25 de Novembro - Sexta
- Evangelho - Lc 21,29-33
Quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de
Deus está perto.
Neste Evangelho, Jesus continua nos falando a respeito do final dos
tempos. Deus nos manda sinais para sabermos que a sua segunda vinda está
próxima. A certeza da segunda vinda de Jesus nos dá segurança e um novo sentido
para a vida.
“Essas coisas”, a que ele se refere, são os problemas sociais e
cósmicos citados um pouco antes: guerras, mortandades, terremotos, maremotos...
Quando as folhas das árvores caem, e começam a aparecer os
brotinhos das novas folhas e dos frutos, esses brotinhos são os sinais pelos
quais sabemos que a primavera está chegando. Da mesma forma, aquelas
calamidades são os sinais de que a nossa salvação está próxima.
Quando Jesus fala: “Tudo isso vai acontecer antes que passe esta
geração”, ele está se referindo, não tanto ao final dos tempos, mas à queda de
Jerusalém e à abertura do Evangelho e do Reino de Deus aos não judeus.
Jesus exclui toda tentativa de precisão cronológica da sua segunda
vinda. Isso desqualifica qualquer especulação adventista nesse sentido.
Também, para tirar preocupações exageradas dos seus discípulos, ele
que a sua segunda vinda será tão clara como um relâmpago, desses relâmpagos
grandes que brilham de um ao outro lado do horizonte. Portanto, ninguém deve
preocupar-se com isso. Naquele tempo, havia uma idéia muito generalizada de que
o final dos tempos estava próximo.
“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de
passar.” A afirmação vai além da questão de quando acontecerá a sua segunda
vinda. A nossa esperança, baseada no Evangelho, é eterna e ultrapassa este
mundo material. O verdadeiro fim dos tempos acontece para quem não segue a
Jesus, pois está ao léu deste mundo, que tem como fruto a destruição e a morte.
O cristão fiel sempre vê uma luz no fim do túnel, e essa luz chama-se
ressurreição, que lhe abre as portas para o mundo novo e eternamente feliz.
A Palavra de Jesus não falha. Mesmo as coisas mais sólidas, como o
céu e a terra, passarão, mas a Palavra do Senhor permanece eternamente. Ao
contrário da palavra do homem, que é instável, não tem consistência. Até as
teorias científicas, que são consideradas descobertas imutáveis, amanhã já
serão negadas.
É importante para nós vivermos sempre vigilantes e com a antena
ligada em Deus, a fim de captarmos os sinais da sua vinda na nossa vida, o
acontece a qualquer momento, independente da segunda vinda de Jesus. A
tecnologia tem receptores de sinais com alta precisão, o mesmo devíamos ter em
relação à vinda de Deus. Entretanto, infelizmente, como o próprio Jesus previu,
a sua vinda nos pegará se surpresa.
Luiz XI foi rei da França, de 1461 a 1483. Era um homem mau, cruel
e violento.
Um dia lhe contaram que um adivinha havia previsto a morte de uma
funcionária do palácio, e isso acontecer. Disseram-lhe também que esse adivinho
era extraordinário, adivinhava tudo com precisão.
O rei mandou trazer o adivinho, e instruiu os seus guardas: “Se eu
fizer tal sinal, vocês o matem imediatamente”.
O homem veio e o rei lhe disse: “Dizem que você adivinha as coisas,
é verdade?” O adivinho respondeu: “É, às vezes, com a graça de Deus”. “Então me
diga” – indagou Luiz XI: “Quando você irá morrer?” “Três dias antes de vossa
majestade”, respondeu o adivinho. Diante disso, o rei preferiu não matá-lo,
pois tinha muito medo da morte. E com razão, pois era um homem mau.
Acontece que não basta ter medo da morte. Precisamos estar sempre
preparados, porque com medo ou sem medo, a morte vem, e vem para todos.
Maria Santíssima era uma mulher vigilante, e vivia sempre preparada
para o encontro com o Senhor. Santa Mãe de Deus, rogai por nós!
Quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de
Deus está perto.
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