07- Quarta - Evangelho - Lc 1,26-38
O evangelho de hoje dá continuidade ao evangelho
lido no dia do Natal. Aos pastores que guardavam os rebanhos de seu patrão, é
anunciado o nascimento de Jesus. Eles vão às pressas ao encontro do
recém-nascido. Lucas, com suas narrativas de infância de João Batista e de
Jesus, no início de seu evangelho, já apresenta um de seus temas fundamentais.
Em Jesus, Deus se revela como o Deus dos pobres, fracos e excluídos.
A
escolha de Maria, uma jovem da periferia da Galiléia, para ser a mãe de Jesus,
Filho de Deus, nos revela que o projeto de Deus difere dos projetos dos homens
neste mundo.
O
poder e o prestígio tão ansiosamente buscados, nada significam para Deus. Maria
viveu a humildade e o serviço e nisto identifica-se com seu filho Jesus. O
título de “rainha” aplicado a Maria não indica poder e superioridade, mas sim
amor que se doa cativa, e se comunica. Maria está presente em nossos lares, nas
alegrias e nos sofrimentos, nos confortando, como mãe e companheira de
caminhada no seguimento de Jesus.
Seu
amor misericordioso é universal e a fonte da paz a ser consolidada pelos laços
de fraternidade e justiça entre todos, homens e mulheres.
Unindo
o Filho que se encarna e a Mãe que o acolhe, aparece misteriosamente a
obediência, o “Sim” de total disponibilidade ao Pai: o sim eterno do Filho, que
ecoa no tempo através do sim da Virgem Maria. Assim, aparece o quanto a
salvação do mundo e da humanidade manifesta-se na atitude de obediência, o
contrário da atitude do pecado original: a humanidade voltará pela obediência
Àquele de quem se afastou pela covardia da desobediência. O Criador e a criatura,
de modo admirável e incompreensível, comungam nessa obediência ao plano amoroso
de salvação.
Somos
convidados a contemplar a atitude de fé, madura e disponível de Nossa Senhora:
crente porque se confia totalmente ao Senhor, como Abraão, que partiu sem saber
para onde ia (Hb 12,8): casamento, futuro, filhos, tudo isso a Virgem Mãe
deixou nas mãos de Deus, sem pedir explicações, sem pedir provas, sem pedir
garantias… Atitude madura porque humildemente procurou compreender o quanto
possível o plano de Deus a seu respeito para melhor aderir a ele; atitude
disponível, pela sua insuperável resposta ao convite do Senhor: “Eis a Serva!”
– Não se pertence a si própria, não considera sua vida e seu destino a partir
de seus interesses e projetos; ela se confia total e absolutamente ao seu
Senhor e Deus.
Concluindo
diremos que a anunciação do anjo mostra a dinâmica da fé e de Maria: sendo
virgem, descobre-se grávida; perturba-se e tem medo; descobre a mão de Deus ao
Espírito Santo; toma consciência que o que cresce em seus seios é o Divino; não
duvida desta iluminação interior; apenas pergunta como se fará isso. Aceita
realidades que não se vêem. Ela creu, pois para Deus nada é impossível. A fé
consiste exatamente nisso: na antecipação das coisas que se esperam, na prova
das realidades que não se vêem. (Hb 11,1). Com Maria digamos sim, à voz de
Deus, e Jesus continuará nascendo em mim e em ti todos os dias.
Vem
Senhor Jesus, o coração já bate forte ao te ver, é esta canção que quer
preparar o nosso coração para adorar e bendizer o nome do Senhor. Vem Senhor
Jesus andar, curar e restaurar a vida, a vida que tem se perdido no mundo sem
Ti, vem Senhor Jesus, transformar a nossa vida! AMÉM.
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