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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Betsaida-Alexandre Soledade

7 de Janeiro- Quarta - Evangelho - Mc 6,45-52


Bom dia!
Estudos revelam que Betsaida era uma colônia de pescadores de onde provavelmente Pedro, João e Felipe eram oriundos. Muito mais que um pequeno povoado, Betsaida era talvez uma região repleta de povos e, portanto culturas diferentes. Jesus apresentava essa terra a eles.
Imagino a situação em especial dos três apóstolos que retornavam àquela localidade. Se trouxermos a mente o dizer popular “santo de casa não faz milagres” o que se poderíamos esperar daquela população quanto o retorno deles? Acolhimento? Esperança? Fé? Não!
Jesus também hoje nos envia na frente. Para alguns Ele destina, inicialmente, locais desconhecidos, mas para outros como Pedro, Felipe e João, a sua ou nossa própria comunidade, aqui represento o nosso trabalho, na minha escola, em minha casa. É verdade que já passam em nossos pensamentos o como seríamos (ou como somos) recebidos por eles, mas uma coisa fica meio que esquecida em virtude do medo – a mochila vazia com que parti, já não está tão vazia assim.
Imagine um (a) filho (a) que saiu de casa e foi fazer faculdade em outra região e que anos depois retorna a sua casa, já formado. Alguém conhecido desde criança que retorna.
Sim, aos nossos olhos já notamos as transformações nas feições e nos traços que o tempo e a maturidade lhe impuseram, mas somente quando o (a) ouvirmos falar é que saberemos o que carrega; pelas suas novas ações é que saberemos o quanto suas atitudes mudaram. Aqueles três apóstolos já haviam presenciado tantas coisas, aprendizados foram feitos e até bem pouco tempo viram cinco pães alimentar 5 mil. É impossível ser o mesmo que partiu.
Do projeto ao destino final de cada sonho poderemos encontrar dificuldades. Tempestades de pensamentos; ventos contrários que podem significar o medo e a resistência as novas responsabilidades que estão por vir, entretanto deve ficar um ensinamento: Em meio às tempestades, Jesus vem sempre sereno caminhado sobre as águas!
“(…) Respondeu-lhes Jesus: “TENDE FÉ EM DEUS. Em verdade vos declaro: todo o que disser a este monte: Levanta-te e lança-te ao mar, se não duvidar no seu coração, mas acreditar que sucederá tudo o que disser, OBTERÁ ESSE MILAGRE. Por isso vos digo: tudo o que pedirdes na oração, crede que o tendes recebido, e ser-vos-á dado”. (Marcos 11, 22-24)
O que isso tem haver com a epifania? Recorde que essa manifestação do poder de Deus sobre a física que conhecemos aconteceu pela não hesitação. Voltar a sua terra, a um povo tão descrente (remando contra os ventos e enfrentando o mar arredio) é muito além de um gesto heróico, mas de quem acredita no que fala. Dar de cara com os que nos conhecem poderá de fato revelar a epifania de Jesus em minha vida, pois para convencê-los teremos que ter muito mais que palavras… O nosso semblante deverá resplandecer a epifania.
É comum ver jogadores de futebol, cantores, artistas, pessoas famosas que após anos e anos de boemia e noitadas de repente se dão conta que andam sozinhos e remando contra os ventos… Jesus sereno anda sobre as águas e sobre eles!
Outro exemplo esta naquele que a vida e as más escolhas que teve lhe apresentaram vícios, sofrimento, angústia e solidão. Por estarem anos e anos “remando” já não tem mais forças, pararam no meio do mar da vida, já não são donos do seu destino, são passageiros desse barco que vão conforme a correnteza o leva. Sobre esse Jesus também quer chegar.
Não leremos sobre isso essa semana, mas todo esse “sofrimento” no mar da Galiléia pela salvação de um único homem do outro lado da praia. Alguém que deve ter tocado Jesus pela fé. Alguém que em suas orações clamava um milagre. “(…) Mas logo Jesus falou com eles, dizendo: – Coragem, sou eu! Não tenham medo”! Estou chegando! Já cheguei!
É para eles que devemos apresentar a vitória e a epifania reveladas em nossa vida
Mantenha a fé! Todo sofrimento tem um motivo do outro lado da praia. Seja a epifania.
Um Imenso abraço fraterno!


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