25- Sexta -
Jesus encerra o seu ministério entre os gentios.
E decide dirigir-se para o sul a caminho de Jerusalém, pela Judéia, em um
ambiente exclusivamente judaico, para ali fazer seu anúncio libertador. Depois
de tudo o que falou e fez entre os gentios, agora quer colher a consciência
popular sobre o que as pessoas dizem da sua pessoa: Quem o povo diz que eu sou?
O mestre sabia das diversas imagens a respeito de sua personalidade. Mas Ele
quer ouvir dos seus, o que têm escutado entre os ‘bastidores’, e pergunta sobre
isso aproveitando a ocasião da viagem em direção às aldeias de Cesaréia de
Felipe. Como era do conhecimento do mestre, as respostas são divergentes e até
mesmo absurdas: Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros que é Elias; e
outros que é um dos profetas. Estas, cheiram à reencarnação de João Baptista,
ao retorno de Elias e até citam Jeremias, em Mateus.
Falar sobre o que os outros dizem sobre Jesus era
tão fácil que todos levantaram para se pronunciarem. Só que, o que Jesus queria
mesmo era ouvir os discípulos, a resposta deles. Sobre o que eles pensavam do
mestre. Até porque Ele não estava interessado em saber o que o povo dizia. Ele
já o sabia. Ele quer sim saber se no coração de seus discípulos já se delineara
a certeza de sua essência. E então redireciona a pergunta: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Ante esta
terrível pergunta, Pedro cheio do Espírito Santo, logo se apresenta para
afirmar: Tu és o Cristo. Em Mateus aparece a profissão de fé
mais contundente: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
A esta afirmação, Jesus adverte que ainda não era
hora de tornar público toda a verdade, e que esperassem um pouco mais para
começar a propagar que Deus se fizera carne e habitava entre nós. E então,
percebeu que havia alcançado o seu objetivo entre os seus discípulos, e que
este conhecimento os fortaleceria para pregarem a sua mensagem a todos os
demais. Eis o segredo de um ministério vitorioso: Deixar bem claro na mente e
no coração de todos a verdade, para que estes dêem continuidade à pregação com
zelo, com certeza e com firmeza. Jesus começa a ensinar a seus discípulos o que
o aguardava: O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele
será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos
mestres da Lei. Será morto e, três dias depois, ressuscitará.
Esta parte era a mais dura de ouvir a ponto de
constranger os discípulos, pois eles esperavam que seu líder fosse reconhecido
e homenageado pelos príncipes e recebesse honrarias, e não o contrário. Isto
pareceu fora de propósito. Foi por isso que Pedro chamou Jesus à parte e
começou a reprová-lo. Mas Jesus chega a conclusão que até Pedro tinha dado
ouvidos a satanás e então, virando-lhe as costas, volta-se em direção aos
discípulos, e repreende com veemência ao espírito que falava pela boca de Pedro
naquela hora: Saia da minha frente, Satanás! Você está
pensando como um ser humano pensa e não como Deus pensa.
Este episódio nos demonstra que ainda não estavam
suficientemente maduros e ainda permitiam que o inimigo se manifestasse no meio
deles. Esta muitas vezes é a minha e a tua situação. Quando nós não vivemos a
constante vigilância e oração: vigiai e orai para não cairdes
em tentação. Ditraídos, o diabo pode nos pegar de
surpresa e nos derrubar em questão de segundos.
Graças
a Deus o tempo do titubeio durou pouco, e logo os discípulos ficaram prontos
para o Ministério da Salvação. Assim como eles, nós também precisamos pedir a
Deus a graça do amadurecimento gradual da fé em nós e a revelação da verdadeira
identidade de Jesus, servo fiel, cuja vida esteve totalmente entregue em tuas
mãos.
Pai,
revela-me a verdadeira identidade de Jesus, servo fiel, cuja vida esteve
totalmente entregue em tuas mãos. E dá-me a graça de, como Ele, ser fiel a Ti.
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