28- Segunda
- Evangelho - Lc 9,46-50
Bom
Dia!
Essa
história foi escrita no ano passado, mas tem um tremendo valor ainda no dia de
hoje
“(…)
Houve certa vez um conferencia sobre todas as plantas que existiam em uma
região. Todos foram convidados a enviar seus representantes para que ao final
saísse qual era a planta, árvore ou arbusto mais importante.
Horas
e horas de longos debates e apresentações foram necessárias para que três
espécimes fossem selecionados dentre tantas que ali se apresentaram e
bravamente foram defendidas. A Sequóia americana, a Orquídea e a Palma.
A
Sequóia começou a ser apresentada como a rainha imponente da floresta. Aquela
que homem nenhum poderia arrancá-la do solo, pois seu porte de tronco e raízes
profundas deixavam claro sua força e por ser uma arvore americana, ou seja,
importada, era que tinha mais requisitos para o cargo.
Após
muitas palmas, o defensor da Orquídea pôs-se em defesa dela dizendo logo de
cara que ninguém consegue ser tão bela e também tão destemida como ela. Dizia
ele que alguns gostam de difamá-la como fresca por gostar de pouco de sol e de
muitos cuidados, mas desafiava a poderosa Sequóia a ficar presa, com suas
raízes fortes nas paredes de um precipício íngreme igual ela – com o discurso
provocativo a orquídea foi aplaudida de pé.
Veio
então a Palma. Uma planta sem beleza, sem raízes e troncos fortes que se
comparassem a poderosa Sequóia; não era bela ou de aparência agradável tão
pouco intrépida ao ponto a se alojar um penhasco. Seu defensor, sem ter muito
que falar pelo clima de “já ganhou” da Orquídea, pois se então a falar:
-
Colegas e irmãos! Reconheço que temos pouco a apresentar para contrapor a
beleza e a força dos nossos adversários. Deixo claro que não são nossos
inimigos, apenas temos nossas belezas diferentes. Sinto-me feliz em estar aqui!
Gostaria de apresentar a PALMA que nada mais é que um cacto. Ela não possui a
beleza da Orquídea e nem a imponência da rainha Sequóia, mas creio que temos
chances… Surgiram alguns risos na platéia, iguais aos dados a Suzan Boyle no
programa Ídolos Inglês.
-
Esta é a PALMA! O local que vive e não fácil. Lá não chove, não tem belas
cachoeiras, não tem um terreno rico para mantê-la sempre bela, mas mesmo assim
ela tem flores! Nunca se ouviu dizer de uma palma que se entregou, pois as
condições eram adversas; nunca ouviu-se dizer que alguém quis tirar fotos com
ela para mostrar o quanto era grossa e imponente; nunca se ouviu dizer seria
fácil ser uma ou ter sua vida
-
Atrevo-me a dizer, que não existe nada igual a ela. Animais vêm de longe para
poder se alimentar dela, pois mesmo em condições extremas de calor e sofrimento
permanecem vivas. A dor sempre rondou sua vida, mas mesmo assim era uma
referencia para quem tinha fome
-
Por fim, creio eu, que certo dia numa cidade do deserto, quando viu um homem
ser levantado numa cruz por coisas que não fez, homem esse também sem beleza ou
força física, a motivou a também a se dar pelos outros sem precisar perder o
que ainda tinha de belo que eram suas flores. Deixo, portanto a escolha para
vocês!
“(…)
Cresceu diante dele como um pobre rebento enraizado numa terra árida; não tinha
graça nem beleza para atrair nossos olhares, e seu aspecto não podia
seduzir-nos. Era desprezado, era a escória da humanidade, homem das dores,
experimentado nos sofrimentos; como aqueles, diante dos quais se cobre o rosto,
era amaldiçoado e não fazíamos caso dele. Em verdade, ele tomou sobre si nossas
enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um
castigado, ferido por Deus e humilhado. Mas ele foi castigado por nossos
crimes, e esmagado por nossas iniqüidades; o castigo que nos salva pesou sobre
ele; fomos curados graças às suas chagas. Todos nós andávamos desgarrados como
ovelhas, seguíamos cada qual nosso caminho; o Senhor fazia recair sobre ele o
castigo das faltas de todos nós. Foi maltratado e resignou-se; não abriu a
boca, como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mãos
do tosquiador”. (Ele não abriu a boca.) (Isaias 53, 2-7)
Conseguiu
entender a mensagem? Criei essa estória para mostrar que existem coisas que
ainda preciso aprender com a vida.
Um
imenso abraço fraterno
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