TERÇA FEIRA DA 25ª SEMANA DO TC 22/09/2015
1ª Leitura Esdras 6, 7-8.12b.14-20
Salmo 121 (122), 1 “ Que alegria quando me disseram vamos á casa do
Senhor”
Evangelho Lucas 8, 19-21
A Comunidade é o lugar Sagrado onde nos reunimos em torno da
Eucaristia e da Santa Palavra. Não é uma Associação Religiosa, ou uma entidade
Filantrópica, ou ainda alguma ONG, como disse nosso Papa Francisco que não
menospreza o trabalho bonito de tais entidades. Mas a Comunidade é o lugar onde
Deus nos convoca em assembleia, para ouvirmos a sua Palavra e celebrarmos a
Eucaristia, isso é, a Páscoa da Libertação Definitiva que aconteceu e se
concretizou em Jesus Cristo.
O Antigo Israel tinha com o templo uma forte identidade, por isso,
ao retornarem do Exílio da Babilônia, pelo Decreto do Rei Ciro, o templo é
reconstruído, com a ajuda da Pérsia, e consagrado solenemente ao Deus da
Aliança, em uma Celebração marcante, descrito por Esdras. Israel sem o templo não
se vê como o Povo de Deus e daí a alegria manifestada pelo Salmista “Que
alegria quando me disseram, Vamos a Casa do Senhor!”.
No Evangelho essa relação íntima com Deus atinge a sua plenitude em
Jesus, o Filho de Deus, o Verbo Divino que se fez homem. A Palavra encarnada,
que nos liberta, salva e redime. Comunidade é o lugar da proclamação oficial
dessa Palavra, não dá para ser religioso, sem estar em comunhão com a Igreja, com os irmãos e irmãs da nossa
comunidade. Nosso elo de ligação e de comunhão, com Deus e os irmãos é a
Palavra, proclamada, ouvida, que nos questiona, nos leva a conversão e nos
liberta das forças do mal.
Os que ouvem esta palavra e a coloca em prática tornam-se íntimos
de Jesus, criando com ele um forte laço, mais poderoso do que qualquer
parentesco como mostra o evangelho. Talvez possamos pensar que neste evangelho,
a mãe de Jesus foi relegada a um segundo plano. Primeiramente é preciso saber
que, o termo Mãe designava a Matriarca da Família, seria ela a Bisavó ou a
Tataravó, aquela que tinha autoridade sobre a família, por esta razão ela está
ali, para convencer Jesus a ir para casa e deixar de lado a missão. Maria de
Nazaré agiria assim?
Digamos, entretanto, que seja realmente Maria, é mais fácil
entendermos que os demais membros da família a convenceram a ir até lá. No
demais, o próprio Jesus sempre elogiou Maria pela sua obediência e fidelidade a
Palavra de Deus, por isso ela é a primeira cristã e primeira discípula.
(Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP
–E-mail cruzsm@uol.com.br)
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