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Prof.Fernando* (Preparando o Natal-1ºdom.do Advento)27 de nov. 2016
Hoje
A preparação para o Natal marca o início do novo ciclo (o ano 2016-2017
na liturgia cristã). O chamado ano litúrgico pode ser dividido em quatro partes:
1) Advento-natal-epifania (expectativa-nascimento-sua comunicação ao
mundo);
2) Quaresma-Semana Santa e Páscoa (preparação para o centro da fé: paixão,
morte e ressurreição-ascensão-presença do Espírito na nossa história);
4) Tempo comum: percorre cada ano (volta a cada três anos o A,o B e o C)
um dos textos (de Mateus, Marcos ou Lucas) concluindo com a solenidade de
Cristo Rei.
A esperança de um novo tempo
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O desejo de paz e esperança da chegada de uma nova era se traduz hoje em
3 palavras. A primeira é do profeta Isaías (cap.2) que constrói suas poesias e
proclama a utopia. É o sonho da Paz num mundo sem guerras. No “final dos
tempos” o próprio Deus será o governante de todos os povos e não haverá mais
nação contra nação. A paz transformará os instrumentos da violência em
ferramentas agrícolas: de espadas se farão relhas de arado, e as lanças feitas
para matar serão transformadas em foices para cortar grama e ceifar nas
colheitas. O Paraíso está no desejo de um futuro de paz e não é só imagem do
início do mundo (livro do Gênese).
·
A palavra de Paulo (Romanos 13,
11-14) é dita no contexto da expectativa das primeiras comunidades cristãs que
tinham a expectativa da “segunda vinda” de Cristo que, segundo pensavam,
aconteceria ainda para as suas gerações. A proposta não é utópica, mas tópica, localizada na
realidade presente onde a prática da moral da honestidade – longe de toda
corrupção, não só a dos políticos – será a melhor maneira de aguardar a volta
do redentor.ara Paulo é preciso despertar para tal realidade.
Atentos, com gratidão e alegria, pela oportunidade de cada dia
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A terceira palavra (do evangelho de Mateus – que será lido ao longo deste ano “A” 2016-2017)
traz a advertência do Mestre de Nazaré (cap. 24, versos 37-44) sobre o retorno
do “Filho do Homem”, que coloca o futuro dentro do hoje. É preciso estar sempre
preparado para a concretização do que fora previsto por Isaías.
·
O “fim dos
tempos” não é anunciado por sinais premonitórios, como infelizmente é do gosto
de muitos pregadores atuais, vendo “sinais” em qualquer canto, terremotos e
tsunamis; na predominância de ideologias ou de políticos em queda ou em
ascensão; nos assassinatos terroristas ou nas guerras; no caos econômico e
social.
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A “vida eterna”, o “céu” não são apenas
o acontecimento final esperado para o futuro, mas Deus está presente no dia de
hoje, no dia a dia, nos desafios atuais. Por isso é preciso “estar preparado”
para reconhecer sua presença, para o “venha a nós o teu Reino”, no meio de nós,
em nossos dias, tão necessário como o pão nosso de cada dia. Comer,
beber, casar, trabalhar, enfrentar dificuldades, manter a alegria do amor,
decifrar o mundo, construir cidades, conviver. É no meio desta vida que podemos
estar conscientes do seu valor e do valor de nossos companheiros nesta estrada.
Ou não, isto é ou ignorar os outros, olhando só o próprio umbigo. Podemos viver
atentos, despertos, vigilantes, ou sermos levados pelos salvadores do mundo,
sejam eles de direita ou de esquerda, politicamente corretos ou não.
·
Não seremos marcados só pelas grandes viradas da vida ou em seu
encerramento mas pelas pequenas escolhas do dia a dia.
Peço que continuemos perseverando na oração por nossos
amigos doentes que hoje passam por situações especiais em suas vidas e nas
vidas de suas famílias.
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