Sábado,
31 de Janeiro de 2015
João Bosco
Hbreus 11,1-2.8-19:
Esperava a cidade cujo arquiteto era Deus
Interleccional Lucas
1: Bendito seja o Senhor, Deus de Israel
Marcos 4,35-41: Até o
vento e o lago lhe obedecem.
35
À tarde daquele dia, disse-lhes: Passemos para o outro lado. 36 Deixando o
povo, levaram-no consigo na barca, assim como ele estava. Outras embarcações o
escoltavam. 37 Nisto surgiu uma grande tormenta e lançava as ondas dentro da
barca, de modo que ela já se enchia de água. 38 Jesus achava-se na popa,
dormindo sobre um travesseiro. Eles acordaram-no e disseram-lhe: Mestre, não te
importa que pereçamos? 39 E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao
mar: Silêncio! Cala-te! E cessou o vento e seguiu-se grande bonança. 40 Ele
disse-lhes: Como sois medrosos! Ainda não tendes fé? 41 Eles ficaram penetrados
de grande temor e cochichavam entre si: Quem é este, a quem até o vento e o mar
obedecem?
COMENTÁRIO
A
barca em meio à tempestade foi frequentemente considerada como uma alegoria da
Igreja. E esta imagem adquire todo seu sentido na atual conjuntura da Igreja no
mundo.
O
mesmo acontece aos discípulos: a Igreja abandonou as multidões, levando Jesus
consigo e hoje em dia se encontra isolada em suas instituições seculares e de
proa a uma profunda tempestade. Também os chamados correm o risco de isolar-se
apesar de sua própria disciplina, de sua fé, de sua consagração e isto por sua
vez é uma grande desordem. A solução? Recorrer aos poderes de Deus? Ao poder de
sua palavra ameaçadora? Apelar simplesmente ao sobrenatural? Talvez! Porém,
corre-se então o risco de ter que ouvir que nos digam: “Não tendes fé?” Porque
a fé não deve empurrar-nos a utilizar a segurança das instituições eclesiais ou
clericais e sim a contemplar Jesus morto e ressuscitado, ao compromisso na
mesma morte e a voltar à margem a misturar-se com as multidões. Agindo com
medo, a igreja se isola. Em virtude da fé, recusa expressar para fora seu
próprio problema. Porém, o lugar da verdade da Igreja é o mundo e não outro.
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