.

I N T E R N A U T A S-M I S S I O N Á R I O S

SOMOS CATÓLICOS APOSTÓLICOS ROMANOS

e RESPEITAMOS TODAS AS RELIGIÕES.

LEIA, ESCUTE, PRATIQUE E ENSINE.

PARA PESQUISAR NESTE BLOG DIGITE UMA PALAVRA, OU UMA FRASE DO EVANGELHO E CLICA EM PESQUISAR.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

SERVIR E ACOLHER-Diac. José da Cruz

25º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 20/09/2015
1ª Leitura Sabedoria 2, 12. 17-20
Salmo  53 (54) , 6b  “O Senhor sustenta a minha
vida!”
2ª Leitura Tiago 3, 16- 4,3
Evangelho Marcos 9, 30 – 37

“SERVIR E ACOLHER”
No mundo de hoje são servidas e acolhidas apenas as pessoas muito importantes, que detêm algum poder no âmbito social, econômico – político, e até religioso. Jesus inverte este quadro quando coloca no meio dos seus discípulos uma criança que é por ele acolhida e abraçada, para exemplificar o ensinamento de que “quem quiser ser o primeiro, que seja o último e o servo de todos”.
Essa lição, precedida de um exemplo, foi necessária porque os discípulos não compreendem o ensinamento da lógica do Reino, que se fundamenta em uma relação diferente das demais e pelo caminho se questionam quem será entre eles o maior, pensando em uma relação a partir do poder e domínio sobre o grupo.
Podemos nos relacionar com as pessoas segundo a lei, as normas ou o formalismo, tratando-as como cada uma merece ser tratada, mas não é este o modo do justo se relacionar, porque ele pauta suas relações a partir da justiça de Deus, que nunca nos tratou segundo nossas faltas, pois a sua misericórdia e o seu amor são sempre sem medida.
Essa relação justa que sempre compreende e aceita o outro em suas necessidades, desmascara o amor da mediocridade, que não é gratuito e nem incondicional, põe em evidência a frieza das relações formais, marcadas pela aparência e farisaísmo. É um modo de viver que acaba pondo a descoberto toda a maldade que o ímpio traz escondido dentro de si “Eis que este menino foi posto para se revelar os pensamentos íntimos de muitos corações” – dirá o velho Simeão aos pais de Jesus, na apresentação no templo.
Por isso vemos, na primeira leitura, que a presença do justo incomoda porque o seu modo de viver e de se relacionar com as pessoas não segue os padrões normais estabelecidos pelo interesse e conveniência, mas sim segundo a Justiça de Deus. O justo não precisa de nenhuma garantia prévia para agir assim, ele confia totalmente em Deus, que o libertará das mãos dos seus inimigos. Enquanto os homens constroem seus projetos a partir da firmeza das relações com os outros, o justo só precisa e tem necessidade de uma coisa: Deus!
O tema do sofrimento, no segundo anúncio da paixão nos introduz no evangelho desse domingo onde os discípulos não compreendem e têm medo de perguntar.
Jesus, o Mestre de Israel, só fez o bem a todos que o buscaram. Os discípulos esperam talvez por um reconhecimento público o que poderia então dar início a uma “virada” na história. Mas as palavras de Jesus causam um certo desconforto e mal estar entre eles.
A Fé coerente com o evangelho, diante da qual precisamos mudar nossa mentalidade e nosso agir, não é de fácil compreensão. Temos medo de pensar no sofrimento e no transtorno que isso nos irá trazer. Podemos ser alvo de perseguições e incompreensões. A conversão não é um bom negócio para quem colocou sua expectativa de felicidade nos valores do mundo, na fama, no prestígio e no poder.
No tempo de Jesus crianças e mulheres nem eram contados no censo, e ao abraçar uma criança, Jesus está mostrando que os pequenos e sem valor, sem vez e nem voz, são os mais importantes diante de Deus, invertendo a ordem estabelecida, pois estes que nunca são lembrados, que nunca são servidos e acolhidos, são sempre os primeiros no Reino de Deus e quem quiser ser discípulo fiel do Senhor deverá adotar a linha do serviço aos pequenos, para que o seu seguimento seja autêntico.

Para isso temos de contar com a sabedoria que vem de cima que é pura, pacífica, condescendente, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade ou fingimento, como nos ensina Tiago na segunda leitura. Que a nossa Igreja – Assembléia dos que crêem – seja para toda essa massa de excluídos de nossa sociedade, uma porta aberta para acolher e os servir. Assim seja! (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário