminho esperando ver o seu filho chegando.
Deus até permite a nossa liberdade de escolher viver caminhos outros, de viver fora do seu aconchego, fora da sua proteção. Porém, Deus sabe que dias ruins irão chegar, e isso nos fará pensar seriamente e voltar para a casa do Pai, pois só lá existe fartura tanto de comida como de carinho.
Fugir de casa não é uma decisão inteligente. E esta é a mensagem que Jesus nos mostra hoje nesta parábola.
O protesto do irmão mais velho é normal, e quem tem filhos sabe muito bem disso. O filho mais velho representa todos nós que temos inveja, ciúmes dos nossos irmãos que subiram na vida, que aparentemente estão se dando muito bem.
Porém, no Sermão da Montanha, Jesus tem outra versão da realidade. Felizes voz que agora choram, que passam por necessidades, pois haverá de sorrir...
Esta parábola é uma das mais belas histórias que já se contou.  Ela é uma resposta direta aos que acusaram Jesus por Ele comer com os pecadores. Esta Parábola nos mostra o amor infinito do Pai que perdoa os pecados dos dois filhos: O ajuizado, e o sem juízo! Por que os dois são filhos, por que os dois são amados pelo Pai.
O mais novo, aquele que não pensava direito antes de tomar uma decisão, desprezou o pai e a tradição familiar.
Uma falta grave, pensou o filho mais velho.  Este, que fazia tudo certinho, foi incapaz de aceitar o atrevimento do seu irmão, e o pior, ele foi incapaz de entender a misericórdia do pai. Para ele aquilo foi um absurdo! Uma grande afronta para com ele, que sempre esteve ali ao lado do seu pai, sempre a trabalhar. E mais. O seu pai nunca lhe deu nem um cabrito para festejar com seus amigos. Por isso ele se achou no direito de ficar bastante magoado e se recusou a entrar na festa que o pai havia feito para seu irmão fugitivo e esbanjador.
E veja só! Quando aquele filho voltou do país da fome e da solidão, depois de ter gastado tudo, ainda encontrou o abraço carinhoso do pai, em vez de um bom castigo!  E ainda mandou convidar os amigos, e preparar uma festa em sinal de muita alegria pela volta do seu filho, sem queixas, e sem perguntas embaraçosas, como por exemplo, por onde andou, meu filho?
Prezadas irmãs, e irmãos. Neste momento da nossa vida, qual papel, qual personagem desta bela história nós nos identificamos?
Somos os pai amoroso que perdoa? Somos o filho mais novo, o ovelha negra da família? Ou somos o irmão mais velho, sempre sisudo, o sabe tudo?
Na verdade, todos nós, já fizemos ou estamos vivendo o papel do filho mais novo, aquele que fugiu, se afastou do Pai.
Acho que nem precisa dizer que aquele pai represente o Pai nosso que está nos Céus e em toda parte, e que nos perdoa.
Por isso, aconteça o que acontecer. Nós sempre poderemos dizer:  Levantarei e voltarei à casa do  meu Pai!”.  Façamos isso meus irmãos!  Pois a porta da casa do Pai está sempre aberta, e sempre haverá o abraço carinhoso do Pai.


José Salviano






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