08 - Fevereiro-- DOMINGO - Evangelho
- Mc 1,29-39
Curou
muitas pessoas de diversas doenças.
Este
Evangelho descreve dois dias de intensa atividade de Jesus em Cafarnaum: 1) Sai
da sinagoga onde estava rezando. 2) Cura a sogra de Pedro. 3) Cura “muitas
pessoas de diversas doenças e expulsa muitos demônios”. 4) Refugia-se para a
oração. 5) Vai a “outros lugares, às aldeias da redondeza”. E o evangelista
resume: Jesus “andava por toda a Galiléia, pregando em suas sinagogas e expulsando
os demônios”. A oração e a união com Deus é a fonte do nosso amor ao próximo.
Jesus
só fazia o bem; a sua alegria consistia em fazer o bem às pessoas. Depois que
ele curou a sogra de Pedro, o evangelista diz: “Então a febre desapareceu, e
ela começou a servi-los”. Aquela senhora, que convivia com Jesus bem de perto,
pois ele frequentemente se hospedava na casa dela, havia aprendido com Jesus
esta virtude do bom acolhimento. Certamente, lá da cama ela sentia um grande
desejo de estar preparando a comida e o pouso dos queridos visitantes. Logo que
foi curada, pôde realizar o seu desejo.
“À
tarde, depois do pôr-do-sol, levaram a Jesus todos os doentes... A cidade
inteira se reuniu em frente da casa. Jesus curou muitas pessoas de diversas
doenças.” Descubra a felicidade de servir. Quem gosta de servir, faz aquilo que
pode pelos outros. Jesus podia curar, curava. Diversas vezes, ele nos pediu:
“Curai os doentes”.
“De
madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar
deserto.” O seu amor maior mesmo é a Deus Pai. É este amor que o impulsionava a
amar o próximo. Como é importante nós não nos deixarmos levar pelo ativismo, e
dar umas fugidas para nos encontrarmos com Deus! O evangelista começa o
Evangelho de hoje dizendo: “Jesus saiu da sinagoga...” portanto ele estava
rezando. Só neste curto texto do Evangelho, Jesus aparece duas vezes rezando!
“Simão
e seus companheiros foram à procura de Jesus. Quando o encontraram, disseram:
Todos estão te procurando!” Como quem diz: “Ontem o Senhor conquistou o povo;
agora, que, está na hora de colher os frutos, o Senhor foge?” Jesus não buscava
“frutos” nem glórias para si; o que ele queria era a glória de Deus Pai e o bem
do povo.
“Jesus
respondeu: Vamos a outros lugares”. O líder dá a mão, ajuda a pessoa a se
levantar, mas quer que ela depois caminhe com as próprias pernas, e não fique
dependendo daquele que a ajudou, ou batendo palmas para ele. Afinal, somos
todos iguais. Deus é que faz as curas e dá as graças.
O
grande modelo na cena, além de Jesus, é a sogra de Pedro que, logo que foi
curada, “se levantou e pôs-se a servi-lo”. O trabalho é uma bênção de Deus.
Poder trabalhar é poder servir. “Descubra a felicidade de servir”. Jesus
trabalhava. Ele era carpinteiro, junto com o pai, S. José. Na vida pública,
continuou trabalhando, pois a atividade missionária é trabalho. Quem tem fé
gosta de trabalhar, pois a fé sem obras é morta. Nós, que recebemos tanto da
família e da sociedade, precisamos ajudá-las também, através do nosso trabalho.
Jesus
era um mestre religioso diferente dos outros mestres da época. Estes fundavam
escolas para ensinar a interpretar a Sagrada Escritura. Jesus era itinerante,
queria que seus discípulos vivenciassem a Sagrada Escritura, e passassem essa
vivência para frente. Esse método continua até hoje, na Santa Igreja.
Nós
queremos ser “Discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que os nossos
povos tenham vida nele” (Documento de Aparecida). Somos chamados a levar a Boa
Nova de Jesus até os confins da terra. A Comunidade cristã não é um grupo de
pessoas em torno de um líder, mas são pessoas unidas em torno de Cristo, e
organizadas entre si para a construção do Reino de Deus.
Certa
vez, um menino da roça foi à cidade com o pai. E lá havia um palhaço na rua,
fazendo propagando do circo. O garoto se encantou com aquele palhaço, e começou
a acompanhá-lo, junto com as outras crianças.
Quando
se deu conta, tinha se separado do pai. O menino começou a chorar, e a andar
desesperadamente pelas ruas procurando o pai. Ele atravessava as ruas sem
cuidado, correndo o risco de ser atropelado. Até que, por sorte, o pai, que
também o procurava, o viu na rua e correu atrás.
Este
mundo está cheio de gente andando sem rumo e desesperadamente, como aquele
garoto. A sogra de Pedro não andou sem rumo, pois imitava e seguia Jesus
Cristo, o caminho, a verdade e a vida.
Maria
Santíssima passou a vida servindo: dona de casa, esposa, mãe... Que ela nos
ajude a servir na humildade, a Deus e aos nossos irmãos e irmãs, e assim
acertar o caminho do Céu.
Curou
muitas pessoas de diversas doenças.
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