Sexta-feira,
02 de Janeiro de 2015
Basílio Magno,
Gregório Nazianzeno
1João 2,22-28:
Permaneçam fieis ao que ouviram desde o princípio
Salmo 97: Cantemos a
grandeza do Senhor
João 1,19-28: Entre
vós está alguém que não conheceis.
EVANGELHO
19
Este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém
sacerdotes e levitas para perguntar-lhe: Quem és tu? 20 Ele fez esta declaração
que confirmou sem hesitar: Eu não sou o Cristo. 21 Pois, então, quem és?,
perguntaram-lhe eles. És tu Elias? Disse ele: Não o sou. És tu o profeta? Ele
respondeu: Não. 22 Perguntaram-lhe de novo: Dize-nos, afinal, quem és, para que
possamos dar uma resposta aos que nos enviaram. Que dizes de ti mesmo? 23 Ele
respondeu: Eu sou a voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor,
como o disse o profeta Isaías (40,3). 24 Alguns dos emissários eram fariseus.
25 Continuaram a perguntar-lhe: Como, pois, batizas, se tu não és o Cristo, nem
Elias, nem o profeta? 26 João respondeu: Eu batizo com água, mas no meio de vós
está quem vós não conheceis. 27 Esse é quem vem depois de mim; e eu não sou
digno de lhe desatar a correia do calçado. 28 Este diálogo se passou em
Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.
COMENTÁRIO
A
missão de João Batista é sensibilizar o povo para que reconhecesse o ungido de
Deus. Porém, essa missão choca com uma dificuldade enorme: a incredulidade. E o
problema não é somente não crer nele, mas que tampouco creem no testemunho da
Escritura. A voz dos profetas, que desde Moisés ressoa com toda claridade
através do Antigo Testamento, parece atenuar-se ante a cortina de conveniências
que as autoridades do Templo levantam para proteger seus privilégios. Por esta
razão João se dirige ao deserto. Aí nasceu o povo de Deus. Aí se prepara a
vinda do Senhor. O deserto é a periferia onde nasce a alternativa frente a
Jerusalém, centro autoritário e opressor.
Em
nosso empo, acontece algo semelhante. Muitos profetas, desde a periferia, nos
chamam à atenção frente as loucuras do poder. À sobriedade frente a embriaguez
do consumo em nossas sociedades. Nós devemos escolher. O centro é seguro, porém
destruidor; a periferia é insegura, porém criativa. Podemos ir ao encontro do
Senhor aí onde ele nos espera com risco, ou amarrar-nos a nossas seguranças e
espera-lo onde não o deixam chegar. Trilhamos o caminho de João ou de seus
inquisidores?
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