SEXTA FEIRA DA 24ª SEMANA DO TC 18/09/2015
1ª Leitura 1 Timóteo 6, 2c -12
Salmo Mateus 5,3 “Bem aventurados os que têm um coração de pobre,
por deles é o reino Dos Céus”
Evangelho Lucas 8, 1-3
Mulheres, Discípulas Fiéis...
Não houve no mundo, nenhum movimento de libertação da Mulher,
comparável aquele do tempo de Jesus, que rompendo com uma estrutura arcaica,
onde a mulher era renegada a um segundo plano, Jesus as chama para o
discipulado. Distantes do fato histórico, nós não conseguimos nem imaginar este
fato inédito e impactante. Mulheres naquele tempo nem podiam falar, não davam
opiniões em negócios, não eram testemunhas nos tribunais, eram apenas uma
propriedade de seus maridos. No âmbito religioso também não havia espaço para
elas, participavam dos sacrifícios no templo, mas em lugar a parte.
Jesus as acolhe como discípulas e isso era algo inédito naquele
tempo. Aliás, é só prestar atenção na História da Salvação para percebermos a
importância da mulher. As duas primeiras pessoas a terem certeza da Vinda do
Messias, são duas pobres mulheres: Maria de Nazaré e sua parenta Isabel, os
Grandes poderosos nem imaginavam o que estava acontecendo na modesta Vilinha de
Nazaré. É uma mulher, a primeira da humanidade, a ser convidada para participar
diretamente da obra da Salvação. É uma mulher que vai dar o seu “SIM” A Deus,
consentindo que a Salvação comece a acontecer.
E em nossas comunidades, já fizeram uma estatística para ver quem
participa mais das Pastorais e Movimentos? Nem precisam fazer, a maioria são
mulheres, Guerreiras, lutadoras, abnegadas, despojadas, que se doam sem
reservas á Igreja, na missão que lhes é confiada. Aliás, o que seria da Igreja
se não fossem nossas mulheres?
O evangelista São Lucas faz questão de citar que, junto com os
Doze, iam também mulheres seguindo Jesus, mulheres de condições sociais
diferentes, gente do povo e gente da elite, vejam aí a Suzana, esposa de Cuza,
procurador de Herodes. Quanto a Madalena, da qual saiu sete demônios, ninguém
precisa pensar mal dela, Demônio é tudo que se opõe as forças do bem, mas são
também forças que nos escravizam. Como a sociedade civil e religiosa
marginalizava as mulheres, estas se julgavam inferiores, portanto sempre
submissas aos homens, o Discipulado as liberta pois, como seguidoras de Jesus,
falam e dão opinião, não são apenas servidoras do grupo.
Portanto, a verdadeira liberdade da mulher está em Jesus Cristo, e
o discipulado, vai amadurecendo a mente e o coração cada vez mais, e o
testemunho das mulheres são valiosíssimos em nossas comunidades, quando elas
vivem a autenticidade da Fé. ( E como falei da vocação cristã das nossas
mulheres, hoje assino a reflexão com o nome da minha esposa: Sonia Maria Costa
da Cruz, que há 40 anos juntos, assumiu também um dia esta Diaconia á serviço
da Santa Igreja)
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