05- Sábado
- Evangelho - Lc 6,1-5
Bom
dia!
De
que temos medo? Que batalhas precisam ser vencidas?
Fisiologicamente
nosso corpo responde aos medos com uma descarga de adrenalina na corrente
sanguínea. Ela ( a adrenalina) gera em nós respostas físicas como o “suor
frio”, a dilatação das pupilas e principalmente a resposta de fuga. Essa
resposta é diferente em cada um de nós. Em alguns, a adrenalina gera a idéia
convicta de correr ou fugir do agressor a outros a resposta é a posição
estática, ou seja, nada consegue fazer.
Um
exemplo: Ao vermos nosso filho quase caindo do berço, da cama ou do sofá,
alguns ainda conseguem ter a reação de correr e alcançar antes que o fato que
se consuma, porém outros não conseguem nada fazer a não ser gritar e por as
mãos a cabeça…
Esse
exemplo é muito comum em casa, mas existem outros exemplos que poderiam se
simplificar num questionamento: Como eu respondo aos medos e as tempestades?
CORRO OU ENFRENTO?
Problemas
não devem ser encarados como uma disputa de carros num racha – onde o que
chegar à frente ganha – NÃO É BEM ASSIM. Quando encaro medos e problemas
como racha não observo as pessoas, tão pouco ligo para elas, pois quero sair
vencedor. Essa é a forma mais comum de vermos as pessoas responder: resolvo meu
problema e bananas para os outros.
Antes
de encarar o medo (ou problema) devo mudar a forma como respondo a ele. A resposta
ao meu problema não pode ferir quem esta ao meu redor, mas também não pode
limitar na vontade do outro. Como assim? A mulher que apanha em casa
covardemente não pode ficar com “dó” de denunciar seu agressor. Por mais que
queira bem ao seu amado, cessando as alternativas de dialogo, querer bem é
preservar-se da agressão. A fisiologia humana parece conspirar contra nossa
vontade de se defrontar com o agressor, que denota que precisamos treinar mais
para termos a melhor resposta ao estimulo.
Treinar
mais não é viver agora a procurar encrenca, ok?
Alguém
fala, retruco! Brigam comigo, imediatamente respondo! Isso não é treino, é
intempestividade.
Maria,
hoje, é relembrada pela forma que respondeu aos seus medos. Ela bem sabia que
ter um filho sem um marido poderia lhe ocorrer. Engraçado, ela nem correu e tão
pouco ficou estática como a pessoa que levou um grande susto, Maria respondeu e
melhor que isso, deu a melhor resposta. “(…) Eu sou uma serva de Deus; que
aconteça comigo o que o senhor acabou de me dizer! “.
Realmente,
Maria deu a melhor resposta, pois treinava muito o “sim” a Deus, sendo assim,
não teve medo. Maria era como o jovem que estuda e enfrenta o vestibular com
naturalidade; ou como um cirurgião diante às dificuldades e complicações de uma
cirurgia delicada; ou como uma mãe ou pai que pula na frente de um carro pra
salvar a vida do filho (…); ela responde como muitos de nós responderíamos ao
vermos algo que queremos muito. Ela sonhava com o reino de Deus e tinha um
propósito em toda sua criação
“(…).Eis
as ordenações, as leis e os preceitos que o Senhor, vosso Deus, me ordenou
ensinar-vos, a fim de que os pratiqueis na terra aonde ides entrar para tomar
posse dela Assim, temerás o Senhor, teu Deus, observando todos os dias de tua
vida, tu, teu filho e o filho de teu filho, todas as leis e os mandamentos que
te prescrevo, e teus dias serão prolongados. Tu os ouvirás, pois, ó Israel, e
cuidarás de cumpri-los, para que sejas feliz e te multipliques copiosamente na
terra que mana leite e mel, como te prometeu o Senhor, o Deus de teus pais.
Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu
Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças”.
(Deuteronômio, 6, 1-5)
Ela
amava a Deus de toda sua alma.
O
que quero e tenho hoje vale à pena a luta? De um passo na fé hoje e de a melhor
resposta! “(…) Não tenha medo! Deus está contente com você.
Que
Nossa Senhora nos ajude a conquistar a vitória!
Um
imenso abraço fraterno.
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