Dia 04 de Novembro de 2016
Evangelho Lc16,1-8
Num mundo onde tudo gira em torno do dinheiro, impera o individualismo, a cultura do descarte, a pessoa não é vista pelo o que é, e sim, pelo o que tem!
Há pessoas que assimilam a falta de dinheiro como causa do seu não êxito na vida!
Se não ficarmos atentos, quanto as nossas escolhas, corremos o risco de nos contaminar por esta mentalidade egoística que valoriza o ter e ignora o ser.
Em meio a tantos adversários do projeto de Deus, Jesus vem nos trazer algo novo, uma proposta de vida plena, que ao contrário das propostas do mundo, tem como prioridade o ser!
No evangelho que a liturgia de hoje coloca diante nós, Jesus, através de uma parábola, nos convida a sermos criativos na administração dos bens que a nós foi confiada por Deus!
O texto nos alerta sobre o perigo de nos tornar reféns do dinheiro. O dinheiro nos induz ao consumismo, que é o motor que alimenta este sistema capitalista gerador de excluídos, um sistema que descarta os que "não produzem", como os aposentados, os deficientes, os pobres...
Na parábola, Jesus passa para os discípulos, o “exemplo” de um homem que só percebeu a importância dos bens duradouros quando se viu em apuros!
A história, a princípio, pode nos parecer de difícil compreensão, se a interpretarmos ao pé da letra, vamos achar que Jesus elogia a desonestidade do administrador da história. Pensar que Jesus elogia a desonestidade, é sem duvida, desconhecê-Lo, afinal, onde fica a justiça tão apregoada por Ele?
É importante termos a clareza de que Jesus não elogia a desonestidade, o que Ele elogia, é o esforço de alguém, que busca meios rápido para não perder a sua vida!
A lição que foi passada para os discípulos e hoje é para nós, deve nos conscientizar de que não podemos viver na passividade e nem sermos morosos em nossas decisões, principalmente em se tratando da prática da justiça! Jesus elogia a agilidade de uma pessoa determinada a sair rapidamente de uma situação que lhe era desfavorável, é essa atitude que devemos ter, principalmente em relação ao pecado, temos que ser rápidos para nos libertar desta escravidão, precisamos nos libertar da ganancia, do egoísmo, de tudo que nos distancia dos verdadeiros valores.
O administrador desonesto, ainda que por interesse, deu um passo certeiro na vida, ao trocar os bens passageiros pelos bens duráveis! Ficou claro, que ele agiu com esperteza, mas, se olharmos por outro ângulo, vamos perceber, que ao ser convencido pela razão, ele dá o primeiro passo para a conversão do seu coração, pois antes, ele trocava as pessoas pelo dinheiro, depois que se viu em apuros, ele faz o inverso, troca o dinheiro pelas pessoas, por conveniência é claro! É esta esperteza, esta rapidez de raciocínio, que Jesus elogia e que Ele gostaria que todos nós tivéssemos! Se nós, filhos da Luz, tivéssemos um raciocínio rápido para praticar o bem, com certeza, o mundo seria melhor.
Troquemos os bens do mundo, pelos os bens duráveis que são os bens Eternos.
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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